R.B. "Apostas para 2015 e avaliação de 2014"



R.B.

"Apostas para 2015 e avaliação de 2014" 

São Paulo, 1 de janeiro de 2015 (QUINTA-FEIRA).


"Apostas do R.B. para o final de 2015"

Em 2015 ocorrerá um aumento dos juros dos EUA, causando impactos diretos no Brasil, que por sua vez seguirá perdendo credibilidade externa se o novo Ministério da Fazenda de Dilma, comandado por Joaquim Levy, for incapaz de implementar uma política econômica mais austera, cortando gastos públicos, elevando os juros e eliminando as desonerações tributárias.

O já iniciado ''pacote de maldades'' afetará, ao menos no curto prazo, o desempenho da economia brasileira, porem, se implementado com sucesso, pode trazer no longo prazo uma retomada da confiança e consequentemente um aumento do fluxo positivo de recursos externos, destinados a investimentos no setor produtivo a economia.

A ''esperança'' é que, como a bolsa brasileira está muito ''descolada e descontada'' das principais bolsas do mundo e o mercado financeiro tradicionalmente antecipa os movimentos, a ''caça de barganhas'' pode se intensificar, principalmente se ocorrer uma recuperação internacional nos preços das commodities.

indicador
''aposta'' para 2015
Ibovespa
70.000pts
Dólar
R$ 3,00
Juros
13,0%
PIB
-0,5%
Inflação
6,0%
Exportações
US$ 250bi
Desemprego
6,5%



"Avaliação das apostas de 2014"

Em 2012 os países do ''primeiro mundo'' chegaram ao ''fundo do poço'', em 2013 as principais economias globais começaram a se recuperar e em 2014 os EUA, mostrando sua ''força'', saiu da crise e começou a crescer, porem o Brasil, preso a ideologias ultrapassadas e a políticas econômicas estúpidas, perdeu ainda mais credibilidade externa, agravada pelas denúncias de corrupção na Petrobrás, o que afugentou investimentos e causou a alta do dólar (12,7% no ano) e queda da bolsa (-2,9% no ano).

A desaceleração do ritmo de crescimento da economia da chinesa e a queda dos preços das commodities foram responsáveis por uma parcela substancial da baixa do Ibovespa, afetando a Vale (-36,5% no ano) e a Petrobrás (-37,5% no ano), que também sofreu com sérias denúncias de corrupção e foi novamente usada pelo governo para segurar a inflação e impulsionar o PIB.

O aumento das importações, causado pela baixa competitividade da indústria nacional, e o forte recuo das exportações, também reflexo da desaceleração da China e da crise financeira na Argentina, fizeram a balança comercial brasileira fechar o ano com o primeiro déficit desde 2000.

Por fim o desemprego fecha o ano ainda em baixos patamares, muito mais por conta da redução do número de pessoas que querem trabalhar, já que vivem de programas assistencialistas do governo, do que por conta do aumento do número de postos de trabalho.

Indicador
''aposta'' de 2014
Realizado em 2014*
Ibovespa
82.000pts
50.007pts
Dólar
R$ 2,30
R$ 2,66
Juros
9,50%
11,75%
PIB
3,0%
0,1%*
Inflação
5,5%
6,5%*
Exportações
US$ 250bi
US$ 222bi*
Desemprego
4,5%
4,8%*

(*) valores aproximados, já que falta a divulgação oficial.


PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho


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