R.B. 16/JUL/13 ‘’Colocar a raposa para tomar conta do galinheiro’’


R.B.

"Colocar a raposa para tomar conta do galinheiro"

 

São Paulo, 16 de julho de 2013 (TERÇA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA pode cair, realizando parte do lucro acumulado no pregão anterior, influenciada negativamente pala provável baixa das ações da OGX, que novamente teve sua ''nota'' rebaixada, porem deve-se ressaltar que o atual patamar é interessante para compras visando investimentos de médio e longo prazos.

-    O DÓLAR deve subir, acompanhando a provável realização de lucros na Bovespa e também devolvendo parte da forte baixa acumulado no pregão anterior, quando fechou com a maior queda diária desde 25/MAI/12, porem deve-se ressaltar que o patamar atual não é interessante para compras da moeda norte-americana.

 

ONTEM

-    BOVESPA 2,6%, já abriu em alta e, ''aliviada'' com o crescimento de 7,5% anunciado pela China, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, também beneficiada pela valorização das commodities e impulsionada pela valorização da OGX (18,9%).

-    DÓLAR –1,8% à R$ 2,24, já abriu em queda e manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, com os investidores mais expostos ao risco após a economia chinesa ter crescido em linha com o esperado no segundo trimestre e dados da atividade dos EUA terem reforçado perspectivas de que os estímulos serão mantidos no país no curto prazo.

-    Na ÁSIA, recuperando as perdas de sexta-feira, JAPÃO não teve pregão devido a feriado nacional, CORÉIA 0,3% e CHINA 1,1%, beneficiadas pela divulgação dos dados do PIB chinês no segundo trimestre, que cresceu 7,5% e apresentou dados melhores do que o esperado.

-    Na EUROPA, em alta, mesmo após a eclosão de uma nova crise política na zona do euro, desta vez na Espanha, INGLATERRA 0,6%, FRANÇA 0,6% e ALEMANHA 0,3%, com destaques de alta para as ações de bancos, como Royal Bank of Scotland (5,1%), Lloyds Banking (2,5%) e Commerzbank (4,8%), e também impulsionadas pelo crescimento da China no segundo trimestre.

-    Nos EUA, seguindo o ''humor positivo'' das demais bolsas mundiais, para fecharem em novos patamares recorde, S&P 0,2%, DJ 0,2% e NASDAQ 0,2%, também beneficiadas pela divulgação de indicadores mistos da economia do país, o que afastou os ''temores'' de redução dos estímulos monetários.


Economia:

 

Cada dia mais pessimistas, segundo a pesquisa focus divulgada ontem os economistas de instituições financeiras reduziram, pela nona semana consecutiva, suas ''apostas'' para o crescimento do PIB brasileiro em 2013, desta vez de 2,34% para 2,31%, e diminuíram, de 5,81% para 5,80%, suas projeções para o IPCA deste ano.

 

Como os analistas admitem que é necessário corrigir os excessos de uma economia dependente de investimentos e expansão desmesurada do crédito, os mercados internacionais reagiram com alívio à divulgação do PIB da China, que cresceu 7,5% no segundo trimestre deste ano, ficando dentro das expectativas e debelando temores de uma freada ainda mais intensa.

 

Mesmo com o dólar 9,5% mais alto que no mesmo período de 2012, o que teoricamente deveria facilitar as exportações, a balança comercial brasileira virou novamente para o terreno negativo e registrou déficit de US$ –619mi na segunda semana de JUL/13, elevando o saldo negativo do ano para US$ -3,5bi, o que representa o pior resultado desde 1995.

 

Ontem, logo após o BNDES negar que tenha favorecido o empresário Eike Batista nos financiamentos que fez a empresas do grupo, a agência de classificação de risco Moody's piorou, pela segunda vez neste mês, sua ''nota'' para a OGX, que agora está no penúltimo nível na escala da agência diante da "baixa probabilidade" de que a empresa consiga pagar suas dívidas e da baixa governança da sua direção.

 

-    A Petrobrás subiu 0,7%, mesmo após o HSBC reduzir de R$ 20 para R$ 17 o seu preço alvo para as ações da empresa, citando a desvalorização do real e da obrigação da petrolífera de pagar pelo menos 30% do bônus de assinatura do primeiro leilão do pré-sal.

-    A Oi subiu 9,9%, após a empresa, em conjunto com sua controlada Telemar Norte Leste, firmar contrato para ceder para a SBA Torres Brasil o direito de exploração comercial e uso de 2.113 torres de telecomunicações e respectivas áreas nas quais estão localizadas e também anunciar que vai vender sua participação na GlobeNet por R$ 1,7bi.

-    A OGX disparou 18,6%, diante de ''rumores'' de que o BNDES teria ajudado a empresa fazendo alterações nos contratos de financiamento.


Política:

 

Mostrando seu ''telhado de vidro'', após gastar R$ 5,2mi em aluguel de aeronaves nos últimos 18 meses, o governador Eduardo Campos, do PSB de Pernambuco e que quer ser presidente do Brasil, será obrigado a explicar o motivo e a despesa de cada viagem à Assembleia Legislativa.

 

Fazendo populismo, em um momento que o governo Dilma precisa conter os gastos públicos, segundo Manoel Dias, ministro do trabalho, o seguro-desemprego voltará a ser corrigido pela mesma fórmula aplicada ao salário mínimo, independentemente do valor do benefício.

 

Como o salário básico dos parlamentares no Brasil é maior do que o de países ricos como Japão, Alemanha e Canadá, as despesas do governo Dilma apresentaram aumento real de 6,6% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2012, e com isto os desembolsos já romperam a barreira do trilhão, atingindo R$ 1,01tri.

 

Após indicar o senador Blairo ''moto-serra'' Maggi, que é o maior desmatador do Brasil, para a presidir a Comissão do meio ambiente e aceitar o homofobico Pastor Feliciano na presidência da comissão de minorias, o governo Dilma, se aperfeiçoando na técnica de ''colocar a raposa para tomar conta do galinheiro'', indicou Ivo Correia, ex-lobista do Google, para a presidência do Comitê Gestor da Internet.

 

Mostrando que debaixo da máscara de Batman existe um simples servidor publico que gosta de mamar nas tetas do povo, Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, também usa aviões da Força Aérea Brasileira, inclusive para um passeio à Costa Rica onde supostamente participou de uma conferência.


Crítica:

 

Como reflexo de um mundo cada dia mais competitivo e menos prazeroso, segundo uma pesquisa recente 59% dos trabalhadores norte-americanos trabalham durante as férias, verificando regularmente o e-mail, telefonando e fazendo trabalhos adicionais durante o período em que deveriam estar apenas descansando.


PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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