R.B. 20/ABR/15 "Afrontando a democracia brasileira"


R.B.

"Afrontando a democracia brasileira"

 

São Paulo, 20 de abril de 2015 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve subir, com bom volume de negócios, principalmente para uma segunda-feira antes de um feriado, devido ao vencimento de opções, acompanhando a melhora do "humor" nas principais bolsas mundiais e a recuperação dos preços das commodities por conta do anuncio de novas medidas de estímulo na China e (2) o DÓLAR pode cair, devolvendo a valorização acumulada na última sexta-feira e acompanhando a esperada melhora do "humor" na bolsa brasileira, porem deve-se ressaltar que uma eventual baixa pode ser uma boa oportunidade para compra, já que a tendência da moeda norte-americana permanece sendo e alta.

 

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –1,3%, realizando lucros recentes, acompanhando as perdas das bolsas de NY e da Europa e pressionada principalmente pelo recuo das ações das siderúrgicas, como CSN (-7,1%), Usiminas (-4,2%) e Gerdau (-4,2%) e (2) o DÓLAR subiu 0,8% à R$ 3,05, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e retornando à sua trajetória de alta após recuar por 3 pregões seguidos e depois de fechar a sessão anterior no menor patamar desde 5/MAR/15.

 

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, sem uma tendência única, Japão –0,2% e China 2,2%, com reações distintas a divulgação de dados econômicos ruins dos EUA, que reduzem a possibilidade de aumento das taxas de juros da maior economia do mundo no curto prazo, (2) da EUROPA, registrando os piores resultados em um dia desde JAN/15, Inglaterra –0,9%, França –1,5% e Alemanha –2,6%, diante da  preocupação com o agravamento da dívida grega e da divulgação de dados negativos nos EUA e na Ásia e (3) dos EUA, S&P –1,1%, DJ –1,5% e NASDAQ –1,5%, prejudicadas pelos mesmos motivos que derrubaram as bolsas da europeias.

 

Tentando passar confiança aos investidores presentes na reunião do FMI e do G20 em Washington (EUA), Joaquim Levy, ministro da Fazenda, afirmou que o governo brasileiro planeja lançar em MAI/15 um novo programa de concessões para investimentos em infraestrutura.

 

Bem menos otimista que o ministro Joaquim Levy, o FMI, além de confirmar que espera que a economia brasileira encolha este ano, anunciou que o PIB tupiniquim, apesar de voltar a crescer a partir de 2016, terá resultados pífios até o final desta década, com um avanço médio de 1,8% de 2016 até 2020.

 

Ressaltando que a crise agora é mais grave do que as deflagradas pela desvalorização cambial em 1999 e pela eleição do ex-presidente Lula em 2002, segundo o prestigiado economista Marcos Lisboa, atual presidente do Insper, o corte de gastos que o governo Dilma tenta implementar poderá evitar que o país mergulhe em uma situação ainda mais dramática que a atual, mas não será suficiente para a retomada do crescimento.

 

Tentando estimular o "mercado", o BC da China cortou neste domingo, pela segunda vez em menos de 2 meses, a quantia que os bancos devem manter como reservas, acrescentando assim mais liquidez à segunda maior economia do mundo para ajudar a incentivar empréstimos bancários e combater a desaceleração do crescimento.

 

Diante dos sinais de que a inflação segue em alta, o que se confirmou com os anúncio de que o IPCA-15, pressionado pela forte alta da energia elétrica, já acumula alta de 4,61% no ano e de 8,22% nos últimos 12 meses, os juros futuros fecharam valorizados na sexta-feira passada, com os contratos com vencimento para JUL/15 a 13,10% e os os contratos com vencimento para JAN/17 a 13,19%.

 

Dando novos sinais negativos da economia brasileira, (1) em FEV/15 o emprego industrial recuou -0,5% quando comparado com JAN/15 e despencou –4,5% na comparação com FEV/14, o que representa 41º resultado negativo consecutivo nesta base de comparação.

 

Sem ver perspectivas de melhoras no curto prazo, o banco britânico HSBC, que teve um prejuízo líquido de R$ -549mi no Brasil em 2014, estuda sair do país, onde lucra pouco e tem uma participação de mercado pequena demais para competir com os grandes rivais locais, como Itaú, Banco do Brasil e Bradesco.

 

Com a Petrobrás perdendo cada dia mais participação e a retirada das ações da Even, na carteira teórica do Índice Bovespa que passa a vigorar a partir de 1/MAI/15 até 30/AGO/15, Itaú continua com o maior peso (11,080%), seguido de Bradesco (8,494%), Ambev (7,126%), Petrobras (4,835%) e Vale(4,318%).

 

Afastando definitivamente o risco chegar ao fim do ano com o caixa no limite mínimo de US$ 10bi, a Petrobrás, com a ajuda de bancos estatais e do Bradesco, além da decisão de vender plataformas, anunciou já ter conseguido equacionar sua necessidade de financiamento para 2015, a poucos dias de entregar seu balanço de 2014.


Política:
 
Corroborando com a opinião de FHC, o peemedebista Eduardo Cunha, que é presidente da Câmara, afirmou sábado passado que a irregularidade das manobras fiscais feitas pelo governo em 2014 não coloca em risco o atual mandato da presidenta Dilma, ressaltando que os atos julgados pelo TCU  na última semana se restringem ao período anterior do governo.
 
A indefinição da presidenta Dilma para a nomeação de cargos começa a afetar as agências reguladoras, que fiscalizam e regulam serviços públicos como transporte, luz, água, telefone e saúde, já que atualmente algumas dessas autarquias, que também determinam ajustes nas tarifas, não contam nem sequer com o quórum mínimo de dirigentes aprovados pelo Senado.

 

-    Cada dia com mais dirigentes do partido atrás das grades, a cúpula do PT teme cada vez mais que as ações dos investigadores da Operação Lava Jato acabem por "inviabilizar'' o funcionamento do partido e até por levar à cassação do registro da legenda.

 

Começando a semana certamente triste pela a derrota do seu time para o seu maior rival e em seu Estádio, que aliás foi construído com dinheiro publico, o ex-presidente Lula deve seguir a semana calado, vendo seus "companheiros" sendo presos e rezando para não ser citado por nenhum dos políticos ou empresários que já estão enjaulados.

 

-    Como quem malha o Judas, ontem, diante de uma plateia de empresários, os principais dirigentes da Câmara e do Senado fizeram críticas à condução do governo de Dilma Rousseff, ao processo de discussão do ajuste fiscal e à atuação do PT no Congresso.

 

Escolhido na sexta-feira passada como o novo tesoureiro do PT, Márcio Macêdo já defendeu publicamente a compra da refinaria de Pasadena e as operações da Petrobras que deram início à CPI da Lava Jato e também assinou, em JUN/14, um manifesto contra a postura de Joaquim Barbosa, então presidente do Supremo Tribunal Federal.


Crítica:
 
"Afrontando a democracia brasileira", dando um péssimo exemplo para os trabalhadores e confirmando o viés ditatorial e bolivariano do governo petista, amanhã, ao lado da presidenta Dilma e em um evento comandado por Ricardo Lewandowski, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, o terrorista João Pedro Stédile, líder do MST, será homenageado com a Medalha da Inconfidência em Ouro Preto, que é a maior homenagem concedida pelo estado de MG.

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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