R.B. 11/JUN/18 "Se aproximando das apostas do R.B."



"Se aproximando das apostas do R.B."

São Paulo, 11 de junho de 2018 (SEGUNDA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve voltar a cair, ampliando as perdas registradas na semana passada (-5,6% e já acumuladas no ano (-4,5%), para provavelmente atingir os 70.000pts ainda esta semana, diante da confirmação de que Alckmin, o candidato “queridinho do mercado”, segue com 7% das intenções de voto e (2) o DÓLAR pode seguir em alta, recuperando uma boa parte da queda artificial de sexta-feira, impulsionado pelos mesmos motivos que devem derrubar a bolsa tupiniquim e também por conta da reunião de monetária do FED (“Copom” norte-americano), que deve elevar os juros dos EUA esta semana.

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu -1,2% (aos 72.942pts), para fechar em território negativo pelo quarto pregão consecutivo, com bom volume de negócios (R$ 14,6bi), prejudicada pelo recuo das commodities e em um movimento de cautela antes da divulgação de uma pesquisa eleitoral com intenções de voto para presidente e (2) o DÓLAR caiu -5,3% à R$ 3,7, para fechar o pregão registrando a maior baixa diária desde 24/NOV/08, “aliviado artificialmente” pelo aumento substancial do volume de vendas do BC

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão -0,6% e China -1,4%, realizando lucros recentes, à espera de uma semana repleta de eventos relevantes, (2) da EUROPA, Inglaterra -0,3%, França -0,1% e Alemanha -0,3%, com destaques de queda para as ações dos bancos e pressionadas por renovados temores em relação aos desdobramentos da reunião de cúpula do G-7, pelo novo impasse em torno do Brexit e pelos “rumores” de rebaixamento, mais do que justo, da “nota” da Itália e (3) dos EUA, recuperando as perdas da abertura, S&P 0,3%, DJ 0,3% e NASDAQ 0,1%, com os investidores cada dia mais otimistas com os fortes resultados da economia norte-americana.

Já sentindo os efeitos negativos do aumento das tarifas a importações impostos pelos EUA, o superávit comercial geral da China diminuiu de US$ 28,8bi em ABR/18 para US$ 24,9bi em MAI/18, ficando bem abaixo das expectativas.

A decisão totalmente equivocada de Ilan Goldfajn, presidente do BC tupiniquim, de ampliar as vendas de dólar, queimando reservas cambiais, para segurar artificialmente a cotação do real, pode ser comparada ao ato inútil de enxugar uma pedra de gelo, já que, além de ser impulsionada por questões internas, como a falência moral e econômica do governo Temer, a moeda norte-americana ganha valor no mundo todo por conta da trajetória de alta dos juros norte-americanos.

Contrariando o discurso da equipe econômica tupiniquim, a explosão do endividamento bruto do governo e o rombo das contas públicas colocam o Brasil no mesmo time de outros países emergentes muito mais vulneráveis às turbulências globais recentes.

Segundo especialistas e economistas tupiniquins, o período de sobe e desce do dólar, de diferentes expectativas sobre o juro futuro e de volatilidade da Bolsa pode ser um dos mais longos da história, já que começou após o carnaval e deve acabar apenas após as eleições.

Se rendendo à realidade e “se aproximando das apostas do R.B.” divulgadas em 1/JAN/18, na sexta-feira passada o Itaú anunciou que reduziu, de 2,0% para 1,7%, suas “apostas” para o crescimento da economia tupiniquim neste ano, citando como motivos (1) a greve dos caminhoneiros, (2) a pior do quadro fiscal e (3) a redução da confiança dos agentes econômicos.

Acompanhando as “apostas” dos bancos, consultorias e analistas, segundo uma pesquisa divulgada ontem o percentual da população que avalia que a situação econômica do Brasil piorou subiu de 52% em ABR/18 para 72% atualmente.

Na sua grande maioria geridas de forma amadora, por pessoas com alguma vocação mas quase nenhuma qualificação, a grande maioria das pequenas e médias empresas brasileiras que atuam no comércio exterior, principalmente na ponta importadora, terá problemas enormes com a disparada do dólar pois não fazem hedge cambial.

