R.B. 3/MAR/16 "A aniquilação total da concorrência no mercado bursátil tupiniquim"



"A aniquilação total da concorrência no mercado bursátil tupiniquim"

São Paulo, 3 de março de 2016 (QUINTA-FEIRA).


Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, para fechar em território positivo pelo quarto pregão consecutivo e assim superar os 45.000pts, novamente acompanhando o movimento ascendente das principais bolsas mundiais e também impulsionada pelo aumento das "apostas" de queda do governo Dilma e (2) o DÓLAR pode subir, tentando sustentar o suporte dos R$ 3,90, realizando um "ajuste técnico" após 3 pregões consecutivos de queda de queda e influenciado pela manutenção da Selic.

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 1,8%, para fechar o dia no maior patamar do ano (aos 44.983pts), com bom volume de negócios (R$ 7,7bi), acompanhando a trajetória ascendente das principais bolsas mundiais e especialmente impulsionada pelo aumento das "apostas" de queda do governo Dilma e (2) o DÓLAR caiu –1,3% à R$ 3,90, ignorando o "suporte" dos R$ 3,95, para fechar em território negativo pelo terceiro pregão consecutivo, seguindo a melhora do "humor" na bolsa brasileira e influenciada pelo aumento do fluxo positivo de recursos externos.

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, após dados animadores dos EUA aliviarem preocupações sobre a perspectiva da maior economia do mundo e do crescimento global, Japão 4,1%, com destaques de alta para as exportadoras, como a Murata Manufacturing (8,1%) e a Nidec (7,4%), e China 4,3%, registrando o maior ganho porcentual diário desde NOV/15 e favorecida por setores que Pequim vem procurando reestruturar ou estimular, como a indústria pesada e o setor imobiliário, (2) da EUROPA, Inglaterra o,1%, França 0,4% e Alemanha 0,6%, impulsionadas por uma recuperação do petróleo próximo ao horário de fechamento dos pregões da região e com destaques de alta para as mineradoras, beneficiadas por "rumores" de que o governo em Pequim vai anunciar novas reformas ao longo desta semana e (3) dos EUA, após alguma volatilidade, S&P 0,4%, DJ 0,2% e NASDAQ 0,3%, beneficiadas pela divulgação de dados positivos do emprego e por uma leitura melhor que a esperada para o crescimento econômico do país no quatro trimestre.

Frustrando as expectativas de meia dúzia de petistas radicais, que queriam o corte, e mesmo com a inflação dos últimos 12 meses acima dos 10%, o que justificaria uma alta, ontem, conforme esperado por mais de 90% do "mercado", o Copom decidiu manter inalterada, pela quinta vez consecutiva, a taxa básica de juros da economia brasileira em 14,25% ao ano, ressaltando em nota que a piora do cenário internacional e um crescimento menor da economia brasileira podem aumentar as chances de que a inflação caia para mais perto do centro da meta, 4,5%, em 2017.

Ressaltando que, por erros na condução da política econômica, a recessão tupiniquim está sendo muito mais grave do que foi previsto, o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira afirmou que é preciso o governo estimular a poupança interna e os investimentos públicos em infraestrutura, além do realizado por meio de concessões.

Desestimulando investimentos, ao invés de cortar gastos públicos, com o objetivo de aumentar a arrecadação de impostos para pagar as contas da maquina publica petista, na noite de ontem a Câmara aprovou a medida provisória 694/2015, que aumenta de 15% para 18% a alíquota do Imposto de Renda Retido na Fonte incidente no pagamento de juros sobre capital próprio pagos ou creditados aos sócios ou acionistas de empresas.

Revertendo uma lambança que estava quebrando a maioria das empresas de turismo do país, o governo federal voltou atrás e reduziu de 25% para 6% a alíquota de Imposto de Renda sobre remessas de dinheiro para o exterior para despesas de viagem, como hotéis, pacotes de viagem e transporte.

