R.B. 15/AGO/17 ''15 anos de R.B.'' (Edição especial)


"15 anos de R.B." 

São Paulo, 15 de agosto de 2017 (TERÇA-FEIRA).

Edição especial:

Hoje, com a edição número 3.807, comemoramos "15 anos de R.B.''.

Em 15/AGO/02 enviei para um seleto grupo de 11 amigos a primeira edição oficial do R.B., cujo título era "Os ratos são os primeiros a abandonar o barco" (segue a mesma no final desta edição).

Nestes 15 anos passei por algumas dificuldades e desafios pessoais para cumprir a meta de mandar o R.B. todos os dias que teve pregão na Bovespa, e é uma enorme satisfação dizer que neste período o R.B. nunca deixou de ser enviado.

Atualmente o R.B. tem mais de 5.000 leitores cadastrados no seu mailing e é retransmitido, de forma autorizada e "clandestina", para cerca de 10.000 pessoas todos os dias.

Só o futuro dirá por quanto tempo mais o R.B. vai existir, porem tenho certeza que nestes 15 anos aprendi e evolui muito, tanto profissionalmente como pessoalmente, principalmente com as criticas que recebi e com os erros que cometi.

Obrigado a todos os leitores e leitoras, certamente sem o apoio de vocês acredito que não chegaria aqui.

Quero terminar fazendo 2 agradecimentos especiais, primeiro a minha esposa Kilmary Sequeira, que me apoia e incentiva, e em segundo lugar ao meu pai Alfredo Sequeira, que me ensinou a não desistir nunca.

Conte comigo!

"Está vendido para o governo Temer"

São Paulo, 15 de agosto de 2017 (TERÇA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve cair, devolvendo os ganhos do pregão anterior, prejudicada pelo crescimento dos "temores" com o rombo das contas públicas e pressionada pela desvalorização das commodities e (2) o DÓLAR pode seguir em alta, colocando agora os R$ 3,20 como "suporte" e influenciado pelos mesmos motivos que devem derrubar a bolsa tupiniquim e reduzir o fluxo positivo de recursos externos.

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 1,4%, acompanhando o movimento ascendente das principais bolsas mundiais, diante do abrandamento da tensão geopolítica, e já influenciado pela proximidade dos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro e (2) o DÓLAR subiu 0,7% à R$ 3,20, para fechar em território positivo pelo quinto pregão consecutivo, influenciado pela notícia de que o anúncio das novas metas fiscais para 2017 e 2018 foi novamente adiado, o que gera mais incertezas em torno da revisão e especulação de que o número pode vir maior do que o imaginado.

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 0,3% e China 0,9%, "aliviadas" com a redução das tensões entre EUA e Coréia do Norte, que deixou em segundo plano a publicação de indicadores da economia chinesa mais fracos do que o esperado, (2) da EUROPA, recuperando uma parte das perdas da semana passada, Inglaterra 0,6%, França 1,2% e Alemanha 1,3%, beneficiadas pelo anúncio de que em JUN/17 a produção industrial da zona do euro cresceu 2,6% na comparação com JUN/16 e com destaques de alta para as ações dos bancos, como RBC (1,0%), Deutsche Bank (3,1%) e Société Générale (2,3%) e (3) dos EUA, mesmo com o recuo das commodities, S&P 1,0%, DJ 0,6% e NASDAQ 1,3%, impulsionadas principalmente pelas ações de tecnologia, como Apple (1,5%) e Facebook (1,4%), diante do alívio nas tensões geopolíticas.

Diante de uma disputa, cada dia mais acalorada, entre a ala política do governo, que se preocupa em gastar para se reeleger em 2018, e a equipe econômica, que se preocupa em fazer o país seguir funcionando após 2018, ontem foi decidido adiar o anuncio da nova previsão oficial para o rombo das contas públicas neste e no próximo ano.

Segundo a opinião dos principais economistas brasileiros, o esperado aumento dos déficits orçamentários neste ano e em 2018 deve ter como efeito colateral um novo corte da "nota" do Brasil, que aliás já é considerado grau especulativo pelas 4 maiores agências de classificação (S&P, Moody's e Fitch).

Indicando que "está vendido para o governo Temer", ontem Rafael Guedes, diretor da Fitch no país, disse que a esperada mudança, para pior, na meta fiscal tupiniquim não fará a agência alterar sua "nota" para o Brasil.

Desta vez mais pessimista, o "mercado" (1) elevou pela quarta semana consecutiva, agora de 3,44% para 3,50%, suas "apostas" para a inflação medida pelo IPCA em 2017 e (2) manteve em 0,34% suas estimativas para o desempenho do PIB do pais neste ano.

Colocando a tecnologia à serviço do consumo, que na maioria das vezes é irresponsável e desnecessário, o Itaú lançou um aplicativo que promete liberar credito, que no Brasil é muito caro, para compra de automóveis em menos de 15 minutos.

"Apostando", com a ajuda de sempre do governo e o crédito dos bancos, na recuperação do setor automobilístico tupiniquim, a Volkswagen anunciou um investimento de R$ 2,6bi na sua fábrica de Anchieta, que fica em São Bernardo do Campo (Grande SP).

Mesmo com importações crescendo 13,7% e com exportações aumentando 4,4%, ambas na comparação com o mesmo período de 2016, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,2bi nas duas primeiras semanas de AGO/17, elevando com isto o saldo positivo do ano para US$ 43,7bi, patamar 43,2% maior do que o auferido no mesmo período de 2016 (US$ 30,5bi).

