R.B. 25/FEV/14 ''Baderneiros, vagabundos e anarquistas’’


R.B.

"Baderneiros, vagabundos e anarquistas"

 

São Paulo, 25 de fevereiro de 2014 (TERÇA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA deve subir, para fechar em território positivo pelo quinto pregão consecutivo e assim provavelmente recuperar as perdas ainda acumuladas em FEV/14 (-0,5%), acompanhando a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais e também influenciada pelas ''apostas'' de que a taxa básica de juros subirá ''apenas'' 0,25% na reunião do Copom que começa hoje e termina amanhã.

-    O DÓLAR pode voltar a cair, para fechar em território negativo pelo quinto pregão consecutivo, influenciado pelas ''apostas'' de mais uma elevação da Selic na reunião do Copom desta semana, o que tornará a taxa real de juros da economia brasileira ainda mais atraente para ''investimentos'' externos.

 

ONTEM

-    BOVESPA 0,1%, abriu ''de lado'' e, com boa volatilidade (máxima de 0,3% e mínima de –0,8%) e baixo volume de negócios (R$ 5,2bi), fechou próxima da estabilidade dividida entre o bom desempenho das ações da Petrobrás (2,5%) e o recuo das ações da Vale (-2,8%).

-    DÓLAR –0,5% à R$ 2,34, já abriu em queda e, alheio à instabilidade na Bovespa, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana, também influenciado por comentários de Tombini, presidente do BC brasileiro, destacando a melhora do fluxo de recursos para o País.

-    Na ÁSIA, realizando lucros recentes, JAPÃO –0,2%, prejudicada pela desvalorização do dólar frente a moeda local (o iene) e com destaques de queda para as ações das seguradoras, refletindo as preocupações de que o inverno rigoroso do país possa determinar cortes nas suas previsões de lucros e CHINA –1,7%, diante da cautela dos investidores em relação à informação de que o governo do país vai impor controles sobre o setor imobiliário.

-    Na EUROPA, recuperando as perdas da abertura, INGLATERRA 0,4%, FRANÇA 0,9% e ALEMANHA 0,5%, acompanhando o movimento ascendente das bolsas de NY e também impulsionadas pelo anúncio de melhora na confiança das empresas da Alemanha.

-    Nos EUA, com o S&P chegando ao fim do dia muito próximo do maior patamar da sua história, S&P 0,6%, DJ 0,7% e NASDAQ 0,7%, desta vez com destaques de alta para as ações de empresas do setor de saúde, em reação a previsões de que os cortes de gastos públicos no setor serão menores do que se esperava.


Economia:

 

Mostrando ''simpatia e boa vontade'', em uma clara tentativa mais direta de se aproximar do mercado financeiro, o ministro da Fazenda Mantega se reuniu ontem com mais de uma dezena de economistas de grandes bancos, corretoras e gestoras de investimentos em seu gabinete em SP e, por mais incrível que isto possa parecer, buscou mais ouvir opiniões do que falar.

 

Finalmente colocando os interesses do Brasil na frente de suas ''amizades'', ontem a presidenta Dilma admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de acordo de livre-comércio do Mercosul com a União Europeia sem a participação direta da Argentina, que vive uma grave crise econômica.

 

Indicando que é crescente o pessimismo no Brasil, (1) em FEV/14 o índice que mede a confiança do consumidor brasileiro recuou –1,7% na comparação com JAN/14 e –7,7% na comparação com FEV/13 e assim atingiu o menor nível desde MAI/09 e (2) da semana passada para esta semana o ''mercado'' reduziu, de 1,79% para 1,67%, suas ''apostas'' para o crescimento do PIB brasileiro este ano e elevou, de 5,93% para 6,00%, suas projeções para o IPCA deste ano.

 

-    Podendo ajudar no controle da inflação, segundo a Anatel as tarifas das ligações locais e interurbanas de telefone fixo para celular vão cair, em média, -13% a partir de MAR/14.

-    Após mais um resultado semanal negativo, o déficit da balança comercial brasileira saltou para US$ -6,7bi em 2014, o que representa uma alta de 46% ante os US$ -4,6bi do mesmo período de 2013.

 

-    A Petrobras subiu 2,5%, diante de perspectivas positivas para seu balanço, que será divulgado hoje após o fechamento do pregão, e de novos ''rumores'' de elevação dos preços dos combustíveis.

-    A Vale caiu –2,8%, impactada negativamente pela fraca performance das commodities metálicas no mercado internacional e principalmente pela proximidade do balanço, que será divulgado amanha após o fechamento do pregão.
-    A Gerdau subiu 2,9%, com o ''mercado'' avaliando que o papel é um dos melhores investimentos entre as siderúrgicas brasileiras, após ter sua ''nota'' elevada pelo BofA Merrill Lynch.
-    A Kroton subiu 5,1% e a Anhanguera caiu –3,8%, diante de dúvidas sobre a fusão entre os dois grupos de ensino.
-    A Even subiu 3,1%, em reação positiva a notícia de que a companhia lucrou R$ 282,8mi em 2013.

Política:

 

Além de abrir um debate sobre a sucessão no PTB, a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, que comandava o referido partido, ajuda a aproximar ainda mais a legenda do partido do Palácio do Planalto, algo improvável de se prever nos primeiros anos subsequentes ao escândalo.

 

Após se reunirem nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, com o presidente em exercício, o peemedebista Michel Temer, líderes da base aliada anunciaram a criação de um bloco "informal" na Câmara dos Deputados, formado por PMDB, PROS, PP e até alguns petistas, com o objetivo de aumentar o poder de negociação com o governo federal.

 

Analisando casos como a suspeita contratação da empresa de consultoria do ministro Arthur Chioro, o oportunista pronunciamento em rede nacional do ministro Alexandre Padilha e o eleitoreiro uso de um helicóptero da Polícia Federal pela ministra Ideli Salvatti, ontem, sem ''nenhuma vergonha na cara'', os ''nobres'' membros da Comissão de Ética Pública da Presidência não identificaram conduta irregular de 5 ministros do governo Dilma em episódios encaminhados para a avaliação do grupo e assim os processos foram arquivados.


Crítica:

 

O Ingra entrou com R$ 448mil, a Caixa e o BNDES juntos deram R$ 550mil e este dinheiro todo, obviamente gasto sem licitação, foi entregue para os ''baderneiros, vagabundos e anarquistas'' do MST realizarem em Brasília o 6º Congresso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que por sua vez terminou com um conflito entre militantes e policiais na Praça dos Três Poderes.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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