R.B. 13/JUL/15 "Malandragem de toga"


R.B.

"Malandragem de toga"

 

São Paulo, 13 de julho de 2015 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve subir, acompanhando a valorização das principais bolsas mundiais, diante do alivio causado pelo acordo para manter a Grécia na zona do euro, e também animada pelo aumento das "apostas" de que a presidenta Dilma não concluirá seu segundo mandato, e (2) o DÓLAR pode subir, rumo aos R$ 3,20, acompanhando a tendência internacional de valorização da moeda norte-americana, que deve se intensificar diante dos sinais de melhora da economia dos EUA.

 

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 1,6%, se ajustando à melhora do "humor" nas principais bolsas mundiais durante o feriado em SP no dia anterior e também beneficiada pela recuperação dos preços das commodities, que impulsionou as ações da Petrobras (2,1%) e (2) o DÓLAR caiu –1,5% à R$ 3,16, realizando lucros após fechar o pregão anterior no maior patamar desde 30/MAR/15, também acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e a melhora do "humor" na Bovespa.

 

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, sem uma tendência única, Japão –0,4%, registrando a maior perda semanal (-3,7%) desde o último trimestre do ano passado, desta vez influenciada negativamente por um intenso movimento de venda de ações da Fast Retailing (-6,1%), que divulgou um crescimento de 20% no lucro operacional, resultado abaixo da expectativa de vários analistas e China 4,5%, em forte alta pelo segundo pregão consecutivo, impulsionada por recentes medidas de Pequim para estimular o mercado acionário, (2) da EUROPA, Inglaterra 1,4%, França 3,1% e Alemanha 2,9%, impulsionadas pelo renovado otimismo com a Grécia, que apresentou novas propostas de reformas para os credores internacionais, e com destaques de alta para as ações dos bancos, como Monte dei Paschi (8,2%), UniCredit (4,2%), Santander (3,7%), Bankia (3,4%) e (3) dos EUA, S&P 1,2%, DJ 1,2% e NASDAQ 1,5%, com os investidores aliviados com as valorizações dos mercados asiáticos, "apostando" que a Grécia fechará um acordo com seus credores internacionais e "animados" com a divulgação de dados positivos da economia local, como o aumento das vendas no atacado.

 

Trazendo um grande alívio aos mercados financeiros, na madrugada de hoje, após várias horas de negociação, Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, anunciou que os líderes da zona do euro fecharam "um acordo unânime" para iniciar as negociações para o terceiro resgate em favor da Grécia, que por sua vez se comprometeu a efetuar "sérias reformas".

 

Diante de um "amargo" ajuste fiscal para controlar as contas públicas, que sofre resistências inclusive entre seus ministros, a presidenta Dilma, mais uma vez dando "moral" para o ministro Joaquim Levy, afirmou que o objetivo do Palácio do Planalto é "manter a meta" de superávit primário, hoje de 1,1% do PIB.

 

Segundo Stephen Roach, professor da Universidade Yale e um dos maiores especialistas em economia chinesa, o provável estouro da bolha acionária chinesa e a crise na Grécia aumentarão a aversão a risco dos investidores internacionais, complicando ainda mais a situação de países emergentes como o Brasil.

 

Dando mais um sinal negativo da economia brasileira, em MAI/15 a produção industrial de SP, principal polo industrial do país, teve uma retração de -13,7% comparação com MAI/14, resultado pior do que a média nacional (-8,8%) na mesma base de comparação e prejudicado principalmente pelas indústrias de alimentos, veículos, máquinas e equipamentos de informática.

 

Representando mais uma prova da ineficiência administrativa dos petistas, com investimento de mais de R$ 14mi do Ministério da Cultura, o Museu do Trabalho e do Trabalhador, que fica em São Bernardo do Campo, está com as obras paradas há 8 meses e sem previsão para inauguração.

 

-    A Petrobrás subiu 2,1% e, durante o final de semana, a empresa anunciou que, por problemas de caixa, decidiu adiar o início de operações da maior descoberta de petróleo feita no Brasil após o pré-sal.


Política:
 
Em um ato de desespero e principalmente de desrespeito à democracia, a presidenta Dilma, com medo de perder o emprego, se encontrou secretamente em Portugal com Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, para uma conversa ampla e que incluiu entre os temas a Operação Lava Jato e o exorbitante reajuste do Judiciário aprovado recentemente pelo Congresso.
 
Complicando cada vez mais a vida de Dilma, técnicos do Tribunal Superior Eleitoral preparam um cruzamento dos dados da prestação de contas da campanha à reeleição da presidenta com os gastos do Palácio do Planalto com viagens e eventos no período eleitoral e o objetivo é analisar se houve abuso de poder político e econômico como diz a oposição.

 

Revelando uma "malandragem de toga" que confirma que a corrupção está incrustrada na alma do brasileiro, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região implantou um sistema de rodízio, mudando juízes de lugar, que tem gerando o pagamento de gratificações em massa no RJ e no ES.

 

Forçando a barra para se desligar do PT e lançar candidato próprio à prefeitura de SP no ano que vem, o PMDB, em mais um indicativo da crise na base aliada do governo federal, tem pressionado o vice-presidente Michel Temer a não apoiar a reeleição do prefeito Fernando Haddad na disputa do ano que vem, ressaltando que o apoio à candidatura do petista poderá representar um "suicídio político" do PMDB no maior colégio eleitoral do país.

 

-    Se aproveitando que o PT enfrenta a crise mais grave de sua história, o PSDB, maior partido da oposição, começou a preparar o lançamento de uma campanha de filiações, que terá lançamento no Nordeste e cujo foco será a população mais jovem.

-    Fazendo do limão uma limonada, Alckmin, governador de SP, quer transformar a crise hídrica paulista em um de seus principais ativos para se cacifar como candidato do PSDB ao Planalto em 2018, apresentando-se como "o governador que resolveu a crise".

 

Confirmando que a presidenta do Brasil está emocionalmente desequilibrada, na biblioteca do Palácio da Alvorada, durante uma reunião convocada às pressas para discutir as revelações de Ricardo Pessoa, Dilma, agitada, andando em círculos e gesticulando muito, olhou para os auxiliares e bradou, indignada: "Eu não vou pagar pela merda dos outros".

 

A derrota sofrida pelo Palácio do Planalto na quarta-feira passada, quando senadores aprovaram a extensão da política de reajuste do salário mínimo para todos os benefícios previdenciários, deixou o governo desnorteado e provou que a desarticulação da base governista já chegou ao Senado.


Crítica:
 
Se aproximando da paz, o Irã e outras 6 potências mundiais, obviamente lideradas pelos EUA, estão próximos de fechar um histórico acordo nuclear que pode trazer o alívio de sanções em troca da imposição de limites para o programa atômico do país do Oriente Médio.
 
É considerado um consumidor plenamente consciente aquele que não compra por impulso e que não compromete a sua vida financeira, porem, mostrando que o país ainda precisa muito de educação financeira, segundo uma pesquisa recente apenas 21,8% dos brasileiros podem ser "considerados consumidores plenamente conscientes".

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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