R.B. 6/NOV/18 "O galo para tomar conta do galinheiro"



"O galo para tomar conta do galinheiro"

São Paulo, 6 de novembro de 2018 (TERÇA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve cair, realizando lucros após 4 pregões consecutivos de alta, acompanhando as perdas das demais bolsas mundiais e em compasso de espera de novas medidas, anúncios e nomes do futuro governo Bolsonaro e (2) o DÓLAR pode subir, influenciado pela esperada realização de lucros na bolsa tupiniquim e pelo movimento internacional da moeda norte-americana, porém deve-se ressaltar que o patamar é interessante para vendas.

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 1,3%, desconsiderando a instabilidade das principais bolsas mundiais, para fechar o dia registrando um novo recorde histórico (89.598ptspts), ainda impulsionada pelas expectativas positivas para o governo Bolsonaro e (2) o DÓLAR subiu 0,7% à R$ 3,72, com baixo volume de negócios, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e em um “ajuste técnico” após as quedas recentes.

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão -1,5% e China -0,4%, em um movimento de realização de lucros após os fortes ganhos do pregão anterior, (2) da EUROPA, Inglaterra 0,1%, França -0,1% e Alemanha -0,2%, divididas entre o bom desempenho das ações do setor de energia, como BP (1,6%) e Iberdrola (0,9%), e a cautela antes da reunião de ministros das Finanças da zona do euro sobre os planos orçamentários da região e (3) dos EUA, também sem uma direção única, S&P 0,6%, DJ 0,8% e NASDAQ -0,4%, à medida que os investidores se mostram na expectativa por eventos importantes durante a semana, como as eleições de meio de mandato e a reunião de política monetária do FED (“Copom” local).

Numa tentativa de reduzir o clima de tensão comercial entre China e EUA, Xi Jinping, o presidente chinês, reiterou promessas de reduzir tarifas para tornar as importações mais acessíveis, tratar empresas domésticas e estrangeiras da mesma forma e aprimorar a proteção de direitos à propriedade intelectual de companhias com a adoção de medidas punitivas.

Demonstrando otimismo com o Brasil, o banco norte-americano Morgan Stanley ressaltou, em relatório divulgado aos seus clientes, que o governo Bolsonaro, com capital político e disposição para realizar a consolidação fiscal e reformas estruturais, pode ter um impacto positivo no crescimento econômico de curto e longo prazos.

Um pouquinho mais otimista, o “mercado”, já sabendo os primeiros nomes do futuro governo Bolsonaro, reduziu pela segunda semana seguida, desta vez de 4,43% para 4,40%, suas expectativas para a inflação medida pelo IPCA em 2018 e manteve em 1,36% sua “aposta” para o crescimento do PIB tupiniquim neste ano.

Mostrando o sucesso da nova lei, aliás questionada bastante pelos petistas, passado quase 1 ano de vigência da nova legislação trabalhista, atualmente o volume de ações que entraram nas Varas do Trabalho (primeira instância) está em um patamar -38% inferior a 2017.

Coberto de razão, Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da FGV, afirmou, em palestra em NY para executivos e personalidades na Brazilian-American Chamber of Commerce, que a eleição de Bolsonaro representa uma ruptura com a mentalidade que começou em 1968 e que deu origem a uma geração de políticos, como FHC e Lula, com o pensamento mais voltado ao social e a um Estado com peso maior.

Membro do corrupto, nefasto e ineficiente governo Temer, Eduardo Guardia, atual ministro da Fazenda tupiniquim, criticou a proposta da equipe econômica de Bolsonaro de reduzir a carga tributária no país e simplificar o sistema de cobrança de impostos.

Ajudando no controle da inflação, a Petrobrás anunciou ontem que reduzirá o preço médio da gasolina nas refinarias em -6,35% a partir de hoje, o que representa o maior corte já feito pela estatal desde o anúncio de uma política de reajustes até diários do combustível, em vigor desde JUL/17.

Causando aumento da concorrência e beneficiando o setor produtivo da economia, a adoção da duplicata eletrônica, aprovada na semana passada pelo Senado e precisando apenas da sanção presidencial para entrar em vigor, pode implicar uma redução de até -2,0% dos valores cobrados pelos fundos especializados em antecipar recebíveis.

