"Amigão de banqueiros e ex-primeiro ministro do PT"
São Paulo, 26 de janeiro de 2016 (TERÇA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve cair, acompanhando a desvalorização das commodities e as perdas das principais bolsas mundiais, como a Xangai (-6,4%), e também prejudicada pelas previsões cada dia mais sombrias para o futuro da economia tupiniquim e (2) o DÓLAR pode subir, retornando à sua trajetória de alta após o "ajuste técnico" do pregão anterior, influenciado pelos mesmos motivos que devem derrubar a bolsa brasileira.
Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 0,8%, recuperando mais uma parte das perdas acumuladas no mês (-12,2%), acompanhando a forte melhora do "humor" nas principais bolsas mundiais e também beneficiada pela valorização das commodities, como o Petróleo (9,1%) e (2) o DÓLAR caiu –1,3% à R$ 4,11, em um "ajuste técnico" após 3 pregões consecutivos de alta, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e seguindo a leve melhora do "humor" da bolsa brasileira.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, ainda recuperando perdas recentes, Japão 0,9% e China 0,8%, com a valorização do petróleo impulsionado as ações das empresas do setor de energia, como CNOOC (4,8%), PetroChina (1,5%) e Sinopec (1,6%), (2) da EUROPA, devolvendo parte dos ganhos registrados na sexta-feira, Inglaterra –0,4%, França –0,6% e Alemanha –o,3%, pressionadas por uma nova queda nos preços do petróleo, pela desaceleração da economia da China, pelo enfraquecimento dos mercados emergentes e o plano do Fed ("BC" dos EUA) de elevar os juros norte-americanos e (3) dos EUA, prejudicadas pelos mesmos motivos que derrubaram as bolsas europeias, S&P –1,6%, DJ –1,3% e NASDAQ –1,6%, com as ações de energia, como Exxon (-3,1%) e Chevron (-3,2%), liderando a queda, após o Iraque anunciar uma alta recorde de produção da commodity que alimentou os temores sobre o excesso de oferta.
Indicando o caminho de austeridade que o Brasil deveria seguir, ontem a agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou sua "nota" para a Grécia, alegando que o país conseguirá cumprir antes de MAR/16 as condições de reformas relacionadas ao plano de ajuda firmado em JUL/15 passado.
Segundo Joydeep Mukherji, diretor de qualificações soberanas da agência de classificação de risco Standard & Poor's, a queda nos preços de commodities e, particularmente, do petróleo afeta a classificação de países exportadores como o Brasil, mas a crise interna é ainda mais grave.
Acreditando cada dia mais nas asneiras que fala, a presidenta Dilma, que esta semana deve divulgar um pacote de resgate à economia, "garantiu" que o Brasil "não esta parado", ressaltando que o país passa por um período de "transição econômica" e de "dificuldades temporárias", mas que vai superar estes desafios e emergir mais forte e mais competitiva.
Mostrando que com ela o que está ruim sempre pode pior, a presidenta Dilma afirmou que não descartou a utilização das reservas internacionais do país para reativar a economia, ressaltando em entrevista ao site UOL que podem haver "momentos" em que o uso desses recursos seja uma "hipótese".
Confirmando que o Copom tupiniquim estava errado ao não elevar a taxa básica de juros na reunião da semana passada, o PICA-15 de JAN/16 ficou em 0,92%, patamar superior ao auferido no mesmo período de 2015 (0,89%) e o maior para o primeiro mês do ano dede JAN/03 (1,98%), no primeiro mês do primeiro governo Lula.
Já refletindo a irresponsável decisão do Copom de não elevar a Selic na semana passada, o "mercado", cada dia mais pessimista com o futuro do Brasil, elevou, de 7,00% para 7,23%, suas "apostas" para o IPCA de 216, e piorou, de –2,99% para –3,0%, suas expectativas para o PIB brasileiro neste ano.
Vocação brasileira, o agronegócio, que aliás é um dos poucos setores em crescimento no país, tem despertado cada vez mais interesse de bancos privados, de securitizadoras e de investidores do mercado de capitais antes avessos a trabalhar com o risco do campo, como seca ou pragas, e que agora financiam cada vez mais o setor com produtos como CRA e LCA.