Apresentando mais uma fatura, a ser paga por todos os brasileiros, da terrorista greve dos caminhoneiros, em MAI/18 ocorreu uma redução de -13,8% no fluxo de veículos nas rodovias do país na comparação com MAI/17.

Mostrando “coragem para brigar com cachorro grande”, a Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain pediu que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica proíba os bancos do país de fecharem ou se negarem a abrir contas correntes de instituições ligadas a moedas virtuais, alegando, com toda a razão, cerceamento da concorrência.

Parcialmente impactada pela greve terrorista dos caminhoneiros, a inflação de MAI/18 medida pelo IPCA ficou em 0,40%, o que representa quase o dobro do auferido em ABR/18 (0,22%), acumulando com isto uma alta de 2,86% nos últimos 12 meses, patamar ainda bem abaixo do centro da meta do BC (4,5%).

Em MAI/18 a fuga de capital estrangeiro atingiu R$ -8,43 bilhões na Bolsa tupiniquim e, se tudo correr como esperado, este número será pequeno na comparação com o que está ocorrendo em JUN/18, já que apenas nos 2 primeiros dias deste mês o saldo já estava negativo em R$ -2,0bi.

Dando uma bela lição para o Brasil, o Paraguai, impulsionado por sua imensa produção de soja, se converteu em líder indiscutível da navegação fluvial na América Latina e chegou ao terceiro lugar no ranking mundial dessa atividade, superado apenas por Estados Unidos e China.

-    A BRF despencou -7,5%, prejudicada pela desvalorização do dólar frente ao real e principalmente pelo anúncio de que a China vai impor direito antidumping provisório sobre as importações de carne de frango brasileira.

Política:

Na pesquisa sem Lula, que é o cenário mais provável já que presidiário não pode ser eleito, Bolsonaro segue na liderança com 19% das intenções de voto, seguido por Marina Silva, que tem 15%, por Ciro Gomes, com 10% e por Alckmin, com 7%.

Com o eleitor finalmente entendendo que presidiário não pode ser eleito, pela primeira vez nestas eleições Lula ficou atrás de Bolsonaro na pesquisa espontânea, que é quando não são apresentados os nomes dos candidatos, já que neste cenário o bandido petista tem 10% das intenções de voto contra 12% do retardado do PSL.

Outro ponto bem interessante da última pesquisa divulgada é que, sem o bandido do Lula na disputa, nas simulações de segundo turno Bolsonaro só ganha de Alckmin e Marina Silva, que na opinião do R.B. é a que atualmente tem mais chances de ganhar, não perde para minguem.

Cada dia mais envolvido em denúncias de corrupção, tomando decisões desastrosas, como na greve dos caminhoneiros, e com a economia do país piorando novamente, Temer tem seu governo considerado ruim ou péssimo por 82% da população, se tornando assim o presidente mais impopular da história.

Criando novos problemas para sua candidatura presidencial, Alckmin decidiu fazer campanha em SP ao lado de Márcio França, candidato do PSB ao governo do Estado, o que obviamente gerou um grande estresse com Doria, seu “companheiro tucano” que também disputa do governo de SP.

Podendo ser a “pá de cal” que faltava para aniquilar a canoa furada da candidatura presidencial de Alckmin, seu rival Ciro Gomes, do PDT, está cada vez mais próximo de fechar alianças com o DEM e com o PP.

Como os tucanos e o “mercado” temiam, Alckmin registrou apenas 7% das intenções de voto na pesquisa divulgada ontem, o que representa o patamar mais baixo de um candidato do PSDB à presidente nos últimos 30 anos.

Crítica:

Calando a boca dos críticos e fazendo seu eleitorado esquecer cada vez mais rapidamente o governo do “babaca do Obama”, provavelmente amanhã Trump, presidente dos EUA e cada vez mais CPT do mundo, vai se reunir com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, em Cingapura, e o principal tema do encontro será o fim programa nuclear da Coreia do Norte.

Afetados pelos problemas que foram causados, agora 72% dos brasileiros são contrários à greve dos caminhoneiros, porém, como também continuam analfabetos financeiros, 68% da população acha que o governo deve controlar o preço dos combustíveis e do gás de cozinha, mesmo que isso resulte em prejuízo à Petrobras.

PAZ, amor e bons negócios;

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