R.B. 18/AGO/14 "O principal vetor "


R.B.

"O principal vetor"

 

São Paulo, 18 de agosto de 2014 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve subir, acompanhando o desempenho positivo das principais bolsas mundiais e com o "mercado comemorando" o aumento substancial das chances de derrota de Dilma nas eleições presidenciais e (2) o DÓLAR pode seguir em queda, ampliando a baixa acumulada na semana passada (-1,2%) e rompendo o agora suporte dos R$ 2,27, pressionado pelos leilões de venda do BC.

 

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 2,1%, alheia a instabilidade apresentada pelas principais bolsas mundiais, com bom volume de negócios (R$ 6,9bi) e impulsionada principalmente pelo bom desempenho das ações da Petrobrás (7,8%), diante da consolidação das ''apostas'' de que com a entrada de Marina Silva na disputa haverá segundo turno nas eleições presidenciais brasileiras e (2) o DÓLAR caiu –0,1% à R$ 2,27, dividido entre a melhora do humor na bolsa brasileira e a valorização internacional da moeda norte-americana.

 

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 0,5% e China 0,9%, com destaques de alta para as ações do setor de telecomunicações, diante da redução das tensões geopolíticas, (2) da EUROPA, Inglaterra –0,1%, França –0,7% e Alemanha –1,5%, devolvendo os ganhos da abertura, após notícias de um ataque ucraniano contra um comboio russo, com destaques de queda para as empresas dependentes da energia russa e (3) dos EUA, sem uma direção única S&P –0,1%, DJ –0,3% e NASDAQ 0,3%, divididas entre a nova intensificação das tensões na Ucrânia e o anuncio da dados econômicos positivos, como os de manufatura que subiram amplamente em JUL/14 e a produção de automóveis teve sua maior alta em 5 anos.

 

Apesar de ela ser uma incógnita em alguns pontos, o ''mercado'', que obviamente prefere Aécio, acredita que Marina Silva tem uma equipe econômica gabaritada, formada por nomes como Eduardo Gianetti da Fonseca, Eliane Cardoso e André Lara Resende, e que a candidata do SPB defende pontos importantes como o "tripé econômico", o rígido controle dos gastos públicos e a independência do BC.

 

Hoje a BM&FBovespa estreia a sua câmara unificada de compensação de operações, em projeto desde a fusão em 2008 da Bovespa com a BM&F e que já consumiu investimentos de R$ 1,5bi, o que permitirá aos investidores, por exemplo, utilizarem os mesmos depósitos deixados como garantia na Bolsa para transações de diferentes ativos como ações, dólar, commodities, títulos e contratos de derivativos, causando, já na primeira fase, a liberação de perto de R$ 20bi depositados na Bolsa como "garantias em excesso" para essas operações.

 

Após aconselhar o Brasil a adotar uma política ativa para evitar o aprofundamento da sua desindustrialização, o economista indiano Deepak Nayyar, que é professor emérito da Universidade Jawaharlal Nehru, afirmou que a  criação do banco de desenvolvimento dos Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é um sinal da mudança no equilíbrio de poder na economia mundial, porem ressaltou que é preciso moderar o entusiasmo e amortecer o ceticismo em relação à novidade.

 

Apesar dos números dizerem o contrário, o governo Dilma não admite que a economia possa ter registrado uma recessão técnica no primeiro semestre de 2014 e porem Mantega, ministro da fazenda, já joga parte da responsabilidade pelo desempenho pífio do PIB brasileiro sobre a Copa do Mundo.

 

Cansados de "conversa fiada", os economistas brasileiros afirmam que a declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que é possível trazer a inflação, hoje em 6,5% ao ano, gradualmente para 4,5% em 2018 não contribui para a recuperação da credibilidade do governo.

 

A T4U Tower Management, empresa que aluga antenas de telefonia móvel para as principais operadoras de telecomunicações do país, pediu na sexta-feira passada o registro de companhia aberta e pode estrear na Bovespa nos próximos meses.

 

-   A MRV subiu 7,1%, após divulgar um lucro acima do esperado no segundo trimestre e informar que espera redução nos níveis de cancelamentos de contratos de vendas de imóveis nos próximos meses.

-    A BRF caiu -1,7%, após anunciar que seu presidente Claudio Galeazzi manifestou interesse em antecipar o início de seu processo de sucessão e permanecerá no cargo somente até 31/DEZ/14.


Política:

 

Conforme já era esperado, na primeira pesquisa após a morte de Eduardo Campos, a presidenta Dilma, que foi vaiada durante o velório do ex-governador de Pernambuco, caiu de 38% para 36%, Marina Silva, que assume a vaga do PSB, já entra com 21% das intenções de voto e Aécio Neves, que não consegue repetir o desempenho dos tucanos Serra e Alckmin nas eleições passadas, manteve os 20% da pesquisa anterior.

 

"O principal vetor" que deve aumentar as intenções de voto em Marina ainda no primeiro turno é o fato de que já na primeira pesquisa divulgada ontem, antes mesmo da oficialização de sua candidatura, a candidata do PSB aparece à frente de Dilma nas simulações de segundo turno, batendo a petista por folgados 47% a 43%.

 

Com potencial para prejudicar ainda mais a campanha da Dilma, a divulgação de dados negativos sobre a atividade econômica pelo BC, que apontou queda de –1,2% no IBC-Br no segundo trimestre deste ano, contribuiu para aumentar as apostas de que a economia brasileira está encolhendo.

 

Quando Collor assumiu, em 1990, o Brasil tinha 12 ministros, já em 1992, pouco antes do seu impeachment, já eram 14 ministros, quando Itamar assumiu o número de ministérios dobou e subiu para 28, porem foi reduzido para 24 durante o primeiro governo FHC, de 1994 até 1998, e elevado para 26 durante o segundo mandato do tucano, de 1998 até 2002, já no primeiro mandato de Lula o número de ministros disparou para 34, atingindo 37 no final do seu segundo mandato e agora, com Dilma, já são 39 ministros.


Crítica:

 

Representando um enorme engodo aos consumidores, que só acontece por conta da péssima educação financeira dos brasileiros, o cartão pré-pago, destinado aos consumidores da baixa renda que não têm acesso a uma conta corrente, sobrevive e cresce no Brasil cobrando taxas de deposito, de emissão, de transferência, de saque e de movimentação.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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