R.B.
"Fragilizando o DNA social do PT"
São Paulo, 8 de maio de 2015 (SEXTA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, acompanhando o movimento ascendente das principais bolsas mundiais e beneficiada pela redução das tensões políticas no Brasil, já que a presidenta Dilma anda cada dia mais sumida e (2) o DÓLAR pode subir, retomando sua trajetória de alta após 3 pregões consecutivos de baixa, diante da provável valorização da moeda norte-americana após o anuncio dos dados de emprego da maior economia do mundo.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –0,3%, recuperando quase todas as perdas da abertura, quando na mínima chegou a recuar –1,0%, com baixo volume de negócios (R$ 6,4bi) e com destaques de queda para as ações das empresas do setor de siderurgia, como Usiminas (-10,0%) e CSN (-7,7%) e (2) o DÓLAR caiu –0,4% à R$ 3,04, seguindo a desvalorização internacional da moeda norte-americana e influenciado principalmente pelos sinais de que a taxa básica de juros deve voltar a subir no Brasil.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão –1,2% e China –2,7%, influenciada pelas perdas em Wall Street no dia anterior e com destaques de queda para as exportadoras, (2) da EUROPA, sem uma tendência única, Inglaterra –0,7% e França –0,3, em compasso de espera antes do resultado das eleições da Inglaterra, porem Alemanha 0,5%, impulsionada pela divulgação de bons resultados corporativos e pelos avanços das negociações do BC Europeu com o governo grego e (3) dos EUA, recuperando as perdas da abertura, S&P 0,4%, DJ 0,5% e NASDAQ 0,5%, animadas com a alta nas ações das empresas de tecnologia e no aguardo da divulgação do Payroll do país nesta sexta-feira.
Sinalizando que o ciclo de aumento dos juros no Brasil não terminou na semana passada, quando a instituição elevou a taxa básica Selic de 12,75% para 13,25% ao ano, a ata da reunião do Copom divulgada ontem tende a trazer mais investidores estrangeiros ao país, em busca de retornos mais significativos.
Dando novos sinais negativos da economia brasileira, (1) no primeiro trimestre deste ano a taxa de desemprego do país ficou em 7,9%, o que e equivale a 7,934 milhões de pessoas sem trabalho e representa uma forte alta na comparação com o trimestre imediatamente anterior (6,5%), (2) em ABR/15 a produção de veículos no Brasil foi –21,7% menor que em ABR/14 e atingiu o pior resultado para o mês desde 2007 (217,1 mil automóveis) e (3) segundo projeções pessimistas, o Brasil pode cair da 7º para a 11º posição no ranking das maiores economias do mundo.
Contribuindo para "desinflar ainda mais a bolha" do setor imobiliário, uma semana após a Caixa Econômica Federal restringir o financiamento de imóveis usados, (1) o Banco do Brasil reajustou os juros das linhas de crédito para habitação, elevando as taxas anuais de financiamentos imobiliários de 9,9%+TR para 10,4%+TR e (2) em ABR/15 os saques na caderneta de poupança atingiram R$ 156,36bi e superaram os depósitos em R$ 5,8bi, o que representa o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1995 e também prejudica os financiamentos imobiliários, já que cerca de 65% dos recursos da poupança devem ser aplicados pelos bancos no país em financiamento imobiliário.
Por atualmente preferir fazer negócios com países de terceiro mundo e com ditaduras, o Brasil está perdendo a oportunidade de aumentar seu volume de exportações para os EUA, cujas importações de carne vermelha subiram 61% neste ano fiscal (OUT/14 a MAR/15) na comparação com o período anterior.
A norte-americana Monsanto, maior empresa de biotecnologia do mundo, fez ontem uma oferta inicial de US$ 45bi pela rival suíça Syngenta, o que representa um prêmio de 35% em relação ao atual preço das suas ações, porem a oferta foi recusada e a negociação segue em aberto.
"Vassalo dos interesses do Palácio do Planalto", que atualmente se encontra no ostracismo, ontem foi revelado que Mantega, ex-ministro da Fazenda, tentou impedir, na reunião do conselho da empresa em 27/JAN/15, a divulgação de um cálculo encomendado pela própria Petrobras que indicava perdas de R$ 88,6bi no patrimônio da estatal, principalmente pela má gestão e pela corrupção na construção de refinarias.
Representando uma vitória para o governo Dilma, ontem à noite o plenário da Câmara dos Deputados uma emenda da oposição que tentava anular as mudanças feitas pelo governo nas regras do seguro-desemprego, um dos principais pontos do pacote de ajuste fiscal de Joaquim Levy, que reduz direitos trabalhistas e previdenciários.
A oposição não tem mais esperanças de derrubar os demais pontos do ajuste fiscal de Dilma, mas vai expor ao máximo o PT para tentar cristalizar o desgaste do partido com sua base eleitoral, "fragilizando o DNA social do PT" e encerrando o domínio da sigla nas classes de renda mais baixa.
- Membros do governo consultaram a Força Sindical sobre a possibilidade de Vagner Freitas, presidente da CUT, assumir o Ministério do Trabalho.
Crítica:
Mostrando que o mundo segue progredindo, nos últimos 10 anos os conectados à web triplicaram, chegando atualmente a 3bi de pessoas ou 41% da população mundial, drones e carros sem condutor começam a despontar e o custo da energia solar caiu -79% desde 2009, já competindo com o petróleo.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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