R.B.
"Mais uma trapalhada"
São Paulo, 2 de agosto de 2013 (SEXTA-FEIRA).
Mercados:
HOJE
- A BOVESPA deve subir, para fechar em território positivo pelo segundo pregão consecutivo, acompanhando a valorização das commodities e também ainda em um movimento de ''caça de pechinchas'' já que, enquanto nos EUA as bolsas estão nos maiores patamares da história, no Brasil a bolsa brasileira ainda acumula queda de –19,4% no ano.
- O DÓLAR pode cair, tentando um ''ajuste técnico'' após fechar o pregão anterior no maior patamar desde 31/MAR/09, porem deve-se ressaltar que, diante da crescente falta de credibilidade da equipe econômica do governo, a pressão compradora deve continuar ao menos no curto prazo.
ONTEM
- BOVESPA 1,9%, já abriu em alta e, ''finalmente'' seguindo a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, também beneficiada pela valorização das ações da Petrobrás (4,0%) e da Vale (2,3%) e pelos sinais de recuperação econômica e redução da pressão inflacionária no Brasil.
- DÓLAR 0,3% à R$ 2,30, já abriu em alta e, alheio a melhora do ''humor'' na Bovespa, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, influenciado por um movimento especulativo, que tenta ''testar os limites'' do BC, e pelo crescente descontentamento dos investidores com o governo brasileiro.
- Na ÁSIA, ''aliviadas'' com os sinais de que a redução dos estímulos monetários nos EUA não ocorrerá no curto prazo, JAPÃO 2,5%, CORÉIA 0,4% e CHINA 1,8%, também beneficiadas pela divulgação de dados oficiais e melhores do que o esperado de atividade industrial da China.
- Na EUROPA, próximas dos maiores patamares em mais de 2 meses, INGLATERRA 0,9%, FRANÇA 1,2% e ALEMANHA 1,6%, beneficiadas por uma série de resultados corporativos acima das estimativas, como o do Société Générale (11,0%), e por bons dados do setor industrial de diversos países.
- Nos EUA, nos maiores patamares da história, S&P 1,2%, DJ 0,8% e NASDAQ 1,4%, ''aliviadas'' com os sinais de que os estímulos monetários irão continuar no curto prazo e também apoiadas por fortes dados sobre o mercado de trabalho e do setor manufatureiro do país.
Economia:
Tornando, quem diria, mais possível um PIB brasileiro com um crescimento acima de 2% neste ano (1) revertendo uma queda de -1,8% no mês anterior, em JUN/13 a produção industrial brasileira cresceu 1,9% na comparação com MAI/13, (2) após meses de desaceleração, o crescimento do setor industrial da China acelerou em JUL/13, (3) nos EUA a produção industrial cresceu no ritmo mais rápido em 2 anos e (4) na Europa as fábricas romperam com um período de 2 anos de declínio da produção.
Podendo prejudicar um pouco menos o desempenho da bolsa brasileira, na primeira prévia da carteira teórica do principal índice do mercado, o Ibovespa, que passará a vigorar a partir de 2/SET/13 até 3/JAN/14, o peso das ações da OGX, cuja cotação já desabou –84,7% este ano, deve cair de 5,061% para 4,390%, passando do terceiro ao quarto lugar entre as mais negociadas.
Dando um sinal de controle da inflação, beneficiada pela redução de –1,13% do grupo vestuário, em JUL/13 a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal ficou em -0,17%, ante uma alta de 0,35% na última leitura de JUN/13, acumulando com isto uma alta de 5,80% nos últimos 12 meses.
Apresentando o pior resultado do mês para os últimos 20 anos, a balança comercial brasileira registrou déficit de US$ -1,9bi em JUL/13, elevando com isto o saldo negativo do ano para US$ –5bi, o que também é um recorde histórico negativo.
Afetando negativamente o resultado da balança comercial brasileira, em JUL/13 as importações de combustíveis do Brasil aumentaram mais de 140% na comparação com JUL/13, porem as exportações de petróleo caíram –50% na mesma base de comparação.
Ajudando a reduzir o déficit da balança comercial brasileira, as exportações brasileiras de soja, beneficiadas pelo clima bom nas lavouras e mesmo enfrentando enormes dificuldades de logística, atingiram apenas nos 7 primeiros meses de 2013 o total de 31,83mi de toneladas, o que representa cerca de 80% do total previsto para toda a temporada 2013/14.
- A Gerdau subiu 4,5%, já que mesmo com um resultado -27% menor no segundo trimestre deste ano, o lucro da empresa ficou acima do esperado pelo ''mercado'', que também gostou dos planos da empresa de foco maior no mercado interno e de corte de custos com redução de estoques.
Política:
Revelando ''mais uma trapalhada'' da equipe econômica de Dilma, após Paulo Nogueira, representante do Brasil no FMI, votar contra a ajuda do Fundo à Grécia, o que contraria o discurso de Mantega, o referido ministro da Fazenda brasileiro ligou para Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, para retificar o voto do representante brasileiro, que aliás mesmo assim permanecerá no cargo.
Criando a oportunidade de geração de novos postos de trabalho na inflada maquina publica, hoje a presidenta Dilma oficializará a criação da PPSA (Pré-sal Petróleo S.A), que será a estatal responsável por gerir os futuros contratos do pré-sal e que foi a última estatal criada pelo governo Lula.
Em ''mais uma vacilada'' do governo Dilma, ontem o ministério da Saúde baixou um ''polemica portaria'' com novas regras para o tratamento e cirurgia de pessoas interessadas em mudar de sexo, porem 2 horas antes do ministro começar uma entrevista pra explicar melhora as mudanças, Dilma, pressionada pelas igrejas Católica e evangélicas, mandou suspender a portaria e cancelar a coletiva de imprensa.
Crítica:
Como o brasileiro, com crédito fácil e estimulado para o consumo, não tem educação financeira, segundo uma pesquisa do SCPC o descontrole financeiro cresceu no segundo trimestre deste ano de 2013 e passou a representar 28% dos casos de inadimplência dos consumidores.
PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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