R.B.
"Após arrasar sua reputação"
São Paulo, 2 de julho de 2015 (QUINTA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, beneficiada pela redução das tensões externas e impulsionada pela provável recuperação das ações da Petrobrás, que após o fechamento do pregão anunciou medidas que devem agradar o "mercado" e (2) o DÓLAR pode voltar a subir, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana para ampliar a valorização já acumulada no ano (18,4%).
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –0,6%, revertendo os ganhos da abertura, quando na máxima avançou 0,7%, para fechar o dia no menor patamar desde 1º/ABR/15 (aos 52.757pts), pressionada pela forte baixa das ações da Petrobrás (-4,2%), que acompanhou o recuo do preço do petróleo (-4,2%), que por sua vez fechou dia no menor patamar desde 22/ABR/15 (aos US$ 56,96 o barril) na bolsa Nymex e (2) o DÓLAR subiu 1,1% à R$ 3,14, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana, diante da divulgação de dados positivos da economia dos EUA.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, sem uma tendência única, Japão 0,5%, impulsionada por sólidos resultados financeiros de empresas do varejo, como Adastria (16,1%) e Sugi (5,8%) e China –5,2%, mantendo a volatilidade que dominou as duas últimas semanas, desta vez prejudicada pela divulgação de uma atividade manufatureira abaixo do esperado, (2) da EUROPA, Inglaterra 1,3%, França 1,9% e Alemanha 2,1%, beneficiadas pela divulgação de dados econômicos positivos da zona do euro e pelo "rumores" de que a Grécia estaria cedendo nas negociações com os credores, embora algumas autoridades europeias tenham afirmado que as ofertas feitas pelo país são insuficientes e (3) dos EUA, S&P 0,7%, DJ 0,8% e NASDAQ 0,5%, impulsionadas pela divulgação de dados econômicos positivos, como o aumento do nível de emprego e a elevação da atividade industrial, e pelo anúncio de uma grande fusão no setor de seguros, entre a ACE e a Chubb por US$ 28,3bi.
Diante do risco do país sair da zona do euro, o que agravaria a crise e traria problemas enormes para os gregos, segundo uma pesquisa divulgada ontem, apesar da posição contrária do seu primeiro ministro, agora a maioria da população da Grécia declara que vai votar sim, ou seja a favor de um acordo nos moldes propostos pelos credores, no plesbicito marcado para este final de semana.
Ressaltando que um dos desafios internos do Brasil hoje é evitar que o efeito inflacionário do realinhamento que está ocorrendo nos preços relativos se propague além de 2015, Alexandre Tombini, presidente do BC brasileiro, afirmou ontem que tem observado uma "melhora sensível" nas expectativas de mercado para a inflação "em horizontes para além de 2015" e que na avaliação da autoridade econômica tupiniquim a economia global continua em recuperação.
Com as exportações beneficiadas pela alta do dólar e as importações prejudicadas pela desaceleração da economia brasileira, em JUN/15 a balança comercial tupiniquim registrou um superávit de US$ 4,5bi, o que representa o maior saldo positivo do ano e também o melhor resultado para o referido mês desde JUN/09.
- A Petrobrás caiu –4,2%, porem ontem, após o fechamento do pregão, (1) Aldemir Bendine, presidente da empresa, afirmou que não descarta um reajuste no preço da gasolina até o fim do ano, ressaltando que suas decisões não estão sujeitas nem ao aval do "mercado" e nem ao aval do governo, (2) a empresa comunicou que estuda a abertura de capital da BR Distribuidora ou para a venda de uma fatia da empresa a um parceiro estratégico e (3) a estatal anunciou que vendeu sua participação de 20% na PetroRio (ex-HRT) por US$ 25mi.
- A JBS caiu -2,8%, após anunciar que, ainda contando com o "dinheiro camarada" do BNDES, comprou a divisão de suínos da Cargill nos EUA por US$ 1,45bi.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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