R.B.
"Intoleravelmente moroso"
São Paulo, 9 de dezembro de 2014 (TERÇA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, acompanhando a leve recuperação do preço das commodities e tentando iniciar um movimento de "caça de barganhas" após já acumular perdas de –8,1% neste mês de DEZ/14, (2) o DÓLAR pode cair, acompanhando a esperada melhora do "humor" na bolsa brasileira e em um "ajuste técnico" após a forte alta registrada no pregão anterior.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –3,3%, com baixo volume de negócios (R$ 5,0bi) e pressionada principalmente pelo forte recuo das ações da Petrobrás (-6,2%), diante da queda do petróleo (-4,1%) e do anúncio de que foi aberta uma ação coletiva contra a empresa nos EUA e (2) o DÓLAR subiu 0,9% à R$ 2,61, acompanhando a piora do "humor" na Bovespa e refletindo a divulgação de dados negativos vindos da Ásia, para fechar o dia no maior patamar desde 15/ABR/05.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 0,1% e China 2,8%,ainda com destaques de alta para as ações das corretoras e também beneficiadas pela divulgação de dados positivos do mercado de trabalho dos EUA, (2) da EUROPA, fechando nas mínimas do dia, Inglaterra –1,0%, França –1,0% e Alemanha –0,7%, prejudicadas por preocupações sobre o desempenho econômico da zona do euro após o rebaixamento da "nota" da Itália pela agência de classificação de risco Standard & Poor's e (3) dos EUA, realizando lucros após o S&P fechar o pregão anterior no maior patamar da história pela 49ª vez neste ano, S&P –0,7%, DJ –0,6% e NASDAQ –0,8%, com destaques de queda para as ações das empresas do setor de energia, como Exxon Mobil (-2,3%) e Chevron (-3,7%), diante do recuo dos preços do petróleo para o menor patamar em 5 anos.
Prejudicando ainda mais o desempenho da economia brasileira, a presidenta Dilma, por conta de sua incompetência administrativa, deve começar o seu segundo mandato sem que o Orçamento da União tenha sido aprovado pelo Congresso, o que vai lhe impor sérias restrições para gastos.
Reagindo a elevação da Selic, de 11,25% para 11,75% ao ano, promovida pelo Copom na semana passada, o "mercado" reduziu, de 6,43% para 6,38%, suas projeções para o IPCA deste ano e diminuiu, de 0,77% para 0,73%, suas "apostas" para o desempenho do PIB brasileiro em 2015.
Mais pessimista, após iniciar o ano com perspectiva positiva para o setor, agora a Associação Brasileira da Indústria do Plástico estima que a produção de transformados plásticos do Brasil deve cair -2,7% em 2014, voltando assim para o patamar registrado em 2010, e avançar apenas 1% em 2015.
Apesar de mal tem conseguido repor a perda inflacionária, em NOV/14 a caderneta de poupança, que é simples de entender e isenta de Imposto de Renda, seguiu sendo o principal destino dos recursos da maioria dos brasileiros, já que segundo dados do BC foram depositados R$ 139,3bi na caderneta, contra R$ 136,7bi em saques, o que significou um saldo positivo de R$ 2,6bi no referido período.
Mostrando mais uma vez como é desafiador tem uma empresa no Brasil, segundo um levantamento feito pela Federação das Indústrias do RJ, entre 2010 e 2014 os gastos das industrias brasileiras com a folha de pagamentos, sem contar a inflação, subiram 11,9% e a produtividade por hora cresceu apenas 0,2%, com isso ficou 11,6% mais caro para a indústria produzir no Brasil, alta superior à registrada em outros 8 países selecionados como França (5,8%), Reino Unido (5,2%), EUA (1,2%), México (-6,3%) e Portugal (-14,8%).
- Como os brasileiros, sem a mínima noção de educação financeira, são mais preocupados em consumir do que em investir, apesar do péssimo desempenho da economia tupiniquim, atualmente 29,9% dos lares do país já tem TV paga.
- Após recuar –6,2% no pregão de ontem, o valor de mercado das ações da Petrobrás terminou o dia em R$ 144,2bi, sendo ultrapassado pelo Bradesco, que mesmo recuando –5,0% agora tem um valor de mercado de R$ 147,5bi.
- A Vale caiu –3,4%, diante da divulgação de dados piores do que o esperado da economia chinesa.
- A Eletrobrás subiu 1,0%, após a Agência Nacional de Energia Elétrica ter sinalizado possibilidade de reconhecer que os valores correspondentes às inadimplências de pagamentos das distribuidoras à companhia devem ser considerados no saldo da Conta de Comercialização de Energia Elétrica de Itaipu. PAZ, amor e bons negócios; Alfredo Sequeira Filho O "R.B." representa uma opinião, não uma indicação, é proibida sua reprodução, sem a devida autorização, e qualquer critica, dúvida ou sugestão, favor contatar: alfredo@relatoriobrasil.com Conheça e indique nosso Blog: www.relatoriobrasil.com Curta nossa página no Facebook: www.facebook.com/relatoriobrasil