R.B.
"Podendo animar um pouco a oposição"
São Paulo, 1 de outubro de 2014 (TERÇA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve subir, ampliando a valorização ainda acumulada no ano (5,1%) e tentando reduzir um pouco as perdas acumuladas no mês passado (11,7%), agora com os investidores começando a sonhar com a possibilidade de Aécio, que é ''muito mais querido pelo mercado'', ir para o segundo turno no lugar de Marina e (2) o DÓLAR pode cair, ainda em um ''ajuste técnico'' após as fortes altas recentes, acompanhando a esperada melhora do ''humor'' na Bovespa e também influenciado pelos leilões de venda do BC.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –0,9%, para fechar o mês de setembro registrado uma desvalorização de –11,7%, o que representa o pior desempenho mensal desde MAI/12, ainda prejudicada pelas pesquisas que mostram a recuperação da presidenta Dilma na sua campanha pela reeleição e (2) o DÓLAR caiu –0,3% à R$ 2,45, devolvendo uma parte da forte alta registrada no pregão anterior, desta vez aliviado pelos leilões de venda do BC, porem fechando o mês com uma valorização acumulada de 9,3%, o que representa a maior valorização mensal desde SET/11.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão % e China 0,3%, ainda com os investidores otimistas com as reformas na Bolsa de Xangai, mesmo diante dos protestos por mais democracia em Hong Kong, (2) da EUROPA, Inglaterra 0,3%, França 1,3% e Alemanha 0,5%, beneficiadas por dados fracos de inflação da zona do euro, que atingiu o menor patamar desde OUT/09 e que alimentaram as expectativas de que o BC Europeu lançará novas medidas de estímulos e (3) dos EUA, em um pregão marcado pela volatilidade, S&P –0,3%, DJ –0,2% e NASDAQ –0,3%, com os investidores reavaliando suas carteiras diante dos fracos indicadores divulgados, que indicam que a recuperação da economia norte-americana pode não estar acontecendo tão rápido como se esperava.
Piorando ainda mais o ''humor'' dos investidores, diante da falta de perspectivas com o futuro, sem SET/14 o Índice de Confiança da Indústria brasileira recuou –2,8% na comparação com AGO/14, o que representa a nona queda seguida deste indicador que agora atinge o menor patamar desde MAR/09.
Como fruto de um governo cuja equipe econômica é tecnicamente fraca e para piorar totalmente submissa às necessidades eleitoreiras da presidenta, em AGO/14 o Tesouro Nacional registrou seu quarto déficit mensal consecutivo, já que as despesas com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e programas sociais superaram as receitas em R$ 10,4bi, o que representa o pior resultado para o período desde o Plano Real.
Acumulando fortes baixas nos últimos pregões, exclusivamente por conta do crescimento das intenções de voto de Dilma, a Petrobrás, que durante o governo da atual presidenta do Brasil foi pessimamente gerida e usada politicamente para segurar a inflação, empregar ''companheiros'' e impulsionar o PIB, já perdeu –57,8% do seu valor de mercado desde 1/JAN/11.
Dando sequencia ao esvaziamento da bolha, em AGO/14 o volume de empréstimos nos país para a aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança somou R$ 9,2bi, o que representa uma queda de -12% ante JUN/14 e de –13% na comparação com AGO/13, além disto no mesmo período o número absoluto de imóveis financiados recuou -12,3% em relação a JUL/14 e -12,4% ante AGO/13.
Política:
''Podendo animar um pouco a oposição'', em 2010 o índice médio de abstenção das eleições presidenciais foi de 21,5%, chegando a superar os 30% nas regiões Norte e Nordeste e entre os eleitores cuja renda é mais baixa, que são exatamente os eleitores que mais votam em Dilma.
Caminhando para definir as eleições para o governo de SP no primeiro turno, candidato à reeleição, o governador Alckmin tem atualmente 49% das intenções de voto, já o peemedebista Paulo Skaf tem 23% e o petista Alexandre Padilha está com 10%.
Enquanto a eficiente equipe de marketing da presidenta Dilma faz demagogia na TV dizendo que seu governo é duro com os casos de corrupção, Paulo Costa, ex-diretor da Petrobras, aceitou devolver aos cofres públicos cerca de R$ 70mi, entre dinheiro e bens, por causa de sua participação em crimes ligados à estatal e segundo o acordo que fez de delação premiada.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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