São Paulo, 1 de janeiro de 2016 (SEXTA-FEIRA).
Assim como entre 2002 e 2009 tudo conspirava à favor do Brasil, no horizonte tupiniquim de 2016 se apresenta uma ''tempestade perfeita'' e até uma eventual queda de Dilma, apesar de certamente injetar animo nos investidores, deixará uma ''herança maldita'' para ser paga.
Nos EUA economia e juros sobem um pouco mais, a China para de reduzir seu crescimento, a Europa segue tentando se recuperar, e aos poucos vai conseguir, e as commodities, na melhor das hipóteses, param de cair.
A falta de capacidade técnica da presidenta e as pressões do PT já fizeram o governo dar uma ''guinada à esquerda'', segurando a taxa de juros e aumentando os gastos públicos, ''se lixando'' para a inflação.
Tudo leva a crer que por aqui a economia vai ''azedar'' mais, com aumento do desemprego, inflação em alta e menos confiança dos investidores e da população, além disto, certamente o clima político vai piorar, diante das eleições municipais e dos desdobramentos das investigações policiais, das CPIs e dos processos de cassação de mandato, de parlamentares e da presidenta.
Apesar de a segunda lei espiritual indiana dizer que ''sempre acontece o que deve acontecer'', desta vez foram feitas duas ''apostas'' para o final de 2016, uma com a manutenção de Dilma no poder e outra levando em consideração a sua queda.
"Com Dilma"
Indicador
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''Aposta'' para 2016
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Ibovespa
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40.000pts
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Dólar
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R$ 4,95
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Juros
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14,75%
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PIB
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-5,0%
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Inflação
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10,0%
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Exportações
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US$ 200bi
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Desemprego
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11%
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"Sem Dilma"
Indicador
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''Aposta'' para 2016
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Ibovespa
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65.000pts
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Dólar
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R$ 4,25
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Juros
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16,00%
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PIB
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1,0%
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Inflação
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7,0%
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Exportações
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US$ 250bi
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Desemprego
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9,0%
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"Avaliação das apostas de 2015"
A reeleição de Dilma em 2014, pautada na mentira e na maledicência e financiada com dinheiro de corrupção, começou a cobrar o preço em 2015.
A equivocada nova matriz econômica tupiniquim, baseada no aumento de gastos públicos, credito fácil e consumo, se esgotou, afetando seriamente as contas públicas e levando o país a uma resseção, agravada internamente pela crise política e externamente pela queda das commodities e pela desaceleração da China.
O elevado patamar do dólar não facilitou as exportações, que em 2015 recuaram cerca de -14% na comparação com 2014, já que o país bate no atual governo um recorde de mais longo período sem assinar nenhum acordo comercial, com isto a balança comercial tupiniquim só fechou o ano em superávit por conta de uma queda maior das importações (-24% na comparação com 2014).
Por fim, o desemprego fecha o ano em forte trajetória de alta, diante da desaceleração da economia e da falta de confiança dos investidores.
Indicador
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''Aposta'' de 2015
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Realizado em 2015*
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Ibovespa
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70.000pts
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43.350pts
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Dólar
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R$ 3,00
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R$ 3,95
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Juros
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13,00%
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14,25%
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PIB
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-0,5%
|
-3,7%*
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Inflação
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6,0%
|
10,7%*
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Exportações
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US$ 250bi
|
US$ 190bi*
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Desemprego
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6,5%
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8,4%*
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(*) valores aproximados, já que falta a divulgação oficial.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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