R.B. 24/JAN/19 "Nefasta exclusividade"



"Nefasta exclusividade"

São Paulo, 24 de janeiro de 2019 (QUINTA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em alta, influenciada positivamente pela recuperação das commodities e principalmente pelos “frutos positivos” que Bolsonaro e seus ministros colheram, e ainda colherão, da ida à Davos e (2) o DÓLAR pode cair, mesmo após fechar o pregão anterior registrando a maior baixa diária em 13 sessões, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e novamente seguindo a esperada melhora do “humor” na bolsa tupiniquim.

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 1,5%, para fechar no maior patamar  da história pela 10ª vez no ano, agora aos 96.558pts, recuperando as perdas do pregão anterior e beneficiada pela gradativa melhora das expectativas para a economia brasileira e pelo aumento das “apostas” de aprovação da reforma da Previdência e (2) o DÓLAR caiu -1,1% à R$ 3,76, retornando à sua trajetória natural após 6 pregões consecutivos de alta, seguindo a esperada melhora do “humor” na bolsa tupiniquim e influenciado pelo aumento do fluxo positivo de recursos externos oriundos de exportações, captações e investimentos.

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão -0,1% e China 0,1%, divididas entre as dúvidas sobre as negociações comerciais entre norte-americanos e chineses e os “rumores” de que Pequim planeja ampliar estímulos fiscais este ano, (2) da EUROPA, Inglaterra -0,8%, França -0,2% e Alemanha -0,2%, “temendo” uma redução das perspectivas econômicas para a região na reunião do BC local e novamente prejudicadas pelas incertezas em relação ao Brexit e (3) dos EUA, recuperando as perdas da abertura, S&P 0,2%, DJ 0,7% e NASDAQ 0,1%, beneficiadas pela redução das “apostas” de alta dos juros do país e pela divulgação de resultados corporativos melhores do que o esperado, como da IBM (8,5%), da Comcast (5,5%) e da Procter & Gamble (4,5%).

Mais pessimista que a média do “mercado”, Tania Escobedo, estrategista em NY de moedas para América Latina do Royal Bank of Canada, alertou para um “excesso de otimismo” dos investidores, sobretudo dos locais, com as perspectivas para a reforma da Previdência, ressaltando que o dólar pode se aproximar da casa dos R$ 4,00 já neste primeiro semestre.

Animando bastante os investidores, Paulo Guedes, ministro da economia, ressaltou, diretamente de Davos, que a prioridade número 1 do governo Bolsonaro é a aprovação da reforma da Previdência e também afirmou que, com as privatizações e os cortes de subsídios que que fará já neste ano, é possível levantar respectivamente US$ 20bi e US$ 10bi para assim zerar o déficit fiscal tupiniquim ainda em 2019.

Batendo e assoprando, logo após afirmar que estuda taxar dividendos e ganhos de capital em 15%, Paulo Guedes afirmou que também poderá reduzir, de 34% para cerca de 15%, o imposto de renda das empresas.

Com uma estimativa de arrecadar até R$ 100bi para os cofres públicos tupiniquins, Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil, “avisou” que o governo Bolsonaro planeja realizar o leilão do excedente de petróleo do pré-sal no terceiro trimestre de 2019.

Indicando que a economia tupiniquim está “saindo do fundo do poço”, no ano passado, pela primeira vez desde 2014, o Brasil registrou um saldo positivo de geração de empregos formais, já que em 2018 criou 529mil vagas com carteira assinada.

Em uma briga por monopólios, já que aparentemente nenhum dos 2 lados abre mão da “nefasta exclusividade”, as corretoras tupiniquins XP e BTG travam uma batalha na justiça pelo mercado de Agentes Autônomos de Investimentos, que foram, e cada dia mais são, responsáveis pela educação financeira de milhares de investidores, pela desconcentração bancária e pela popularização, mesmo que ainda pequena, dos investimentos no Brasil.

Enquanto seu sócio majoritário na XP está arrumando confusão com seus AAIs, com os concorrentes, com o CADE e com o BC, Candido Bracher, presidente do Itaú que está no fórum de Davos, “avisou” que grandes investidores globais ainda estão cautelosos em relação à aprovação da reforma da Previdência.

-    A Kroton subiu 7,3% na bolsa tupiniquim, após a empresa divulgar projeções melhores do que o espera pelo mercado para 2019.
-    O Carrefour subiu 6,9% na bolsa de Paris, após divulgar que suas vendas trimestrais e seu lucro operacional recorrente anual foram maiores do que o esperado.

Política:

Após “garantir” na parte da manhã que mandará a reforma da previdência ao Congresso na primeira semana de FEV/19, Bolsonaro, oficialmente por estar cansado e supostamente para não ter que responder perguntas sobre seu filho, decidiu cancelar as coletivas e pronunciamentos previstos para ele na parte da tarde no Fórum Econômico Mundial.

Em um ato de estrema grandeza, Kim Kataguiri, deputado do DEM e fundador do MBL, desistiu de sua candidatura à presidência da Câmara para apoiar o brilhante Marcel van Hatten, que é o candidato do partido NOVO na disputa e também é fundador do MBL.

Para evitar a oposição de setores que serão diretamente afetados pelas mudanças, a equipe de comunicação de Bolsonaro decidiu que o presidente vai usar o discurso de justiça social e combate às fraudes como principal arma na estratégia de comunicação sobre a Reforma da Previdência e assim aprová-la no Congresso até o meio do ano.

Sinalizando que podem propor o fim da reeleição e certamente preocupando muitos velhos tucanos, segundo “rumores”, Bolsonaro e Paulo Guedes apresentaram, em uma reunião com investidores em Davos, Doria como possível presidente do Brasil no futuro.

Repetindo o presidente Bolsonaro, que havia dito a mesma coisa horas antes, o General Mourão, presidente interino do Brasil, disse que as suspeitas envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro devem ser apuradas e que ele deve ser punido, se houver necessidade.

Obviamente omitindo que foi condenada por usar verba pública para fazer campanha eleitoral e que é filha de um “velho cacique” do Mato Groso do Sul, a senadora emedebista Simone Tebet, que disputa a indicação do seu partido para presidência da Câmara contra o nefasto Renan Calheiros, afirmou que seu partido o partido tem que ouvir o recado das ruas.

Crítica:

Apesar das críticas veementes da organização criminosa petista e da desconfiança de parte da mídia socialista tupiniquim, Bolsonaro, com 100% de razão, declarou apoio à corajosa decisão de Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, de se declarar presidente interino do seu país.

PAZ, amor e bons negócios;

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