Pressionando a inflação e mostrando para petistas acéfalos que a alta do dólar interfere muito na vida das classes menos abastadas da sociedade, segundo estimativas da associação das indústrias do setor, os preços de pães, biscoitos, massas e bolos devem subir no mínimo 10% neste ano de 2016, já que atualmente metade da farinha de trigo consumida no país é importada e os gastos com energia e combustíveis também aumentaram.

Seguindo em uma guerra sem vencedores que, além de aumentar a confusão no país, tem como principal perdedor o Estado brasileiro, apenas nos 2 primeiros meses deste ano ao menos 12 Estados mudaram a tributação de combustíveis, principalmente favorecendo usineiros e dando mais competitividade à produção de etanol no país.

Mostrando que, além de enfrentar o desemprego, o país é afetado pela redução salarial, segundo um levantamento feito pelo site de empregos Adzuna, nos últimos 5 meses as médias salariais das áreas de varejo e administração caíram -16,9% e -11,8%, respectivamente.

Postergando, ao menos por um pouco mais de tempo, "a aniquilação total da concorrência no mercado bursátil tupiniquim", o conselho de administração da Cetip recusou mais uma proposta de compra, desta vez no valor equivalente a R$ 41 por ação, apresentada pela BM&FBovespa no mês passado.

-    A Vale subiu 8,1%, reagindo positivamente ao acordo entre os governos de MG e ES com a mineradora Samarco, o que reduz a incerteza sobre as consequências do desastre em Mariana para a empresa.
-    A Petrobrás subiu 6,4%, já que a empresa, deixando claro que aceita sair de áreas de negócio e oferecer mais ativos ao mercado, começou a progredir no seu plano de venda de patrimônio para reduzir sua dívida.



Política:
Aumentando as consideravelmente as chances de Lula ir para a cadeia, Leo Pinheiro, sócio da empreiteira OAS e ex-amigo do referido ex-presidente, avisou que, pressionado pela família e com medo de voltar a ser preso, optou por aceitar o acordo de delação premiada, na qual deve falar sobre as reformas do triplex no Guarujá e do sítio de Atibaia e sobre como repassou dinheiro do petrolão para as campanhas petistas.

Elevando muito as chances de queda da presidenta Dilma, ontem a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou para abrir a primeira ação penal da Operação Lava Jato no tribunal e tornar réu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sob acusação dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Sem se preocupar com o aumento dos gastos públicos e com o inchamento cada dia maior do tamanho do Estado tupiniquim, ontem o Senado aprovou uma medida provisória que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprarem participações em empresas públicas ou privadas sediadas no Brasil.

Apesar de admitir que tem críticas à atuação da Polícia Federal na Operação Lava Jato, Rui Falcão, presidente do PT, negou, com a certeza de que todos os brasileiros são idiotas, que a direção do partido tenha pressionado a presidenta Dilma a derrubar José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça e que a sigla não tentou frear as investigações do petrolão para proteger seus filiados.

Provavelmente seguindo as ordens de Lula, que todos sabem é o chefão da máfia petista, ontem João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT e atualmente presidiário, se recusou a responder as perguntas dos promotores do Ministério Público de SP sobre o apartamento tríplex no edifício Solaris, no Guarujá, reformado pela empreiteira OAS e reservado para o referido ex-presidente.

Contrariando as ordens da presidenta Dilma, que aliás pelo visto não manda mais em ninguém, a bancada de deputados federais do PT decidiu apoiar a Proposta de Emenda à Constituição em tramitação na Câmara que pode resultar em um aumento dos gastos federais com saúde em mais de R$ 140bi nos próximos 7 anos.


Crítica:
Mostrando que a esperança, ao menos para esta geração, já morreu, ontem, poucos dias depois da divulgação de uma pesquisa revelando que apenas 8% dos brasileiros são plenamente capazes de entender e se expressar de forma plena por meio de letras e números, foi revelado que quase 3 semanas depois do início das aulas, cerca de 124 mil alunos da rede municipal de ensino da cidade de SP, que é a maior do Brasil, ainda não receberam os uniformes e os materiais escolares, como lápis, caneta e caderno.


PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho




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