R.B. 5/DEZ/17 "Tentando mostrar a gravidade do assunto"



"Tentando mostrar a gravidade do assunto"

São Paulo, 5 de dezembro de 2017 (TERÇA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve cair, devolvendo os ganhos registrados no pregão anterior, influenciada pelo recuo das principais bolsas mundiais, pela baixa das commodities e pela redução das “apostas” de aprovação da reforma da Previdência e (2) o DÓLAR pode subir, seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana e impulsionado pela esperada piora do “humor” na bolsa tupiniquim.

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 1,1%, recuperando as perdas da abertura, acompanhando o desempenho majoritariamente positivo das bolsas de NY, beneficiada pela valorização das commodities e impulsionada pelo aumento das “apostas” de aprovação da reforma da Previdência tupiniquim e (2) o DÓLAR caiu -0,3% à R$ 3,25, seguindo a melhora do “humor” na bolsa brasileira, com bom volume de negócios e também influenciado por um leilão de venda do BC.

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão -0,5% e China -0,2%, realizando lucros recentes, com destaques de queda para as exportadoras, diante da valorização das moedas locais (respectivamente iene e yuan) frente ao dólar, (2) da EUROPA, Inglaterra 0,5%, França 1,4% e Alemanha 1,5%, sustentadas pela reação positiva à aprovação do projeto de reforma tributária no Senado dos EUA, beneficiadas pela valorização das commodities e impulsionadas pelo anúncio de que a Grécia e os credores internacionais alcançaram um acordo preliminar e (3) dos EUA, sem uma tendência única, S&P -0,1%, DJ 0,2% e NASDAQ -1,0%, divididas entre a animação com a aprovação do projeto de reforma tributária do presidente Trump e a realização de lucros do papéis de tecnologia, como Microsoft (-3,8%), Amazon (-2,4%) e Facebook (-2,1%).

Esperando que o Copom corte a taxa básica de juros em -0,5%, dos atuais 7,5% para 7,0%, na sua reunião desta semana, o “mercado”, um pouco mais otimista que na semana passada, elevou de 0,73% para 0,89% suas “apostas” para o crescimento do PIB brasileiro em 2017 e reduziu, de 3,06% para 3,03%, suas projeções para a inflação do país medida pelo IPCA neste ano.

Conforme já era esperado, a redução da alíquota de impostos de empresas norte-americanas, de 35% para 20%, prevista no projeto de reforma tributária de Trump e já aprovada pelo Senado dos EUA, tornará mais atrativo para as multinacionais dos EUA declararem o lucro e até concentrarem as operações no seu país, deslocando investimentos do Brasil.

“Tentando mostrar a gravidade do assunto”, Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento, alertou que o PIB pode cair -2,8% se a reforma da Previdência não for aprovada e que, com a sua aprovação, a taxa de desemprego, que atualmente está em 12,7%, pode cair para 8,0% no meio do ano que vem.

Pressionando um pouco a inflação, mas ajudando a reequilibrar o caixa da empresa, a Petrobras anunciou ontem o sexto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos, que desta vez será de 8,9%, em média.

Fazendo um importante alerta, Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, afirmou ontem, em um evento da Amcham, que as eleições de 2018 vão dificultar investimentos em infraestrutura no país no ano que vem.

Ajudando, e bastante, a segurar a cotação do dólar e a impulsionar o PIB do país, nos 11 primeiros meses do ano o Brasil registrou o maior superávit comercial da história, US$ 62bi, com destaque positivo para as exportações, que chegaram a US$ 200,154bi no período, patamar 18,2% maior que em 2016.

Com o Brasil se destacando naquilo que é sua vocação e que faz de melhor, que é plantar e colher, segundo Arlindo Moura, presidente da Abrapa, nos próximos 5 anos a área de algodão no país deverá dobrar e atingir 2 milhões de hectares.

-    o J.P.Morgan subiu 2,1%, o Citigroup avançou 2,1% e o Wells Fargo ganhou 2,1%, todos na bolsa de NY, já que os bancos estariam entre os maiores beneficiários dos cortes nos impostos incluídos na reforma Tributária de Trump.

Política:

Após dizer, no último sábado, que estava “pessimista” quanto à chance de votação e aprovação da reforma da Previdência, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, afirmou ontem que ficou "realista" depois da reunião de domingo do presidente Temer com representantes da base aliada, ressaltando que em princípio haveria 325 votos a favor da referida Proposta de Emenda Constitucional, patamar maior do que o necessário (308 votos).

Apesar de sua “empáfia e arrogância”, caso continue até meados do ano que vem com 6% das intenções de voto conforme revelado na última pesquisa, Alckmin certamente enfrentará bastante oposição no PSDB, e nos partidos aliados a ele, para ser o candidato tucano ao Planalto em 2018.

Preocupando, e bastante, principalmente os corruptos do PT e do PMDB, Geddel Vieira Lima, que deve ter seu pedido de liberdade rejeitado pelo STF, já negocia, segundo “rumores” uma delação premiada para explicar a real origem dos R$ 51 milhões encontrados no seu “bunker”.

Sem carisma, sem popularidade e principalmente sem votos, ninguém, a não ser ele próprio, leva à sério a eventual candidatura de Meirelles, ministro da Fazenda, à presidente do Brasil no ano que vem.

Confirmando que era “fogo de palha” a empolgação do eleitorado, segundo uma pesquisa divulgada ontem, atualmente o tucano Dória, prefeito de SP, é reprovado por 39% dos paulistanos, a mesma taxa que tinha o petista Haddad depois de 1 ano de mandato.

Dando um recado direto ao PT, que se articula com o PMDB em vários estados, o terrorista e bandido Guilherme Boulos, do MTST, disse em discurso no Congresso do PSOL que não é possível conceber uma candidatura de esquerda que admita alianças com “partidos golpistas”.

A ala do PT que, em nome de uma aliança em torno de Lula, defende que o apoio a Márcio França, vice de Alckmin e membro do PSB, ao governo de SP, sinalizou que desiste de lançar a vereadora petista Marília Arraes ao governo de Pernambuco para fechar de vez o acordo.

Comandado por FHC e Aécio, o PSDB vai fazer nova reunião amanhã para discutir a reforma da Previdência, porem cerca de metade dos parlamentares tucanos não querem saber do tema e a orientação é a de boicotar o encontro, para que nem sequer haja quórum para debate.

Crítica:

Confirmando como é enorme a quantidade de parasitas sustentados pelo estado tupiniquim, o Ministério do Planejamento anunciou que suas projeções indicam que as estatais brasileiras encerrarão o ano com menos de 500 mil funcionários, o que, se confirmado, representará um corte de 33 mil funcionários em 2017 e de 50 mil em relação a 2015.

“Batendo de frente” com o maior defensor de bandidos do Brasil, Raquel Dodge, a nova procuradora-geral da República, recorreu da decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, de soltar o empresário Jacob Barata Filho, conhecido no Rio como "rei do ônibus".

Maior bandido já preso no Brasil, Marcelo Odebrecht, provando que o crime compensa para quem não tem escrúpulos, será libertado da cadeia no próximo dia 19/DEZ/17, após ficar apenas 2,5 anos atrás das grades.

PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho

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