R.B. 8/JAN/14 ‘’Certas tendências na política monetária e fiscal’’


R.B.

"Certas tendências na política monetária e fiscal"

 

São Paulo, 8 de janeiro de 2014 (QUARTA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA deve subir, respeitando o suporte dos 50.000pts e tentando recuperar as perdas do pregão anterior, acompanhando a melhora do ''humor'' nas principais bolsas mundiais e reavaliando a reação exageradamente negativa à ''ameaça'' de rebaixamento da ''nota'' do Brasil pela Standard & Poor's.

-    O DÓLAR pode voltar a cair, acompanhando a esperada melhora do ''humor'' na Bovespa, seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana e também influenciado pela expectativa de que novas operações externas de empresas brasileiras aconteçam ainda no primeiro trimestre.

 

ONTEM

-    BOVESPA –1,1%, abriu em alta, para na máxima avançar 1,0%, porem, mesmo com o desempenho positivo das bolsas de NY e da Europa, passou a cair no início da tarde, pressionada pelo recuo das ações da Petrobrás (-2,8%) e da Vale (-2,1%), diante dos ''rumores'' de rebaixamento da ''nota'' do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's.

-    DÓLAR –0,1% à R$ 2,37, abriu em queda, para na mínima recuar –0,9%, influenciado pelo anuncio de captação da Petrobrás no exterior, porem reduziu a baixa na parte da tarde, também influenciado pelos ''rumores'' de rebaixamento da ''nota'' do Brasil pela Standard & Poor's.

-    Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO –0,6%, ainda realizando lucros, já que acumula alta de 53,4% nos últimos 12 meses, desta vez com destaques de queda para as ações de exportadoras, como a Olympus (-2,3%) e a Nikon (-2,4%) e CHINA 0,5%, em um movimento de ''caça de barganhas'', principalmente entre empresas do setor de tecnologia, após a recente sequência de perdas.

-    Na EUROPA, tentando recuperar a trajetória de alta, INGLATERRA 1,0%, FRANÇA 0,8% e ALEMANHA 0,8%, em um dia de forte entusiasmo entre os investidores, que foi impulsionado pelos dados positivos sobre emprego na Alemanha e de desaceleração da inflação na zona do euro, o que aumenta as perspectivas para que o BC Europeu anuncie novas medidas de estímulos à economia na sua próxima reunião.

-    Nos EUA, fechando em alta pela primeira vez no ano, S&P 0,6%, DJ 0,6% e NASDAQ 1,0%, acompanhando o aumento do otimismo com a recuperação das principais economias da Europa e também ''animadas'' pelo anuncio de que o déficit comercial do país ficou em ''apenas'' US$ -34,2bi em NOV/13, o que representa o menor patamar desde OUT/09.


Economia:

 

Ressaltando, com toda a razão, que o Brasil tem tido uma deterioração gradual em seu perfil econômico e chamando atenção para ''certas tendências na política monetária e fiscal'', que inclui os repasses do governo para os bancos públicos, Joydeep Mukherji, diretos da agência de avaliação de risco Standard & Poor's, ''avisou'' ontem que a ''nota'' do Brasil pode ser rebaixada ainda este ano e antes das das eleições de OUT/14.

 

Mostrando que Mantega, ministro brasileiro da Fazenda, não conseguiu deixar o mercado menos ''nervosinho'', ontem foi divulgada uma pesquisa pelo BC brasileiro que mostra que, para bancos e consultorias, a poupança para o abatimento da dívida pública em 2014 será equivalente a 1,4% da renda do país, o que representaria o menor patamar desde que o programa de ajuste fiscal foi iniciado em 1999.

 

Sinalizando para o ''nobre'' ministro brasileiro da Fazenda que, além do mercado estar ''nervosinho'', os investidores, mesmo com dinheiro no bolso, estão cada dia mais conservadores e desconfiados, em 2013 a caderneta de poupança, mesmo rendendo míseros 5,85% ao ano, registrou captação líquida de R$ R$ -71,0bi, o que representa um crescimento de 43% na comparação com 2012 e o maior valor da história para o período de 1 ano.

 
Apesar da ''choradeira'' das montadoras, que estão novamente pessimistas para 2014, em 2013, estimulada pela redução de impostos, a produção brasileira de veículos cresceu 9,9% a comparação com 2012, atingindo o recorde histórico de 3,74 milhões de unidades, com destaque para o setor de caminhões, que teve uma alta de 43,1% na mesma base de comparação.
 
-    Petrobras caiu -2,8%, já que a captação externa de 3,05bi de euros anunciada pela empresa, mesmo tendo uma demanda muito maior que a oferta, pode ter sido vista por investidores como negativa diante do aumento da alavancagem da empresa, que possui altos níveis de investimento e preço do combustível defasado na comparação com o mercado internacional.
-    A ALL caiu –4,3%, já que a empresa passa por um momento complicado, com notícias sobre a perda de concessão federal
e deficiências operacionais por falta de investimentos.
-    A Hering caiu -3,5%, diante do anúncio de que o segundo módulo do SAP foi adiado e de ''rumores'' de que seus estoques podem estar elevados
-    A Cetip subiu 2,7%, diante do anuncio que que as emissões dos Certificados de Operações Estruturadas chegaram em R$ 22,2 milhões em seu primeiro dia de registro, com emissões do Bradesco, BTG Pactual, Citibank, Credit Suisse, Itaú Unibanco e Safra.
-    A Ambev subiu 3,1%, beneficiada pela aprovação, pelo seu conselho de administração, do pagamento de dividendo de R$ 0,10 por ação e juros sobre capital próprio de R$ 0,154 com base na posição acionária de 14/JAN/14.

Política:

 

Batendo ''abaixo da linha da cintura'' e mostrando como será baixo o nível das eleições presidenciais de 2014, ontem o PT afirmou, em sua página oficial no Facebook, que ao descartar a aliança com os petistas e ''vender a alma à oposição'' em troca de uma probabilidade distante de ser presidente da República, Eduardo Campos, presidente do PSB e governador de Pernambuco, rifou não apenas sua credibilidade política, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo.

 

Como quer mais partidos na base aliada para ter mais tempo na TV durante a campanha presidencial deste ano, o Planalto está informando aos petistas que eles devem reduzir a'' fome'' para a reforma ministerial.

 

Aproveitando que o peemedebista Sergio Cabral está com baixa popularidade e com pouca credibilidade, o PT quer convencer o PMDB a desistir da candidatura de Fernando Pezão ao governo do estado, que seria disputado pelo petista Lindbergh Farias, em troca do apoio do partido à candidatura do atual governador do RJ ao senado.


Crítica:

 

Facilitando ainda mais a cobrança de pedágio pelos ''pobres nativos'', ontem, em uma reunião no Ministério da Justiça, o governo Dilma ofereceu cerca de R$ 85mi para os 30 fazendeiros que ocupam 15 mil hectares na reserva indígena Buriti, no Mato Grosso do Sul, saiam da região.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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