R.B. 11/ABR/14 ''Finalmente defendendo e assumindo seu legado''


R.B.

"Finalmente defendendo e assumindo seu legado"

 

São Paulo, 11 de abril de 2014 (SEXTA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em queda, acompanhando o movimento descendente das demais bolsas mundiais, porem ainda tentando se manter acima dos 51.000pts, diante das ‘’apostas’’ de que Dilma deve seguir em queda nas pesquisas e (2) o DÓLAR pode subir, acompanhando a esperada piora do ‘’humor’’ na Bovespa e também em um ‘’ajuste técnico’’ após fechar o pregão anterior no menor patamar desde 30/OUT/13.

 

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu -0,1%, revertendo uma abertura positiva, para fechar em território negativo pelo terceiro pregão consecutivo, desta vez diante da divulgação de dados negativos da economia da China e também seguindo as perdas das bolsas de NY, e (2) o DÓLAR caiu -1,1% à R$ 2,19, atingindo o menor patamar desde 30/OUT/13, diante dos sinais de que a taxa básica de juros deve seguir subindo no Brasil.

 

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 0,1% e China 1,4%, recuperando perdas recentes, mesmo diante da divulgação de que as importações chinesas recuaram -11,3% em MAR/14 na comparação com MAR/13, (2) da EUROPA, Inglaterra -0,1%, França -0,7% e Alemanha -0,5%, prejudicadas pela frustração com dados da produção industrial na Itália e na França e seguindo as perdas das bolsas de NY e (3) dos EUA, S&P -2,1%, DJ -1,6% e NASDAQ -3,1%, com destaque de queda para as ações de biotecnologia, diante do aumento das preocupações em relação ao valor de mercado de empresas do setor, que tem apresentado resultados corporativos ruins.

 

Na ata da sua reunião da semana passada, na qual elevou a Selic em 0,25%, para 11,00% ao ano, o Copom, ao mesmo tempo em que elevou suas projeções para a inflação neste e no próximo ano, defendeu que a política monetária brasileira deve permanecer ‘’vigilante’’.

 

O BC retirou a palavra "especialmente" que vinha sendo usada até então, e entende que uma fatia importante dos efeitos do atual ciclo de aperto monetário na inflação "ainda está por se materializar".

 

Ressaltando que o crescimento baixo da economia brasileira é um desafio, mas argumentando que houve avanços recentes, com a política cambial mais flexível e a taxa básica de juros subindo para controlar a inflação, Rafael Guedes, diretor da agência de classificação de risco Fitch no Brasil, afirmou que a ‘’nota’’ do país não deve ser alterada neste momento e que espera que o próximo governo brasileiro realize ajustes que melhorem o desempenho fiscal e a confiança dos investidores.

 

Acompanhando a alta da Selic, que avançou de 7,25% em MAR/13 para 11,00% ao ano em ABR/14, neste mês a taxa média de juros ao consumidor subiu pela décima vez consecutiva, atingindo estratosféricos 5,86% ao mês, o que representa o maior patamar desde AGO/12 e ajudou a causar, segundo dados do Serasa, um aumento de 4,2% na inadimplência do consumidor em MAR/14 na comparação com FEV/14.

 

Após a divulgação de resultados decepcionantes da balança comercial do país, que registrou recuo maior que o esperado nas exportações e nas importações, Li Keqiang, o primeiro-ministro chinês, afirmou que, pela primeira vez em mais de uma década, em 2014 o crescimento da segunda maior economia do mundo pode ficar abaixo da meta oficial do governo (7,5%) e ressaltou que não serão tomadas medidas ditadas pelo pânico para estimular a atividade no curto prazo.

 

Beneficiada pela falta de água nos reservatórios das hidroelétricas, que por sua vez estimulou o uso das termoelétricas, em MAR/14 a Petrobras registrou um recorde mensal de entrega de gás ao mercado brasileiro, atingindo média diária de 95,5 milhões de metros cúbicos por dia.

 

Confirmando, pela ‘’enésima vez’’, qual é a real vocação do Brasil, apesar de ter uma área cultivada -14,2% menor que na safra passada, diante dos avanços tecnológicos, a produção tupiniquim de trigo na safra que começa a ser semeada neste mês tem potencial para ser a maior de todos os tempos, com um volume perto de 7 milhões de toneladas, o que deve reduzir a pressão inflacionária dos alimentos.

 

Indicando que ‘’as portas estão abertas’’ para as captações externas das empresas tupiniquins, ontem o grupo de siderurgia Gerdau informou que lançou títulos de dívida no mercado internacional, numa emissão de US$ 500mi em bônus com vencimento em 30 anos e cupom de 7,25% ao ano.

 

Podendo ao mesmo tempo ajudar aliviar o caixa da Petrobrás e também reduzir as crescentes pressões inflacionárias, o governo Dilma anunciou ontem que está em estudo um novo aumento do percentual de álcool que é adicionado na gasolina, dos atuais 25% para cerca de 27,5%.


Política:

 

Com o PSDB ‘’finalmente defendendo e assumindo seu legado’’, FHC vai protagonizar uma inserção de TV do partido que vai ao ar a partir de amanhã, no qual o ex-presidente, fazendo referência aos protestos de JUN/13, pregará uma renovação na política e dirá que é hora de dar “lugar à nova geração”, e que, por isso, os tucanos escolheram Aécio Neves para presidir o partido.

 

Diante do ‘’naufrágio’’ da indicação do senador Gim Argello, do PTB do DF, para o Tribunal de Contas da União, o PMDB reagiu e decidiu indicar para ministro da referida Corte o advogado Bruno Dantas, ligado a Renan Calheiros, presidente do Senado, e ao também senador José Sarney.

 

Mostrando mais uma vez que ‘’mensalão não é uma invenção petista’’, o Ministério Público do Distrito Federal ajuizou nesta semana denúncias contra 35 envolvidos no escândalo que ficou conhecido como "mensalão do DEM", dentre eles o ex-governador José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octávio.

 

Em uma reação muito mais profissional que a dos petistas, o que mostra que o part5ido sabe ser vidraça, o PSDB ‘’deu de ombros’’ diante do indiciamento por lavagem de dinheiro de seu candidato ao governo de MG, Pimenta da Veiga, que aliás foi ministro das comunicações de FHC.


Crítica:

 

Mais uma vez ‘’colocando suas manguinhas de fora’’, ontem Putin, o ditador da Rússia, ameaçou, em uma carta enviada aos líderes europeus, cortar o fornecimento de gás de seu país à Europa, já que a Ucrânia te atrasado os pagamentos à Gazprom, estatal russa que fornece gás para o país.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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