R.B. 16/MAR/18 "Não tem condições de ser presidente tupiniquim"



"Não tem condições de ser presidente tupiniquim"

São Paulo, 16 de março de 2017 (SEXTA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em queda, cada dia mais prejudicada pela intensificação da tensão e do protecionismo global e pela falência das instituições tupiniquins, cujo futuro político e econômico é nebuloso e nada promissor e (2) o DÓLAR pode subir, para retomar o patamar dos R$ 3,30, acompanhando a esperada manutenção do “humor negativo” da bolsa tupiniquim e seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana, mesmo diante dos leilões de venda do BC.

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu -1,3%, para fechar em território negativo pelo terceiro pregão consecutivo, seguindo as perdas das bolsas de NY e pressionada principalmente pelo forte recuo das ações da Petrobrás (-4,8%), que divulgou um balança bem pior que o esperado e (2) o DÓLAR subiu 0,7% à R$ 3,29, atingindo o maior patamar desde 9/FEV/18, acompanhando as perdas da bolsa tupiniquim e o crescimento do movimento de aversão ao risco nos mercados globais.

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, sem uma tendência única, Japão 0,2% e China -0,2%, divididas entre o aumento da tensão geopolítica e um movimento de caça de barganhas, (2) da EUROPA, apesar da crise diplomática entre o Reino Unido e a Rússia, Inglaterra 0,1%, França 0,7% e Alemanha 0,9%, sustentadas por boas notícias corporativas e beneficias pelo avanço das commodities e (3) dos EUA, S&P -0,1%, DJ -0,2% e NASDAQ -0,2%, com os índices sendo pressionados novamente pelo mal desempenho das ações da indústria norte-americana, ao passo em que os investidores avaliam os possíveis efeitos da política cada vez mais protecionista do governo do país.

Aumentando a tensão geopolítica, o governo do Reino Unido, coberto de razão, decidiu expulsar do país mais de 20 diplomatas russos, já que tem convicção de que a Rússia está por trás do envenenamento de um agente duplo de origem russa no Sudoeste da Inglaterra.

Apesar da histeria dos socialistas brasileiros, ao taxar as importações de aço e de alumínio Trump, presidente dos EUA, está apenas começando a colocar em prática sua promessa de campanha “America em primeiro lugar”.

Aumentando os gargalos tupiniquins, em 2017 os investimentos feitos pelas companhias Docas, que são as estatais responsáveis por administrar portos públicos, ficaram no menor nível dos últimos 14 anos, com gastos R$ 174,5mi em obras de reformas, ampliações e dragagens, o que foi equivalente a 26,4% do previsto no orçamento federal.

Após um saldo líquido de R$ 9,5bi na bolsa tupiniquim em JAN/18, o maior patamar para o mês em 11 anos, o valor acumulado no ano pelos investidores estrangeiros na Bovespa já estava reduzido para R$ 2,5bi até terça-feira passada, já que em MAR/18 as saídas já somavam R$ -2,8bi.

Fundamentais para reverter o rombo fiscal, a privatização da Eletrobras e a realização do megaleilão do excedente da cessão onerosa da Petrobras têm potencial de trazerem R$ 40bi aos cofres federais, segundo cálculos da Instituição Fiscal Independente, ligada ao Senado Federal.

Ampliando o populismo com dinheiro público em ano de eleições, Osmar Terra, ministro tupiniquim de Desenvolvimento Social, informou ontem que o presidente Temer anunciará ainda neste mês reajuste ao programa federal Bolsa Família e que o percentual deve superar a inflação do ano passado (2,95%) e ser maior que 5%.

Discordando da propaganda do governo Temer, que garante que a crise acabou, Alfredo Rivera, presidente da Coca-Cola para a América Latina, afirmou ontem que o mercado brasileiro está demorando para reagir depois da recente recessão.

Apesar de sermos considerados “anões diplomáticos”, Marcos Lima, ministro tupiniquim da Indústria e do Comércio Exterior, afirmou que o governo brasileiro não descarta sobretaxar produtos norte-americanos em retaliação à decisão dos EUA de aumentar as tarifas de importação de aço.

