R.B.
"Preocupado com o futuro da economia do país"
São Paulo, 24 de janeiro de 2014 (SEXTA-FEIRA).
Mercados:
HOJE
- A BOVESPA pode subir, em um movimento de ''caça de barganhas'' após já ter acumulando uma queda de –6,2% neste ano e fechar o dia anterior no menor patamar desde 7/AGO/13, acompanhando os sinais de melhora do ''humor'' nas principais bolsas mundiais e também a recuperação dos preços das commodities.
- O DÓLAR deve cair, em um ''ajuste técnico'' após a forte alta do pregão anterior, que levou a moeda norte-americana ao maior patamar desde 22/AGO/13, diante da provável melhora do ''humor'' na Bovespa e dos já esperados leilões de venda do BC.
ONTEM
- BOVESPA –2,0%, abriu em alta, para na máxima avançar 0,5%, porem passou a cair na parte da tarde, avaliando de forma negativa a divulgação de dados decepcionantes de produção industrial da China, que derrubou as commodities e consequentemente as ações correlacionadas na bolsa brasileira, como Vale (-2,1%), Usiminas (-2,9%), CSN (-2,9%) e Petrobras (2,3%).
- DÓLAR 1,0% à R$ 2,43, abriu em leve queda, para na mínima recuar –0,2%, porem passou a subir ainda na parte da manhã, diante de um generalizado do ''mau humor'' do investidor com moedas de países emergentes, principalmente com a Argentina, que é o terceiro maior destino das exportações brasileiras e cuja moeda, o peso, subiu 8,5% neste dia.
- Na ÁSIA, acompanhando as perdas das demais bolsas mundiais no dia anterior, JAPÃO -0,8%, realizando lucros após 2 pregões consecutivos de ganhos, com destaques de queda para as exportadoras Toyota (-1,3%) e Suzuki (-1,4%) e CHINA –0,5%, prejudicada pela divulgação de dados que mostraram sinais de redução da produção industrial do país.
- Na EUROPA, revertendo uma abertura positiva, causada pela divulgação de melhora na atividade econômica em diversos países da região, INGLATERRA –0,8%, FRANÇA –1,0% e ALEMANHA –0,9%, prejudicadas pela pela divulgação de dados ruins na China e nos EUA.
- Nos EUA, em mais um dia de perdas, S&P –0,9%, DJ –1,1% e NASDAQ –0,6%, influenciadas negativamente pelo anuncio de que o índice de atividade industrial dos gerentes de compras do país ficou abaixo da expectativa, assim como as vendas de imóveis residenciais usados em DEZ/13.
Economia:
Na ata da reunião da sua reunião da semana passada, que foi divulgada ontem, o Copom ressalta que a inflação ainda mostra resistência "ligeiramente acima da que se antecipava", o que indica uma continuidade do atual ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, iniciado em ABR/13.
Cada dia mais agentes internacionais, e também locais, do ''mercado'' financeiro acreditam que o Brasil está adotando a mesma política intervencionista da Argentina, já que Mantega, ministro da Fazenda, aumentou o IOF para estancar a saída de dólares, e o governo já interveio antes nas elétricas e não deixou a Petrobras reajustar o preço da gasolina para não pressionar a inflação.
Apesar de não existirem muitas dúvidas sobre a importância da economia brasileira, os executivos de multinacionais com forte presença no Brasil que se reúnem esta semana em Davos, na Suíça, demonstram desconforto com a perspectiva de baixo crescimento do PIB, além da ausência de reformas e de melhor infraestrutura do pais.
Com a credibilidade cada dia menor, Mantega, ministro brasileiro da Fazenda, continua a colocar a culpa nos outros ao afirmar, durante um debate em Davos, que a desaceleração da economia brasileira e dos demais países do Brics é culpa da crise dos países desenvolvidos, tradicionais compradores de produtos das nações emergentes.
Causando a abertura positiva da bolsa brasileira no dia de ontem, a prévia da inflação oficial, o IPCA-15, reforçou as ''apostas'' de uma alta menor da taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, já que o referido índice subiu 0,67% em JAN/14, patamar inferior ao registrado em DEZ/13 (0,75%), menor que o divulgado em JAN/13 (0,88%) e também aquém da média das 'apostas do mercado'' (0,80%).
Dando mais dois sinais de que o brasileiro, ''preocupado com o futuro da economia do país'', tem controlado seus gastos para evitar ficar com o nome sujo, (1) em 2013 o número de ações de cobrança por falta de pagamento da taxa de condomínio na cidade de SP caiu -8,03% na comparação com o ano anterior e (2) a porcentagem dos consumidores que se declaram sem dívidas atingiu o nível recorde de 32% em DEZ/13, percentual é o dobro do registrado na pesquisa anterior, em SET/13.
Como o governo Dilma elevou, de 0,38% para 6,38%, o IOF para compras em moeda estrangeira no cartão de crédito, de débito e pré-pago, já está faltando dólar e euro em espécie em casas de câmbio de Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife e Vitória.
Política:
''De olho'' no dinheiro que ele pode doar para sua campanha de reeleição e na credibilidade que seu nome tem, Dilma quer colocar o empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, no ministério do Desenvolvimento, acreditando que isto também ajudará a diminuir a antipatia do empresariado com seu governo, porem o referido filho do ex-vice-presidente José de Alencar quer sair candidato a senador por Minas Gerais, seguindo os passos do pai, e foi para isso que ele se filiou ao PMDB.
O ex-presidente tucano FHC disse que o cartel na área do metrô e trens metropolitanos de SP tem de ser investigado, mas ''garantiu'' que não viu, até agora, nada que indique qualquer indício de pagamento de propina a políticos do PSDB e do governo paulista.
Mostrando como Brasília está ''bem servida'' de políticos, ontem a Polícia Federal anunciou que abriu investigação sobre três pré-candidatos ao governo do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, que deve tentar a reeleição, o senador do PSB Rodrigo Rollemberg e o deputado federal tucano Luiz Pitiman, já que todos teriam promovido churrascos no período eleitoral, em 2010, para angariar votos.
Crítica:
De acordo com a avaliação de juristas, o novo embate do ministro Joaquim Barbosa com o seus colegas do Supremo Tribunal Federal aumenta o mal-estar dentro da Corte e contribui ainda mais para reforçar, perante a população, a imagem do próprio presidente da Casa como responsável único pelas prisões dos condenados no processo do mensalão.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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