Colocando "dinheiro fácil e barato" na mesa para comprar apoio, a presidenta Dilma, dentro de sua estratégia de se reaproximar do empresariado, vai anunciar, durante a reunião do seu Conselhão nesta quinta-feira, a criação e o reforço de linhas de crédito junto aos bancos públicos para exportadores e micro e pequenas empresas.
Dando novos sinais negativos da economia brasileira, (1) a indústria farmacêutica encerrou 2015 com queda de -88% no saldo de admissões, (2) registrando o décimo primeiro mês consecutivo de quedam em NOV/15 o emprego na indústria recuou -7,2% na comparação com NOV/14 e (3) como resultado da política do Tesouro Nacional de venda de títulos para financiar os déficits no Orçamento, a dívida pública federal avançou 21,7% no ano passado, totalizando inéditos R$ 2,8tri.
Atolado em escândalos de corrupção, no ano passado o BNDES desembolsou R$ 135,9bi em empréstimos, o que representa uma redução de -28% na comparação com 2014 e o pior desempenho desde 1996, o primeiro ano com as variações disponíveis.
Com a poupança rendendo cada dia menos, o número de investidores com aplicações no Tesouro Direto cresceu 81% em 2015, um aumento considerado expressivo pela instituição para um programa que completa 14 anos neste mês de JAN/16 e cujos títulos líderes de vendas atualmente são os corrigidos pela inflação, que hoje oferecem ganho entre 6,1% e 7,8% acima do IPCA.
No ano passado, para promover o turismo no país, o México investiu US$ 477mi, a Argentina, mesmo quebrada, investiu US$ 58mi e o Brasil, que teve Copa do Mundo em 2014 e vai ter Olimpíadas neste ano de 2016, investiu apenas US$ 16mi.
Provando mais uma vez que no governo Dilma, sem comando e sem planejamento, cada uma faz e fala o que quiser, Kátia Abreu, ministra da Agricultura, afirmou ontem que as exportações brasileiras são a saída para a crise econômica do pais, ressaltando que, para isso, é preciso acabar com a proteção contra concorrência externa para alguns setores e que até agora o país não avançou nos acordos comerciais porque "o Mercosul nos atrapalhou".
Confirmando que com Dilma no poder o país vai piorar cada dia mais, segundo uma pesquisa divulgada no final de semana pelo Ibope, atualmente 82% dos brasileiros acreditam que o Brasil está caminhando na direção errada, o que representa o maior patamar da história e supera de longe os 75% que afirmavam isto em ABR/15.
Desunido, incompetente na oposição e perdendo cada dia mais filiados e militantes, o PSDB tem 3 candidatos habilitados e guerreando entre si para ser o indicado a disputar a prefeitura de SP pelo partido neste ano, são eles (1) o empresário e apresentador de TV Joao Doria, (2) o vereador Andrea Matarazzo e (3) o deputado federal Ricardo Trípoli.
O governo Dilma discute internamente medidas para coibir o que considera "vazamentos seletivos" contra a presidenta e seus ministros, inclusive pedindo a abertura de investigações e processos contra autoridades responsáveis pela guarda do sigilo de documentos que acabam chegando à imprensa.
Mostrando novamente que os petistas confundem o publico com o privado e não tem nenhuma noção de ética, Erenice Guerra, a ex-ministra de Dilma, admitiu à Polícia Federal ter firmado parceria com o então conselheiro do Carf José Ricardo da Silva para resolver uma "grande dívida tributária" da chinesa Huawei.
Conforme já era de se esperar, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas decidiu cassar o mandato do governador José Melo, do Pros, e de seu vice Henrique Oliveira, SDD, acusados de compra de voto na campanha de 2014.
Falando a verdade, mas obviamente irritando profundamente a presidenta Dilma, Marcelo Castro, ministro da Saúde, decretou que o país "está perdendo a batalha para o mosquito da dengue".
Indicando, para o bem do planeta terra, que, principalmente por conta da crise econômica que cresce no país, o modelo de consumo fácil a que os brasileiros se habituaram nos anos de expansão da economia e do crédito mudou, neste ano de 2016 cresceu até 60% a procura por serviços que ajudam a reaproveitar aquilo que se tem, do tênis rasgado ao carro quebrado que precisam de revisão e reparos.
Alfredo Sequeira Filho
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