R.B. 7/JAN/14 ‘’Trabalho aos dependentes químicos’’


R.B.

"Trabalho aos dependentes químicos"

 

São Paulo, 7 de janeiro de 2014 (TERÇA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA deve subir, para fechar o dia semana acima dos 51.000pts, recuperando uma pequena parte das fortes perdas acumuladas nos últimos 12 meses (-17,7%), agora beneficiada pela provável melhora da ''humor'' externo e pela divulgação de dados positivos das principais economias da Europa.

-    O DÓLAR pode cair, devolvendo uma pequena parte da forte alta acumulada nos últimos 12 meses (17,0%), seguindo a esperada melhora do ''humor'' na Bovespa, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e influenciado pelos leilões de venda do BC.

 

ONTEM

-    BOVESPA –0,1%, já abriu em queda, para na mínima recuar –1,0% e, apesar da recuperação das ações da Petrobrás (1,2%) e do bom desempenho de 3 das 6 ações que estrearam no novo Ibovespa, manteve-se em território negativo ao longo de todo pregão, também acompanhando o desempenho ruim das bolsas de NY.

-    DÓLAR 0,1% à R$ 2,38, já abriu em alta, novamente testando a ''resistência'' dos R$ 2,40, e manteve-se em território positivo ao longo de todo pregão, acompanhando a piora do ''humor'' na Bovespa e a valorização internacional da moeda norte-americana.

-    Na ÁSIA, acompanhando as perdas das demais bolsas mundiais na sexta-feira, JAPÃO –2,3%, com as exportadoras prejudicadas pela valorização da moeda local (o iene) frente ao dólar e CHINA –1,8%, pressionadas por ''temores'' sobre uma possível desaceleração da atividade econômica e pelo anuncio de que 15 empresas publicaram seus prospectos de IPO.

-    Na EUROPA, sem uma tendência única, INGLATERRA 0,1%, FRANÇA –0,4% e ALEMANHA –0,1%, com os investidores repercutindo os dados do setor de serviços da zona do euro, que mostraram sinais de que a recuperação da atividade não está garantida, o que ainda pode causar problemas na economia da região.

-    Nos EUA, realizando lucros no terceiro pregão consecutivo de queda, S&P %-0,2, DJ –0,3% e NASDAQ –0,4%, após uma série de dados mistos da economia mostrar uma desaceleração no crescimento do setor de serviços e uma recuperação nas encomendas por bens industriais do país.


Economia:

 

Cada dia mais ''nervosinho'' e desconfiado com a condução da politica econômica brasileira, o ''mercado'' reduziu, desta vez de 2,00% para 1,95%, suas ''apostas'' para o crescimento do PIB brasileiro em 2014 e reduziu, de 5,98% para 5,97%, suas projeções para o IPCA deste ano.

 

Mostrando para Mantega, ministro brasileiro da fazenda, que não é só o ''mercado'' que está ''nervosinho'', ao longo de 2013 o índice de confiança no futuro do Brasil, calculado pela consultoria Grant Thornton, despencou de 48% para apenas 10%, o que representa a maior queda entre os 44 países da referida pesquisa.

 

Também ''nervosinha'' com o desempenho da economia brasileira, a agência de classificação de risco Moody's informou que prevê crescimento na faixa de 2% do PIB do Brasil neste ano e alertou que o país tem flexibilidade fiscal limitada, diante de uma estrutura de gastos rígida e a carga de juros relativamente pesada.

 

Reforçando os argumentos daqueles que acreditam que está se formando uma ''bolha'' no mercado imobiliário brasileiro, segundo a revista "The Economist'' em 2013 o Brasil registrou a segunda maior alta no preço de imóveis residenciais em uma lista de 23 países, acumulando uma alta de 12,8% na comparação com 2012.

 

Com a economia brasileira mais uma vez mostrando sua ''vocação'', no ano passado, mesmo com o PIB avançando cerca de apenas 2,3%, foram vendidos 65,2 mil tratores agrícolas e 8,5 mil colheitadeiras, o que representa um recorde histórico para ambos os produtos e um crescimento respectivamente de 17% e de 36% na comparação com 2012.

 

Em meio a uma série de acidentes em suas refinarias, 6 em menos de 2 meses, a Petrobras teve negado pela Agência Nacional do Petróleo um recurso para não pagar uma multa de R$ 150 mil, aplicada em MAI/11, por operar acima da capacidade permitida na Refinaria de Paulínia, em SP.


Política:

 

Apesar de PSB e Rede estarem dispostos a apresentar uma chapa única com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva na disputa pela Presidência, o calendário eleitoral de seus aliados está fora de sintonia, já que o primeiro quer um programa para o fim deste mês e o segundo quer antes dirimir divergências na formação de palanques regionais.

 

Ministro da Saúde de Dilma, o petista Alexandre Padilha, provável candidato do PT ao governo de SP, afirmou ontem que já mudou para a cidade e que irá deixar o cargo até o fim de JAN/14, porem já está praticamente em campanha, já que esteve ontem na capital paulista para a inauguração da sexta unidade da Rede Hora Certa, principal campanha eleitoral na área da saúde do prefeito Fernando Haddad.

 

-    O governador de SP e candidato à reeleição, na tarde de ontem o tucano Geraldo Alckmin fez questão de elogiar a ex-senadora Marina Silva, da Rede, num gesto para tentar salvar a aliança com o PSB para a eleição estadual deste ano.

-    Somando-se a sua longa lista de promessas não cumpridas, a presidenta Dilma vai terminar seu mandato sem conseguir concluir duas ferrovias estratégicas para o país, que deveriam estar parcialmente prontas ainda no governo Lula.


Crítica:

 

Diante da leniência do poder publico, 2 anos após a ação dos governos estadual e municipal na Cracolândia, que fica no Centro da maior e mais importante cidade da América do Sul, foi formada uma favela que ocupa as calçadas e, ao invés de remover de lá os usuários de drogas, o prefeito petista Fernando Haddad anunciou que não adotará medidas "higienistas" e que, para resolver o problema, lançará um programa para oferecer ''trabalho aos dependentes químicos'' que vivem nas ruas da região.

 

-    Sem nenhuma vergonha ou mesmo medo de descumprir a lei, as lideranças indígenas Tenharim disseram ontem que o pedágio mantido desde 2006 na reserva indígena, localizada no Sul do Amazonas, voltará a ser cobrado.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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