R.B. 19/SET/14 "Baixos e hipócritas"


R.B.

"Baixos e hipócritas"

 

São Paulo, 19 de setembro de 2014 (SEXTA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve cair, com os investidores "frustrados" com a recuperação de Dilma nas pesquisas de intenção de votos, porem deve-se ressaltar que para quem "aposta" que a petista vai perder as eleições no segundo turno, esta pode ser uma boa oportunidade para compras e (2) o DÓLAR pode seguir em alta, com o "mercado" testando os limites do BC e também acompanhando esperada piora do "humor" na Bovespa e também a trajetória internacional da moeda norte-americana.

 

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu –1,2%, mesmo com o desempenho positivo das principais bolsas mundiais, já que foi pressionada pela queda das ações do chamado "pacote eleitoral" (de estatais, bancos e elétricas), diante dos "temores" de recuperação da presidenta Dilma nas pesquisas de intenção de voto e (2) o DÓLAR subiu 0,5% à R$ 2,36, em alta pelo terceiro dia consecutivo, desta vez acompanhando a piora do "humor" na Bovespa e também seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana.

 

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 1,1% e China 0,3%, acompanhando o desempenho positivo das bolsas dos EUA no dia anterior e com as exportadoras japonesas beneficiadas pela desvalorização da moeda do país (o iene) frente ao dólar, (2) da EUROPA, Inglaterra 0,6%, França 0,7% e Alemanha 1,4%, com os investidores fazendo uma leitura positiva do anúncio de política monetária do Fed ("BC" dos EUA) e se mostrando esperançosos de que a Escócia vai votar por sua permanência no Reino Unido e (3) dos EUA, batendo novos recordes históricos de alta, S&P 0,5%, DJ 0,6% e NASDAQ 0,7%, após o Fed manter a mensagem de que os juros do país permanecerá perto de zero durante um "período considerável", mesmo após extinto o programa de ''quantitative easing'', ressaltando também a recuperação ainda insuficiente do mercado de trabalho e com o fato de a inflação está abaixo da meta de 2%.

 

Dando mais uma amostra de sua "enorme incapacidade" técnica, ontem Mantega, o demissionário ministro brasileiro da Fazenda, afirmou que a decisão do Fed ("BC" dos EUA) de manter inalterada a taxa de juros da maior economia do mundo não interfere em nada na economia tupiniquim e também no cenário mundial.

 

Vivendo em um "mundo de fantasias", ontem a presidenta Dilma Rousseff minimizou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, que indicaram que mostram que a taxa de desemprego no Brasil aumentou com o baixo crescimento dos postos de trabalho.

 

Provando mais uma vez a irresponsabilidade do atual governo com as contas publicas, apesar de ser recém-ampliado pela presidenta e candidata Dilma, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida acumula desde 2009, quando foi criado, R$ 10bi de contas em atraso que ficarão para o próximo governo, o que equivale a 5 meses de Bolsa Família.

 

Como resultado da politização dos fundos de pensão de estatais, que atualmente são comandados por "companheiros" que desconhecem até as 4 operações matemáticas básicas, o fundo de pensão Postalis, dos funcionários dos Correios, perdeu mais R$ -105mi com o calote dos títulos da dívida Argentina.

 

Segundo o norte-americano James Gulbrandsen, gestor da NCH Capital Brasil, independente de quem vencer as eleições, a bolsa de valores brasileira será a mais desejada do mundo a partir de 2015, já que segundo ele o investidor que está alocando o dinheiro mais em renda fixa do que em ações está perdendo o jogo e a oportunidade de longo prazo.

 

Superando o montante auferido no IPO do Facebook (US$ 16bi) e entrando na bolsa dos EUA com um valor de mercado bem superior ao de grandes empresas como a Petrobrás (cerca de US$ 100bi), a Alibaba, gigante do comércio eletrônico chinesa, levantou US$ 21,8bi com sua oferta publica e entrará na Bolsa NYSE com preço por ação de US$ 68, o que coloca o valor de mercado da empresa em US$ 167,6bi.

 

Otimista com o futuro de "sua" empresa, apesar das inúmeras denúncias de corrupção, ontem Graças Foster, presidente da Petrobrás, afirmou que a referida estatal está dando "uma guinada" na produção de petróleo, que segundo ela este ano crescerá 7,5% em relação a 2013.


Política:
 
Como fruto dos ataques "baixos e hipócritas" contra a candidata do PSB, do enorme tempo de TV que tem a candidata do PT e principalmente do criminoso uso da maquina publica para ajudar na reeleição da presidenta, segundo a última pesquisa divulgada Dilma subiu de 36% para 37%, Marina caiu de 33% para 30% e Aécio subiu de 15% para 17%.

 

Falando a verdade, mas ao mesmo tempo dando munição para a campanha de Dilma, o economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas que colabora com a campanha do tucano Aécio, afirmou que o candidato tucano à Presidência pode discutir o fim do fator previdenciário, que seria substituído por outro mecanismo que garanta o equilíbrio das contas da Previdência Social.

 

Assim como ocorreu há 4 anos, as doações de pessoas físicas via internet aos principais candidatos à Presidência tendem a ser pífias nessas eleições, já que Aécio não aderiu ao modelo e até agora Marina e Dilma conseguiram arrecadar por esse meio cerca de R$ 400 mil, o que representa menos de 0,3% de tudo o que as duas campanhas declararam ter recebido de doações até o final de AGO/14.

 

Mais uma vez atingindo o núcleo do poder de Dilma com denuncias de corrupção, ontem o Ministério Público Federal de Brasília acusou na Justiça o presidente do Senado, Renan Calheiros, de ter recebido propina da construtora Mendes Junior pela elaboração de emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira.


Crítica:
 
Colocando em prática, à passos largos, a cartilha bolivariana, ontem o Congresso argentino, dominado por parlamentares governistas, aprovou uma lei que dá ao Executivo poderes para interferir nas decisões de produção das empresas, como determinar um piso e um teto para preços produtos, ordenar que se siga produzindo um produto mesmo que esse dê prejuízo e estabelecer multas caso os negócios estoquem seus bens para esperar o momento oportuno para vender.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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