R.B. 14/ABR/14 "Está na hora do PT voltar a ser a pedra"


R.B.

"Está na hora do PT voltar a ser a pedra"

 

São Paulo, 14 de abril de 2014 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve cair, acompanhando o ‘’humor negativo’’ nas demais bolsas mundiais e realizando lucros após 4 semanas consecutivas de alta, porem é importante ressaltar que, para quem acredita em novos recuos nas intenções de voto em Dilma, o patamar é interessante para compras e (2) o DÓLAR pode cair, seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana e também influenciado pelos leilões de venda do BC, que acredita que atuando assim reduz a pressão inflacionária.

 

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 1,5%, revertendo uma abertura negativa, quando chegou a recuar -1,0%, mesmo as perdas das bolsas dos EUA, impulsionada pelo bom desempenho das ações da Petrobrás (2,6%), diante do anuncio de que o governo estuda aumentar o percentual de álcool na gasolina e (2) o DÓLAR subiu 0,9% à R$ 2,21, reduzindo as perdas acumuladas na semana (-1,1%) e seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana.

 

Também na sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão -2,5% e China -0,2%, com a bolsa de Tóquio recuando ao nível mais baixo do ano, pressionada principalmente pelas exportadoras, diante da valorização da moeda loca (o iene) frente ao dólar, e a bolsa de Xangai prejudicada pela alta acima do esperado do índice de preços ao consumidor, (2) da EUROPA, Inglaterra -1,4%, França -1,1% e Alemanha -1,5%, consolidando as perdas semanais, com os investidores analisando o cenário global e especulando se os ganhos com ações superaram as previsões dos balanços fiscais das empresas e (3) dos EUA, S&P -0,9%, DJ -0,9% e NASDAQ -1,3%, com a bolsa de tecnologia caindo abaixo de 4.000pts pela primeira vez desde o começo de FEV/14 e também com destaque negativo para as ações do JPMorgan (-2,6%), que apresentou resultados abaixo do esperado.

 

Entre 1990 e 2013, na média, a poupança dos países emergentes e em desenvolvimento saltou 10 pontos percentuais, de 23% para 33% do PIB, porem no Brasil, como o governo do PT incentiva o consumo irresponsável, esta tendência contrasta com o encolhimento da economia feita por famílias, governo e empresas tupiniquins, onde no mesmo período a taxa de poupança encolheu de 19,4% para 13,9% do PIB.

 

Promovendo mais uma ‘’mudança nas regras do jogo’’, desta vez com a ‘’desculpa’’ de tentar diversificar a matriz energética do país e aumentar a competição no setor, o governo Dilma decidiu que agora, no lugar de estabelecer nos leilões de energia apenas o preço-teto a ser pago pela eletricidade e escolher como vencedora a usina que se comprometer a cobrar a menor tarifa, vai começar a estimular essas disputas por tipos de fonte, ou seja, por modelo de usina.

 

Mais numa vez criticando o país, neste final de semana o "New York Times" destacou as megalomaníacas obras brasileiras, como o trem-bala ligando RJ à SP, a transposição do rio São Francisco e a Transnordestina que, agora que o país passa por uma ressaca pós-boom, expõem os líderes da nação à crítica fulminante, evidenciando gastos desnecessários e a sua incompetência, já que, ao mesmo tempo, serviços básicos são deixados de lado.

 

Contrariando as expectativas iniciais, segundo um estudo do SPC Brasil, 63% dos pequenos empresários brasileiros afirmam que não pretendem adotar medidas como aumentar estoque, contratar funcionários ou decorar o estabelecimento com as cores do Brasil por conta da Copa do Mundo de Futebol.

 

-           De acordo com uma enquete global realizada com 4.320 compradores de fundos, a inflação é a maior preocupação para investidores, especialmente do Brasil, com 60%, e da China, com 58%.

-           Desqualificando o discurso de Dilma, que ‘’garante’’ que a disparada dos preços dos alimentos deste início de ano é pontual, esse fenômeno já dura ao menos 5 anos, já que desde 2010 os alimentos sobem em média 9% ao ano no Brasil.

 

-    As ações da BM&FBovespa subiram 0,1%, porem após o fechamento do pregão a agência de classificação de risco Moody's rebaixou sua ‘’nota’’ para a empresa citando sua elevada exposição aos títulos do governo brasileiro.


Política:

 

Ainda que haja um desejo pelo retorno de Lula dentro da bancada petista, muito mais por conta da forma pouco ‘’amistosa’’ com que a presidenta Dilma trata seus ‘’companheiros’’, poucos acreditam que o partido, hoje, mudaria os rumos da campanha presidencial e apenas 13% dos deputados defendem abertamente que PT troque seu candidato à presidente.

 

Ao formalizar que Marina Silva será candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos, hoje o PSB dará início a um esforço para tentar acelerar a transferência de votos da ex-senadora, que segundo as pesquisas mais recentes chega a até 29%,  para o ex-governador de Pernambuco, que atualmente tem cerca de 10% das intenções de voto.

 

O diretório regional do PT no Distrito Federal estuda a possibilidade de ceder a vaga ao Senado para legendas aliadas e, em troca, quer garantir o tempo de televisão como compensação pela debandada de PSB e PDT da base aliada ao governador petista Agnelo Queiroz, quem obviamente tentará a reeleição.

 

Além dos protestos daqueles que discordam dos gastos excessivos para sua realização, a Copa do Mundo de Futebol já estimulou ao menos 16 categorias de trabalhadores a fazerem greves e paralizações pedindo aumento de salário e de benefícios, o que certamente causará transtornos durante o evento e ainda mais pressão inflacionária.


Crítica:

 

Além da rejeição ao nome de Dilma, o que indica que a presidenta vai perder as próximas eleições é que cresce como uma onda entre os eleitores, até alguns petistas "famosos" como Jose de Abreu, o sentimento que "está na hora do PT voltar a ser a pedra", deixando o poder após 12 anos para novamente "apenas" fiscalizar e criticar, algo que aliás fazia bem melhor que a oposição atual.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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