R.B.
"Jornalistas e economistas patrocinados"
São Paulo, 7 de maio de 2015 (QUINTA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, acompanhando a valorização internacional das commodities e com os investidores "aliviados" após a aprovação inicial do ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma e (2) o DÓLAR pode voltar a cair, ainda acompanhando a desvalorização internacional da moeda norte-americana e desta vez também influenciado pela esperada melhora do "humor" na bolsa brasileira.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –1,6%, realizando lucros recentes, acompanhando a piora das perspectivas para a economia chinesa, influenciada pela crescente deterioração do cenário político brasileiro e com destaques negativos para Petrobrás (-5,1%) e Vale (-4,5%) e (2) o DÓLAR caiu –0,6% à R$ 3,05, para fechar em baixa pelo segundo pregão seguido, ainda acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana, diante da redução das "apostas" de que a taxa de juros dos EUA irá subir no primeiro semestre deste ano.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão permaneceu fechada por conta de feriado local e China –1,6%, acompanhando as perdas das bolsas de NY no dia anterior e prejudicada pela divulgação de dados negativos da economia chinesa, (2) da EUROPA, recuperando uma parte das perdas recentes, Inglaterra 0,1%, França 0,2% e Alemanha 0,2%, beneficiadas pela divulgação de resultados corporativos positivos e pelo avanço das conversas entre o BC Europeu e o governo da Grécia e (3) dos EUA, em queda pelo segundo pregão seguido, S&P –0,4%, DJ –0,5% e NASDAQ –0,4%, em compasso de espera antes da divulgação do Payroll do país nesta sexta-feira e diante das declarações de Janet Yellen, a presidente do Fed ("BC" local), ressaltando que as valorizações dos mercados acionários estão "bastante elevadas e poderiam ser uma potencial fonte de instabilidade financeira".
Apresentando mais um importante e preocupante sinal negativo da economia brasileira, em MAR/15 a produção industrial do país manteve a tendência de retração e recuou -0,8% frente ao mês anterior, resultado abaixo do esperado (-0,7%), e -3,5% na comparação com MAR/15, o que representa a décima terceira queda consecutiva nessa base de comparação.
Certamente causando impactos negativos no crescimento da economia brasileira, segundo Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, as despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento, que até este ano eram imunes a bloqueios, devem sofrer em 2015 uma redução de pelo menos 30% na comparação com 2014.
Ressaltando que acredita que o "interesse nacional" prevalecerá, Edinho Silva, ministro da Secretaria e Comunicação Social da Presidência, afirmou ontem que o governo Dilma não trabalha com um "plano B" para as medidas do ajuste fiscal que tramitam no Congresso e que vai insistir no diálogo para conseguir sua completa aprovação.
Dando mais uma "facada nas costas dos brasileiros", o governo da Argentina anunciou que quer flexibilizar o acordo automotivo e exportar carros com mais peças chinesas e coreanas para o Brasil, burlando a exigência atual que diz que cerca de 60% das autopeças devem ser feitas no Mercosul para que o veículo circule entre os países sem pagar tarifa de importação.
- A Eletropaulo disparou 7,2%, após a diretoria da Aneel propor na terça-feira aumento médio de 15,16% nas tarifas da empresa, dentro do processo do quarto ciclo de revisão tarifária da distribuidora.
Crítica:
Finalmente já é consenso, inclusive entre os "jornalistas e economistas patrocinados" pelas construtoras, que o mercado imobiliário brasileiro está passando por uma crise, porem, como os preços dos imóveis caíram bem pouco, os bancos restringiram o acesso ao credito, a taxa de juros não tem perspectiva de queda e a economia brasileira está em retração, é um enorme risco acreditar que este já é um patamar interessante para voltar a comprar imóveis no país, como já dizem alguns destes "jornalistas e economistas patrocinados".
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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