R.B. 20/MAR/14 ‘’Enorme falta de credibilidade e da total falta de qualidade gerencial’’


R.B.

"Enorme falta de credibilidade e da total falta de qualidade gerencial"

 

São Paulo, 20 de março de 2014 (QUINTA-FEIRA).


Mercados e Economia:

 

Hoje (1) a BOVESPA deve cair, retomando sua tendência de baixa após 2 dias seguidos de alta e diante dos ''temores'' de aumento dos juros nos EUA e (2) o DÓLAR pode subir, acompanhando a esperada piora do ''humor'' na Bovespa e também a trajetória internacional da moeda norte-americana.

 

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 0,9%, ainda em um movimento de ''caça de barganhas'', com destaque de alta para as ações da Petrobrás (2,8%) e desta vez mesmo com a queda das bolsas de NY e (2) o DÓLAR caiu –0,6% à R$ 2,34, acompanhando o ''humor'' positivo na Bovespa e influenciado pelos leilões de venda do BC.

 

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, sem uma tendência única, Japão 0,3% e China –0,2%, diante do aumento de 9,8% das exportações japonesas e das incertezas para o setor imobiliário chinês, (2) da EUROPA, Inglaterra –0,5%, França –0,2% e Alemanha –0,1%, com as seguradoras britânicas pressionadas pelos planos do governo de descartar a exigência de que recursos de fundos de pensão sejam usados para comprar seguros e as mineradoras acompanhando o recuo do preço do cobre, que atingiu a mínima em 3,5 anos e (3) dos EUA, S&P –0,6%, DJ –0,7% e NASDAQ –0,6%, realizando lucros recentes depois da decisão de política monetária do Fed (''BC'' local) alimentar expectativas de que as taxas de juros do país comecem a ser elevadas mais cedo do que o esperado.

 

Revelando uma posição mais agressiva na direção de elevar as taxas de juros do que alguns investidores previam, segundo Janet Yellen, presidente do Fed (''BC'' dos EUA), a autoridade monetária norte-americana deve provavelmente encerrar seu programa de compra de ativos no máximo até DEZ/14 e pode iniciar a elevação das taxas de juros cerca de seis 6 depois.

 

Ameaçado de rebaixamento da ''nota'' do Brasil pelas agencias internacionais de classificação de risco e ainda em busca de credibilidade para as metas fiscais deste ano eleitoral, o governo Dilma terá de anunciar nos próximos dias que as contas federais fecharam o primeiro bimestre com resultados em declínio, já que segundo os preliminares da execução orçamentária apontam que, no referido período, a poupança para o abatimento da dívida pública ficou bem abaixo da meta e também dos R$ 18,9bi contabilizados no mesmo período de 2013.

 

Principalmente por conta da ''enorme falta de credibilidade e da total falta de qualidade gerencial'' do governo Dilma, segundo uma pesquisa feita pelo Insper em parceria com o Santander, a intenção de pequenos e médios empresários brasileiros de realizar novos investimentos despencou para o patamar mais baixo em quase 5 anos, quando o país sofria os efeitos da crise global.


Política:

 

Em um encontro privado com empresários, Lula comparou Eduardo Campos à Fernando Collor de Mello e, em resposta a este fator o referido governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência pelo PSB afirmou que toda vez que o país pede mudanças, alguns políticos tentam colocar o medo no coração do povo e, parafraseando um slogan petista, ressaltou que como aconteceu em 2002, a esperança vai vencer o medo.

 

Diante dos fortes indícios de que a Petrobras foi incompetente e teve um enorme prejuízo na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, a oposição já começou a defender a instalação de uma CPI na Câmara dos Deputados para investigar a estatal, inclusive com o apoio, ainda discreto, de uma ala do PMDB, que inclusive já criticou publicamente a justificativa apresentada pela presidenta Dilma de que foi induzida ao erro.

 

Finalmente fazendo seu papel de oposição, Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente do Brasil, subiu na tribuna do Senado para cobrar explicações de Dilma sobre o aval que ela deu para a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, ressaltando que, sendo uma técnica da área de minas e energia, a presidenta não pode alegar que não tinha informações antes de avalizar o negócio.

 

''Seduzido e encantado pelo poder'', do qual está afastado fazem anos, Ciro Gomes, ex-ministro de Lula e recentemente filiado ao PROS, foi convidado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para integrar a coordenação da campanha de reeleição da presidenta Dilma.

 

Pressionada pela presidenta Dilma e também por empresários da região Norte do Brasil, ontem a Câmara dos Deputados avançou na votação da Proposta de Emenda à Constituição que prorroga os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus até 2073.


Crítica:

 

Contrariando a versão da presidenta do Brasil, que mais uma vez não quer assumir seus erros, segundo executivos da Petrobrás Dilma e todos os demais membros do Conselho de Administração da referida empresa tinham à sua disposição o processo completo da proposta de compra da refinaria em Pasadena, nos EUA, inclusive as cláusulas do contrato que a petista diz que não conhecia.

 

Supostamente como ''pagamento'' pelos serviços prestados pelo seu pai, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, ao governo, ontem Dilma nomeou a jovem advogada Letícia Mello, de apenas 37 anos, para o cargo de desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que abrange o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.


PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho

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