Certamente o petismo e a ideologia socialista devem ser chutados do Itamaraty e o Brasil precisa de diplomatas que saibam fazer dinheiro, por isso mesmo é melhor que Olavo de Carvalho continue dando suas aulas na internet e que Bolsonaro nomeie como embaixadores executivos das multinacionais brasileiras acostumados a fechar negócios no exterior.

Contrariando a histeria da imprensa socialista tupiniquim, ontem Bolsonaro afirmou, após se reunir com o embaixador chinês, que o comércio com a China poderá ser ampliado em seu governo e que ficou claro que o país asiático não quer deixar de fazer negócios com o Brasil.

-    A Petrobras subiu 3,1%, mesmo em um dia de instabilidade dos preços do petróleo, diante das expectativas positivas para seu balanço, que será divulgado hoje, e dos “rumores” de retomada da discussão sobre cessão onerosa.

Política:

Já cometendo mais um estelionato eleitoral, Doria, governador eleito em SP pelo PSDB, anunciou ontem que Kassab, dono do partido de aluguel PSD, atual ministro das comunicações de Temer e um dos maiores bandidos da política tupiniquim, será seu secretário da Casa Civil.

Causando novamente histeria e perplexidade nos jornalistas socialistas tupiniquins, pesquisas indicam, quase em uníssono, que os republicanos, do partido do presidente Trump, devem manter a maioria no Senado na eleição legislativa que ocorre esta semana nos EUA.

Como ratos que corroem o dinheiro público, partidos ameaçados pela cláusula de barreira, como a Rede, o PSOL e o PC do B, articulam a aprovação de um projeto para criar federações partidárias e continuar recebendo o fundo partidário e eleitoral.

A manobra desesperada de Cristiano Zanin, que pediu mais um habeas corpus para tirar Lula da cadeia, chegou num mau momento para os ministros do STF, já que ninguém está disposto a declarar guerra contra o presidente eleito.

Mostrando coragem para cumprir com o que prometeu durante a campanha, Bolsonaro “avisou” que, se depender apenas dele, não haverá mais demarcação de terras indígenas no país, ressaltando que atualmente já temos no Brasil uma área maior que a região Sudeste demarcada como terra indígena.

Com a Procuradora Geral da República, pagando suas dívidas com Temer, a pedido de Raquel Dodge, Edson Fachin mandou arquivar o inquérito que apurava pagamentos da Odebrecht ao ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União.

Confirmando mais uma vez seu viés socialista, Cármen Lúcia, ministra do STF, afirmou, em palestra sobre os 30 anos da Constituição, que a sociedade tupiniquim não deve recuar de direitos sociais conquistados e que o Brasil está passado por uma mudança “perigosamente conservadora”.

Ressaltando mais uma vez que jamais disputará um cargo eletivo, o juiz Moro afirmou que não descumpriu a promessa que fez de não ingressar na política ao aceitar o cargo de ministro da Justiça de Bolsonaro, já que este será um posto predominantemente técnico.

Segundo o deputado federal tucano Fábio Sousa, do PSDB de Goiás, foi patética e desnecessária a declaração de FHC de que Bolsonaro vai prejudicar imagem do Brasil no exterior.

Crítica:

Ainda sem falar de quem avalizou e quem lucrou com o negócio, a Polícia Federal está investigando a Deloitte, uma das maiores empresas de auditoria no mundo, por suspeita de irregularidades na análise da contabilidade do antigo banco Panamericano, atual Banco PAN, que fraudou balanços entre 2006 e 2010, causando prejuízos a investidores e sócios minoritários.

Após ser ocupado por inúmeras “raposas”, como Jarbas Passarinho, Aloysio Nunes, Renan Calheiros e Marcio Thomas Bastos, o Ministério da Justiça tupiniquim finalmente será ocupado por um homem descente, já que a escolha do juiz Moro para o cargo, com a aprovação de 82% da população, equivale a finalmente colocar “o galo para tomar conta do galinheiro”.

PAZ, amor e bons negócios;

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