Mostrando uma recuperação, nas 2 primeiras semanas de AGO/17 a média diária das vendas externas de carnes (frango, bovina e suína) cresceram 7% em relação ao mesmo período de JUN/17 e 25% na comparação com os 15 primeiros dias de AGO/16.

Um dos poucos orgulhos do país, a Embrapa desenvolveu um defensivo agrícola natural capaz de combater nematoides, que é uma das pragas que mais trazem prejuízo para o agricultor no mundo todo, e agora busca parceiros para fazer essa tecnologia chegar ao produtor.

Com o objetivo de blindar a companhia de eventuais interferências do governo, a Petrobras "avisou" que estuda colocar em seu estatuto políticas que garantam a rentabilidade de suas operações, como a política de preços dos combustíveis.

-    A JBS subiu 2,4% e, após o fechamento do pregão, a empresa anunciou o seu primeiro resultado após vir a público a delação do picareta Joesley Batista revelando uma queda de -80% no seu lucro líquido no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado.

Política:

Fazendo os banqueiros do Itaim Bibi, que antes eram seus fãs, "se prepararem para o pior", segundo "rumores" Palocci será o próximo a fechar acordo de delação premiada com a Lava Jato, ainda na gestão de Rodrigo Janot à frente da PGR.

Legislando em causa própria e mais uma vez metendo a mão no bolso da população, hoje a Câmara dos Deputados deve começar a votar as regras para a distribuição entre partidos e candidatos dos R$ 3,6bi do novo fundo público aprovado na semana passada por uma comissão especial da Casa.

André Moura, líder do governo no Congresso, disse que parte dos R$ 3,6bi previstos para o fundo de campanha, proposto na "nefasta reforma política", poderá vir de contribuições de funcionários comissionados.

Na manhã de hoje a Polícia Federal deflagrou a operação Anteros, que tem entre os alvos o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, do PSD, que é acusado de organização criminosa e obstrução de justiça.

Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral que estão analisando as propostas para a reforma política manifestaram profunda preocupação com trecho do relatório de Vicente Cândido, do PT de SP, que prevê a liberação de doações em dinheiro vivo no valor de até R$ 10 mil, patamar bem superior ao atual (R$ 1mil).

Os convites para que Fernando Haddad, ex-prefeito de SP, faça palestras pelo país aumentaram depois que seu nome foi colocado como plano B do PT na disputa pela Presidência, caso o ex-presidente Lula seja impedido de concorrer.

Colocando em cheque a credibilidade da nova chefe, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que é integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, alertou que encontros fora da agenda, como ocorreu entre Raquel Dodge e Temer, não são ideais para a situação de nenhum funcionário público.

Pretendendo se candidatar à Deputado Federal e "apostando" na idiotice do eleitor paulista, Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, deve finalizar a troca de seu domicílio eleitoral do RJ para São Paulo nos próximos dias.

Acreditando que o "nobre senador tucano está acima da Lei", a defesa de Aécio Neves entregou uma petição de 58 páginas ao Supremo Tribunal Federal em que critica o terceiro pedido de prisão preventiva apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele.

Crítica:

Como que vivendo em outra dimensão cósmica, os publicitários João Santana e Mônica Moura, responsáveis pelas campanhas presidenciais bilionárias de Lula e Dilma, pediram ao juiz Sergio Moro a liberação de R$ 22mi para o pagamento de "gastos pessoais", em função de "dificuldades financeiras".

PAZ, amor e bons negócios;

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Segue abaixo o primeiro R.B. escrito em 15/AGO/02 

"Os ratos são os primeiros a abandonar o barco"

Bom dia;

Economia:

A mudança nas regras dos fundos de investimento vem para acalmar o mercado e deve melhorar o humor nesta quinta feira, acredito porem que as novas regras só são boas para as instituições que gerenciam estes fundos e não a seus cotistas.

Novamente o governo disponibiliza mais linhas de crédito a exportação, ótima notícia que também vai animar o mercado, pena que estas linhas de crédito só são acessíveis para as grandes empresas, e não para as pequenas e médias que no meu entender é que podem gerar mais empregos e tem um potencial maior a ser explorado.

Li uma declaração de um tal de Stiglitz, o sujeito foi professor do Armínio Fraga, ele falou que os analistas podem estar errados quanto a capacidade da economia Brasileira, como estavam errados aqueles que não apostarão no Brasil na Copa, venho falando há tempos que o problema aqui não é econômico e sim político, estamos em um estágio que França, Portugal, Itália entre outros já passarão, a fase da consolidação da democracia, os nossos fundamentos econômicos são sólidos, nossa política cambial é transparente, nossa relação dívida/PIB é moderada ( melhor que a dos USA e melhor que do Japão ), sem falar nos nossos recursos naturais.

Política:

FHC teria que ser o maior incentivador da campanha de Serra, com as ultimas declarações que ele tem dado parece que ele vai ser o primeiro rato a deixar o barco furado que é a candidatura Serra, FHC falou que o leme vai trocar de mão e que vai apoiar o próximo governo, seja ele quem for, na aprovação das reformas tributária de fiscal. Sobre a reunião com os candidatos a sucede-lo no planalto, FHC falou que para a manutenção da credibilidade externa do Brasil todos os candidatos vão ter que cumprir com as metas estabelecidas junto ao FMI.

Análise do mercado:

O mercado, se não for afetado por aspectos externos, hoje deve melhorar, o dólar pode continuar pressionado devido a um grande vencimento de títulos, desde o ultimo acordo com o FMI o dólar já subiu 10,5%, a bolsa vai subir e o dólar pode cair, o risco Brasil ontem teve ontem uma queda de -5% .

Abraço e bons negócios;