-    A Petrobrás caiu -4,8%, após anunciar que em 2017 registrou seu quarto ano seguido de prejuízo, desta vez de R$ -446mi, influenciado principalmente pelos R$ 10,4bi que a empresa teve que pagar para encerrar processos de investidores nos EUA e para adesão a programas de regularização de débitos federais.
-    A resseguradora alemã Munich Re subiu 2,8%, após anunciar previsão de aumento dos lucros em 2018 e uma recompra de ações no valor de 1 bilhão de euros.
-    A BMW subiu 1,4% e a Volkswagen avançou 2,7%, ambas na bolsa da Alemanha, diante do anúncio de que em FEV/18 os registros de novos automóveis na zona do euro aumentaram 4,8% na comparação anual.

Política:

O Brasil tem em média 62.000 assassinatos por ano, neste ano já foram aproximadamente 12.570 pessoas, assunto portanto de estrema importância para o país, porém, mostrando que “não tem condições de ser presidente tupiniquim”, Bolsonaro foi o único candidato que preferiu não dar nenhuma declaração sobre o assassinato da vereadora Marielle do PSOL no RJ, certamente por medo de dizer bobagem, já que é medíocre, sem estudo e, apesar da banca de machão, um covarde.

Assim como Lula que, de forma deplorável, se aproveitou da morte de sua esposa para fazer propaganda política, o PT se apropriou do cadáver de Marielle Franco para defender seu líder criminoso e condenado dizendo que a execução da vereadora do PSOL ocorreu pois governo Temer está impondo sua agenda de retrocessos e desmontes de direitos históricos dos trabalhadores e das políticas sociais conquistadas pelo povo nos governos do PT.

Segundo Rodrigo Mais, presidente da Câmara e candidato a presidente do Brasil pelo DEM, o assassinato da vereadora Marielle Franco é resultado da falta de planejamento da intervenção militar no RJ, já que segundo ele Temer agiu por razões políticas, não militares.

Juntando-se aos desiludidos com o prefeito tucano de SP, Humberto Laudares, que é um dos fundadores do movimento de renovação política Agora!, afirmou que ao sair da prefeitura para se candidatar a governador Doria larga o barco no meio sem nada de concreto.

Obviamente colocado no cargo pelo presidente Temer para assassinar a Lava jato, Torquato Jardim ministro da Justiça tupiniquim, afirmou que a corrupção que apareceu com a Operação Lava Jato, considerada a maior investigação do mundo sobre essa questão, é pequena quando comparada às fraudes que ocorrem nos municípios brasileiros.

Apresentada como “mulher, negra, operária e sapateira", a sindicalista Vera Lúcia foi lançada pelo PSTU pré-candidata a presidente da República, substituindo José Maria de Almeida, nome que desde 1998 representava a sigla na corrida para o Planalto.

Sem trocarem farpas públicas faz tempo, Lula e Temer, que nunca deixaram de ser comparsas, estão cada dia mais unidos em atuações nada republicanas nos bastidores do Supremo Tribunal Federal para assassinar a Lava Jato.

Com potencial para prejudicar ainda mais a candidatura de Alckmin, a revista época desta semana tem em sua matéria de capa uma reportagem que afirma que o departamento de propinas da Odebrecht repassou dinheiro para o cunhado do referido tucano, cujo codinome era Belém.

Preocupando 99% dos políticos tupiniquins, Marcelo Odebrecht entregou uma nova leva com cerca de 1.000 e-mails para a força tarefa da Operação Lava Jato.

Alertando que querem “matar a Lava Jato”, Carlos Fernando dos Santos Lima, Procurador Regional da República de SP, afirmou que a revisão da prisão dos condenados em segundo grau representa a maior ameaça às investigações, é um incentivo à impunidade e vai gerar uma sensação de desânimo e uma maior descrença na Justiça.

Crítica:

Ampliando o controle da mídia e confirmando mais uma vez a mentalidade socialista do Brasil, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária recomendou a suspensão da nova campanha da Nextel, na qual um ator, que ficou conhecido como “Ruivo da Vivo”, fala que mudou para a “melhor operadora do Brasil” e faz sátiras aos comerciais dos concorrentes.

Fazendo um importante alerta, Alejandro Ramírez, CEO da Cinépolis, operadora de cinemas mexicana, afirmou ontem, em um debate do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, que em um ano em que será palco de pesado calendário eleitoral, a América Latina deve se preocupar com diversos perigos que rondam a democracia, como o populismo, a exclusão social e a falta de confiança nas instituições, que fazem com que as pessoas estejam dispostas a votar pelo desconhecido, inclusive em alguns candidatos com estratégias assustadoras.

PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho

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