R.B. 14/NOV/14 "Exemplo de civilidade e de desenvolvimento"


R.B.

"Exemplo de civilidade e de desenvolvimento"

 

São Paulo, 14 de novembro de 2014 (SEXTA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em queda, podendo inclusive fechar o dia próxima dos 50.000pts, mesmo com o desempenho positivo das principais bolsas mundiais, diante da crescente tensão dos investidores, internos e externos, com o futuro da economia brasileira e (2) o DÓLAR pode seguir em alta, para fechar o dia acima dos R$ 2,60, também pressionado pela constante redução da credibilidade política e principalmente econômica do Brasil.

 

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –2,1%, na contra-mão das principais bolsas mundiais e revertendo uma abertura positiva, quando na máxima avançou 0,6%, com baixo volume de negócios (R$ 4,0bi) e diante de especulações de que Mercadante, que é totalmente submisso à Dilma e temido pelo "mercado", será o novo ministro da Fazenda e (2) o DÓLAR subiu 1,1% à R$ 2,59, revertendo uma abertura negativa, para fechar o dia no maior patamar desde 18/ABR/05, diante das incertezas quanto ao futuro da economia brasileira e da crescente falta de credibilidade do governo tupiniquim, que demora para anunciar o substituto de Mantega.

 

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 1,1% e China 0,1%, influenciadas positivamente pelas esperanças de mais compras de estrangeiros antes do lançamento da conexão entre as bolsas de Xangai e Hong Kong  e de mais políticas de estímulos para sustentar a economia, (2) da EUROPA, Inglaterra 0,4%, França 0,2% e Alemanha 0,4%, sustentadas pelo plano de corte de custos anunciado pela Ericsson (3,2%) e pelos resultados corporativos  melhores do que o estimado da KBC (6,4%) e (3) dos EUA, com o DJ atingindo o 25º recorde histórico do ano, S&P 0,1%, DJ 0,2% e NASDAQ 0,1%, beneficiadas pela divulgação de indicadores econômicos positivos, como o recuo dos pedidos de auxílio-desemprego, porem com baixo volume de negócios e destaques de queda para as empresas do setor de energia, diante do enfraquecimento dos preços do petróleo, que fechou no nível mais baixo desde 21/SET/10.

 

Fazendo um alerta para o governo brasileiro, que atualmente abusa das "maracutaias contábeis", ontem o FMI ressaltou que é essencial que o Brasil faça um ajuste em suas contas públicas, principalmente por conta dos grandes déficits e da inflação em alta, citando ainda a necessidade de investimentos em infraestrutura para reduzir os gargalos da oferta e sustentar o desenvolvimento econômico.

 

Com esperanças de assumir o Ministério da Fazenda, Mercadante, atualmente Ministro da Casa Civil, fez como sempre "o que manda sua chefa", a presidenta Dilma, e voltou a defender o "escabroso" projeto de lei que afrouxa as regras de economia para o pagamento da dívida pública, ressaltando inclusive que uma ação em sentido oposto levará o país à recessão e que não é prioridade do governo neste momento reduzir a dívida pública.

 

Segundo Roberto Azevêdo, diretor da Organização Mundial do Comércio, após o acordo alcançado entre EUA e Índia, existem "muitas probabilidades" de que o pacote aprovado em Bali no ano passado para facilitar o comércio possa ser implementado rapidamente.

 

-    Com o crescimento econômico e a geração de emprego como os principais temas e a mudança climática e a crise do ebola como assuntos secundários, começa hoje a reunião de cúpula do G20 na Austrália.

-    Cara, monopolista, ineficiente, tecnologicamente atrasada e extremamente burocrática, ontem a BM&FBovespa divulgou que teve lucro líquido de R$ 238,7mi no terceiro trimestre, o que representa uma queda de -15,3% ante mesmo período de 2013.

 

-    A Petrobrás caiu –3,6%, já que, 1 dia antes do prazo, a empresa anunciou não vai conseguir apresentar suas demonstrações financeiras trimestrais para seus quase 800mil acionistas, alegando a necessidade de aprofundar a investigação sobre denúncias de corrupção e fazer possíveis ajustes no documento.


Política:
 
Como precisa aprovar no Congresso sua "maracutaia contábil" para que Dilma não caia na lei de responsabilidade fiscal, o Palácio do Planalto está pressionando aliados com ameaças congelar a liberação da verba destinada por congressistas no Orçamento para obras em seus redutos eleitorais, as chamadas emendas parlamentares.
 
Querendo impor sua marca, diante dos desafios que tem para superar na economia e na política, a presidenta Dilma provavelmente fará a mais ambiciosa reforma ministerial de seu governo, pois pretende reduzir o espaço do PT na Esplanada e mudar cerca de 60% dos cargos de primeiro escalão.
 
Cientes de que vão disputar internamente a vaga de presidenciável do PSDB em 2018, Aécio e Alckmin lançarão mão de perfis e estratégias diferentes para tomar a dianteira na sigla, já que o tucano mineiro promete fazer a oposição mais aguerrida que o PT já enfrentou desde que chegou à Presidência enquanto que o tucano paulista, de perfil historicamente mais moderado, manterá uma relação respeitosa com Dilma, para não enfraquecer projetos de parceria entre a União e o Estado.
 
Atuando contra a liberdade de expressão, José Eduardo Cardoso, ministro da Justiça e cotado para o STF, determinou ontem que a Polícia Federal abra uma sindicância para investigar delegados que teriam atacado o PT e elogiado Aécio Neves durante a campanha presidencial deste ano.


Crítica:
 
Dando uma boa solução para a crise das sacolinhas, a Prefeitura de SP, a indústria plástica e o setor supermercadista fecharam um acordo para padronizar as embalagens que serão distribuídas nos supermercados da capital paulista e que terão dimensão e resistência adequadas para aguentar o peso das compras e também de resíduos secos.

 

"Exemplo de civilidade e de desenvolvimento", a Dinamarca é o único país, numa lista de 142, em que as mulheres ganham mais do que os homens, com uma renda média anual de US$ 43.316, enquanto a dos homens é de US$ 42.226, já no Brasil, que aparece na posição de número 69 da lista, a renda média anual dos homens é de US$ 18.402 e a das mulheres é de US$ 10.821.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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