R.B. 8/DEZ/14 ''Vai ser difícil a vida de Joaquim''


R.B.

"Vai ser difícil a vida de Joaquim"

 

São Paulo, 8 de dezembro de 2014 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve subir, tentando recuperar parte das perdas acumuladas na semana passada (-5,0%), beneficiada pela leve recuperação dos preços das commodities e (2) o DÓLAR pode cair, acompanhando a esperada melhora do ''humor'' na bolsa brasileira e ainda pressionado pelos leilões de venda do BC.

 

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 1,1%, recuperando perdas recentes e voltando a acumular alta no ano (0,9%), impulsionada pelo bom desempenho das ações dos bancos, como Itaú (1,9%) e Bradesco (2,2%), e seguindo o desempenho positivo das principais bolsas mundiais, porem com baixo volume de negócios (R$ 4,6bi) e (2) o DÓLAR caiu –0,1% à R$ 2,59, acompanhando a melhora do ''humor'' na Bovespa e influenciado pelos leilões de venda do BC.

 

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 0,2%, renovando, pela terceira vez seguida, seu maior nível em 7 anos, mais uma vez beneficiada por novas quedas nos preços do petróleo e por um iene (moela local) ainda mais enfraquecido em relação ao dólar e China 1,3%, com volume recorde de negócios e destaques de alta para as ações das corretoras, que pode se beneficiar do comércio ativo trazido pela plataforma de conexão Xangai-Hong Kong, (2) da EUROPA, Inglaterra 0,9%, França 2,2% e Alemanha 2,4%, beneficiadas pela divulgação de indicadores mostrando um bom desempenho da indústria alemã e pela expectativa de que o BC Europeu iniciará em breve um programa de relaxamento quantitativo e (3) dos EUA, em alta pela sétima semana seguida, S&P 0,2%, DJ 0,3% e NASDAQ 0,2%, desta vez estimuladas pela divulgação de dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho do país e com destaques de alta para as ações dos bancos.

 

Ainda no palanque, já que segue colocando a culpa nos outros e se aproximando de quem não deve, a presidenta Dilma afirmou que (1) a crise econômica internacional "afetou profundamente" o Brasil e (2) a integração dos países sul-americanos ganha importância em um cenário cada vez mais conturbado pelas incertezas de ordem política e econômica.

 

Por gastar muito além da conta, o que por sua vez é fruto da péssima educação financeira do brasileiro, segundo um estudo do SPC cerca de 48% dos consumidores tupiniquins vão parcelar suas compras de Natal, terminando de pagar a gastança apenas em MAI/15.

 

Mostrando que ''vai ser difícil a vida de Joaquim'' Levy, o novo ministro da Fazenda, uma semana após ele dizer que o governo precisa interromper os repasses para os bancos públicos, o Tesouro Nacional entregou mais R$ 30bi para o BNDES, que já deve para o país a incrível quantia de R$ 486bi.

 

Por conta da falta de qualificação e da ineficiência operacional do trabalhador brasileiro, a alta de quase 10% do dólar neste ano ainda não é suficiente para compensar o aumento do custo da mão de obra que ocorreu no Brasil na última década, o que vem estrangulando o setor produtivo, principalmente a indústria, e é apontado por economistas como um dos motivos para a perda da capacidade de competir dos fabricantes nacionais em relação aos estrangeiros.

 

-    ''Apostando no Brasil'', o Apollo Group, maior grupo de educação dos EUA, anunciou sua entrada no mercado brasileiro através da compra de 75% na participação da Sociedade Técnica Educacional Lapa, por um valor aproximado em R$ 73,8mi.

 

Pressionado por alimentos e gasolina, o IPCA, índice oficial de inflação, acelerou e fechou NOV/14 em 0,51%, acima do 0,42% de OUT/14, acumulando alta de 5,58% neste ano e de 6,56% nos últimos 12 meses, o que supera o teto da meta (6,5%) pelo quarto mês seguido.

 

Colocando dúvidas sobre a viabilidade economia de exploração do pré-sal, Palluat de Besset, diretor-geral da petrolífera francesa Total no Brasil, afirmou que se o preço do petróleo perdurar por 2 anos a US$ 70 o barril, ante os US$ 100 de 3 meses atrás, sua empresa terá de rever seus investimentos no Brasil.

 

Contrariando a Standard and Poor's, após o fechamento do pregão a agência de classificação de risco Fitch elevou a perspectiva das notas de crédito da Eletrobrás e de sua subsidiária Furnas de negativa para estável, citando o crescente apoio do governo federal como garantidor de emissões de dívidas pela companhia elétrica.

 

-    A Vale subiu 1,1%, após anunciar que (1) negocia com "um potencial investidor" seus ativos de mina e logística de carvão em Moçambique e (2) acredita na estabilização dos preços do minério no próximo ano.

-    A Eletrobrás caiu –4,6%, após a agência de classificação de risco Standard and Poor's ter rebaixado sua ''nota'' para a empresa, ressaltando seu resultado operacional ruim e sua ameaça de cortar dividendos.


Política:
 
Desdenhando da lei, algo que aliás é cada dia mais comum no governo Dilma, o petista Ricardo Berzoini, ministro das Relações Institucionais, usou dias úteis de OUT/14 exclusivamente para participar de atos da campanha petista ao invés de trabalhar como ministro.

 

-    Atingindo o maior patamar desde 1989, quando a pesquisa começou a ser feita, segundo o Datafolha atualmente 66% dos brasileiros acreditam que a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo.

-    Reunindo mais de 5.000 pessoas, um novo protesto contra o governo da presidenta Dilma foi feito no sábado na região da avenida Paulista, em SP.

-    Para se diferenciar de Alckmin, que na condição de governador de SP precisa manter boas relações com o governo Federal, e se manter como líder da oposição, Aécio decidiu que vai ''bater até sangrar'' no governo Dilma.

 

Mostrando que, se os padrões geográficos de voto não mudarem, o PSDB, principal partido de oposição, terá na demografia mais um adversário a superar, segundo uma pesquisa recente o eleitorado está crescendo mais em redutos petistas que em tucanos e as projeções de população até 2030 indicam que essa tendência se manterá nas próximas eleições presidenciais.


Crítica:
 
Mostrando que a insegurança é crescente no Brasil, segundo uma pesquisa recente 73% dos paulistas gostariam de ter um carro blindado e segundo dados oficiais do Exército Brasileiro, que é o órgão que regulamenta o setor, nos 11 primeiros meses deste ano o número de novos automóveis com proteção balística no país cresceu quase de 30% na comparação com o mesmo período de 2013.

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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