R.B. 29/FEV/16 "A falta de civilidade é uma característica comum a todos os políticos brasileiros"


"A falta de civilidade é uma característica comum a todos os políticos brasileiros"

 

São Paulo, 29 de fevereiro de 2016 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados e Economia:
 
Hoje (1) a BOVESPA deve cair, acompanhando as perdas nas principais bolsas mundiais, porem deve-se ressaltar que o aumento da tensão política no Brasil pode elevar as "apostas" de queda da presidenta Dilma, o que seria fantástico para a bolsa brasileira e (2) o DÓLAR pode seguir em alta, para fechar o dia acima dos R$ 4,00, acompanhando a esperada piora do "humor" na bolsa brasileira e seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana.

 

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA –0,7%, revertendo os ganhos da abertura, quando na máxima chegou a avançar 1,4%, influenciada pela divulgação de que o PIB dos EUA no quarto trimestre de 2015 ficou acima do esperado, o que elevou as "apostas" de alta dos juros norte-americanos, e pelo recuo do petróleo (-0,9%) e (2) o DÓLAR subiu 1,2% à R$ 3,99, acompanhando a valorização internacional da moeda dos EUA, já que uma alta dos juros da maior economia do mundo aumentaria a saída de investidores dos mercados emergentes.

 

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 0,3% e China 1,0%, acompanhando o fechamento positivo das principais bolsas mundiais no dia anterior e influenciadas pelas boas perspectivas para a reunião do G-20, (2) da EUROPA, em alta pelo segundo pregão seguido, Inglaterra 1,4%, França 1,6% e Alemanha 1,9%, com destaques de alta para as mineradoras, como BHP (2,9%) e Rio Tinto (7,9%), diante de preços mais altos dos metais e da divulgação de dados corporativos encorajadores e (3) dos EUA, revertendo os ganhos da abertura, apesar de fecharem a semana acumulando ganhos, S&P –0,2%, DJ –0,3% e NASDAQ –0,1%, pressionadas pelo recuo do preço do petróleo e pelo anúncio do governo de que a taxa de longo prazo da inflação dobrou em JAN/16 para 1,3%, aumentando as chances de uma nova elevação dos juros do país.

 

Fazendo ressurgirem as "apostas" de que a taxa básica de juros dos EUA pode subir novamente este ano, na sexta-feira foi anunciado que o PIB norte-americano do quarto trimestre de 2015 registrou crescimento de 1%, resultado superou o centro das estimativas de economistas e instituições financeiras (0,4%) e veio melhor que a primeira leitura do indicador (0,7%).

 

Coberta de razão, Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, afirmou, durante a reunião do G-20 em Xangai, que sem uma ação coletiva por parte dos dirigentes globais, a economia mundial pode sair dos trilhos, ressaltando também que é necessário renovar o foco em reformas estruturais para impulsionar a atividade econômica.

 

Ontem, após a cúpula dos ministros das Finanças do G20 em Xangai, Jack Lew, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que é crítico que a China continue se movendo em direção a uma taxa de câmbio mais orientada pelo mercado e comunique claramente suas ações e pretensões.

 

Dando 2 novos sinais negativos da economia brasileira, (1) segundo dados oficiais do Ministério do Trabalho, em JAN/16 foram fechadas 99.694 vagas de empregos formais no Brasil, o que representa o pior resultado para o primeiro mês do ano desde 2009 e (2) corroendo cada dia mais a renda do trabalhador brasileiro, o IGP-M, pressionado principalmente pela alta dos preços dos produtos agropecuários, avançou 1,29% em FEV/16 e com isto acumula uma alta de 12,08% nos últimos 12 meses.

 

As 7 principais razões que levam os especialistas a acreditarem que a crise tupiniquim pode se aprofundar ainda mais antes de a economia iniciar uma retomada são (1) a demanda fraca nos mercados externo e interno, (2) a desconfiança de consumidores e de investidores, (3) o alto nível de endividamento das famílias e das empresas, (4) as dúvidas sobre a situação fiscal do país, (5) as incertezas no cenário político e (5) os erros na condução da política econômica e (7) a falta de liderança e a incapacidade gerencial e política da presidenta Dilma.

 

Mesmo depois da bateria de ataques do comando petista à agenda econômica do Planalto e do chamado de Lula para que defina de que lado está, a presidenta Dilma não dá sinais de que poderá ceder,  já que, com uma aprovação na faixa dos 10%, é preferível à petista investir em uma medida impopular, mas estruturante, como a reforma da Previdência, do que abraçar as propostas do partido, que, na sua opinião, não ajudam o país a sair da crise.

 

-    A Petrobrás caiu –0,4%, porem após o fechamento do pregão foi anunciado que, em busca de novas fontes de financiamento, a petrolífera tupiniquim está negociando um empréstimo de US$ 10bi com o China Development Bank em troca de garantia de fornecimento de petróleo a empresas chinesas.

-    A BRFS caiu –7,3%, mesmo após anunciar que teve lucro líquido de R$ 1,4bi no quarto trimestre, o que representou um avanço de 42,8% sobre o mesmo período do ano anterior, impulsionada pelas operações internacionais e superando o valor esperado pelo "mercado" (R$ 866mi).


Política:
 
Pressionado e criticado por Lula, que exige a toda hora que ele interfira e barre as investigações da Polícia Federal e do Ministério Publico, José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, já avisou para Dilma que pedirá demissão esta semana, o que enfraquece mais a referida presidenta do Brasil.
 
Mostrando que está cada dia mais insustentável Dilma se manter na presidência do Brasil, neste final de semana, durante a festa de aniversário do PT, o plano econômico da presidenta, que inclui reforma da previdência e contenção de gastos do governo, foi duramente criticado pelos petistas.

 

Comprovando que "a falta de civilidade é uma característica comum a todos os políticos brasileiros", neste final de semana, durante as previas do PSDB para definir quem será o candidato do partido à prefeito de SP, ocorreu uma confusão que terminou com urnas quebradas e pancadaria generalizada entre militantes apoiadores dos 3 candidatos (Andrea Matarazzo, João Dória e Ricardo Trípoli).

 

Como se estivesse feliz com as barbáries que ocorreram no primeiro turno das eleições para definição do candidato tucano à prefeito, Alckmin, que é cotado como um dos possíveis candidatos do PSDB à Presidência da República em 2018, defendeu que o partido realize prévias para definir quem será o candidato tucano na disputa presidencial.

 

Podendo ajudar a aumentar a tensão no Congresso Nacional, segundo uma pesquisa divulgada ontem saltou de 65% para 76% nos últimos 2 meses o percentual de brasileiros que defendem a renúncia de Eduardo Cunha, o peemedebista de oposição que é presidente da Câmara dos Deputados.

 

-    Matando o mito Lula, faltando  32 meses para a eleição presidencial de 2018, atualmente 49% dos eleitores brasileiros afirmam que não votariam de jeito nenhum no referido ex-presidente.

-    Sem nenhuma vergonha na cara, o PT tenta convencer Eduardo Suplicy, secretário paulistano de Direitos Humanos, a compor a chapa de vereadores da sigla neste ano com o objetivo de atuar como puxador de votos.


Crítica:
 
Fazendo o oposto do que Dilma desejava quando ainda era uma terrorista nacionalista, o governo brasileiro, em defesa das grandes corporações globais, indicou que vai defender alterações para flexibilizar a lei que limita a compra de terras no país por empresas estrangeiras.

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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