R.B.
"A oposição dos sonhos da presidenta Dilma"
São Paulo, 20 de maio de 2015 (QUARTA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, tentando uma recuperação após 2 pregões seguidos de queda, acompanhando o desempenho positivo das principais bolsas mundiais e influenciada pela valorização das commodities e (2) o DÓLAR pode seguir em alta, atento ao anúncio da ata da reunião do Fed ("BC" dos EUA), que deve indicar indicar que a taxa de juros da maior economia do mundo será elevada em breve neste ano.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –1,3%, acompanhando as perdas das bolsas de NY e pressionada pelo forte recuo das ações da Petrobrás (-6,3%), com investidores ainda demonstrando cautela com o nível de endividamento da companhia e o cenário para os próximos meses e (2) o DÓLAR subiu 0,5% à R$ 3,03, seguindo a piora do "humor" na bolsa brasileira e influenciado pelo aumento dos "temores" de que a taxa de juros irá subir nos EUA e pela redução do volume de vendas do BC brasileiro.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 0,7% e China 3,2%, acompanhando os ganhos das principais bolsas mundiais no dia anterior e impulsionadas pelo aumento das expectativas em torno do anúncio de medidas de estímulo pelo governo chinês, (2) da EUROPA, nos maiores patamares do dia, Inglaterra 0,4%, França 2,1% e Alemanha 2,2%, beneficiadas por um anúncio do BC Europeu ressaltando que tem planos de aumentar seu programa de estímulos financeiros e pelo resultado da balança comercial da zona do euro, que em MAR/15 apresentou um superávit 8,1% maior que em MAR/14 e (3) dos EUA, revertendo os ganhos da abertura, S&P –0,1%, DJ –0,1% e NASDAQ –0,2%, em um compasso de espera e de cautela antes da divulgação da ata do Fed ("BC" local) e diante da divulgação de dados melhores do que o esperado do setor de construção do país.
"Caindo mais uma vez na conversa mole chinesa", ontem a presidenta Dilma recebeu o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que assinou 35 acordos bilaterais nas áreas de planejamento, infraestrutura, comércio, energia, mineração, entre outras, cujo valor supera os US$ 53bi em intenções de financiamento do projetos, sendo que deste montante US$ 7bi são prometidos para a Petrobrás.
Prejudicando ainda mais o desenvolvimento da indústria tupiniquim, que é cada dia menos competitiva globalmente, ontem a Câmara do Deputados aprovou o texto base de medida provisória 668 que eleva a taxação sobre produtos importados, que faz parte do ajuste fiscal do governo e que deve render R$ 700mi aos cofres do Tesouro este ano.
Segundo um documento divulgado ontem pelo Banco Mundial, para retomar o crescimento econômico e se alinhar a uma situação global marcada pela desaceleração da economia da China e pela queda dos preços das matérias-primas, a América Latina precisa alcançar uma flexibilidade maior, adaptando seu mercado de trabalho e aumentando a economia de seus governos.
Dando mais um sinal negativo da economia brasileira, nos 3 primeiros meses deste ano o emprego na indústria registrou queda de –4,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa o pior resultado para um primeiro trimestre desde o início da série história do IBGE, iniciada em DEZ/00.
Ajudando a desinflar a bolha imobiliária tupiniquim, nos últimos 12 meses, período no qual o IGP-M registrou alta de 3,55%, em São Paulo o valor dos alugueis de imóveis de 2 dormitórios tiveram queda de -0,12% e os de 3 dormitórios recuaram -1,60% na mesma base de comparação.
Reduzindo ainda mais a concorrência no setor bancário brasileiro, o que é algo ruim para o país pois só ajuda a inflar os lucros do setor e a aumentar os juros e as tarifas e taxas bancárias, ontem foi divulgado que o Santander Brasil avalia fazer uma oferta de compra da unidade brasileira do HSBC.
Apesar do crescente aumento de impostos, que em 2014 passou de 40% do PIB, não se verifica melhoria dos serviços públicos nem da infra-estrutura, com isto a produção doméstica estacionou e a importação decolou, já que em 2008, 51% do maquinário vendido no Brasil era importado e atualmente estamos importando 71% das maquinas que fazem nossas industrias produzirem.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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