R.B.
"Liberdade de expressão com falta de educação"
São Paulo, 11 de outubro de 2012 (QUINTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, tentando uma recuperação após 2 pregões consecutivos de queda, influenciada positivamente pela redução da Selic, que em tese torna mais atraente o investimento no setor produtivo da economia, e também seguindo a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais.
- O DÓLAR deve cair, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e diante da avaliação de que, mesmo com o decimo corte seguido da Selic, os juros reais da economia brasileira cairão de 2,2% para para 1,95% ao ano e assim seguem sendo o quarto maior do mundo.
ONTEM
- BOVESPA –0,8%, mais uma vez abriu em alta, para na máxima avançar 0,6%, porem novamente passou a cair ainda na parte da manhã, ainda com baixo volume de negócios (R$ 5,6bi), pressionada pelo recuo das ações de bancos, como Itaú (-2,4%) e Banco do Brasil (-1,4%), e prejudicada pelas preocupações com o fraco crescimento global.
- DÓLAR 0,3% à R$ 2,04, abriu em queda, para na mínima recuar –0,2%, porem passou a subir ainda na parte da manhã, para fechar a sessão no maior patamar dos últimos 30 dias, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e influenciado pelas expectativas de redução da Selic.
- Na ÁSIA, com a bolsa japonesa atingindo o menor patamar em 2 meses, JAPÃO –2,0%, CORÉIA –1,6% e CHINA –0,3%, com destaques de queda para as montadoras, como Toyota (-1,9%) e Honda (-1,1%), diante de preocupações de que a temporada de balanços corporativos irá revelar resultados mais fracos em meio a um crescimento econômico global frágil.
- Na EUROPA, em queda pelo terceiro pregão consecutivo, INGLATERRA –0,6%, FRANÇA –0,5% e ALEMANHA –0,4%, pressionadas após o FMI fazer um alerta sobre o impacto da crise fiscal da zona do euro, ressaltando que os bancos da Europa podem ser obrigados a se desfazer de até US$ 4,5tri em ativos, e influenciadas negativamente pela forte queda do principal índice de ações da Grécia (-3,6%), após os principais sindicatos dos setores público e privado do país convocarem uma greve de 24 horas em protesto contra novas medidas de austeridade que Atenas negocia com seus credores internacionais.
- Nos EUA, em queda pelo quarto pregão consecutivo, S&P –0,6%, DJ –0,9% e NASDAQ –0,4%, desta vez acompanhando a piora do ''humor'' nas bolsas da Europa e sob o peso de notícias ruins sobre os resultados da Chevron e da Alcoa, marcando negativamente o início da temporada de balanços.
Economia:
Ontem, conforme esperava cerca de 65% do ''mercado'', o Copom, desta vez dividido por 5 a 3, decidiu, pela décima vez consecutiva, reduzir a taxa básica de juros da economia, desta vez em –0,25%, de 7,5% para 7,25%, alegando que a economia brasileira precisa de estímulos e que a crise global vai segurar a inflação no Brasil.
Mostrando pessimismo, provavelmente para ''encorajar'' a Espanha a pedir ajuda, ontem Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, alertou que são necessárias mais "ações urgentes" na zona do euro, ressaltando que (1) a Europa é o "epicentro da crise" atual, (2) existe "uma incerteza" que impede questões como a criação de empregos e(3) a crise tem efeitos também nas economias emergentes.
Como é muito mais fácil colocar a culpa no ''Yankes imperialistas'', ontem Mantega, ministro brasileiro da Fazenda, afirmou que a política monetária expansionista dos EUA pode ter efeitos colaterais mais graves que os diretos nas economias emergentes.
Conforme já havia ''prometido'', a agencia de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou sua ''nota'' para a Espanha e manteve a perspectiva negativa alegando que ocorreu um aumento dos riscos para as finanças públicas do referido país devido ao crescimento das pressões econômicas e políticas.
Influenciada positivamente pela antecipação do 13º salário e pelas recentes reduções da taxa de juros, em SET/12 a inadimplência do consumidor recuou –1,9% na comparação com AGO/12, o que representa a quarta queda consecutiva e a maior queda mensal no ano.
Dando uma boa noticia na manhã do dia em que o Copom decidiria cortar a Selic em –0,25%, o IGP-M, índice de preços mensurado usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, desacelerou para 0,31% na primeira prévia de OUT/12, ante alta de 0,59% no mesmo período de SET/12.
Finalmente atendendo aos pedidos de Graça Foster, presidenta da Petrobrás, ontem, após o fechamento do pregão, a Agência Nacional do Petróleo informou que 1/JUN/13 é a data prevista pelo governo para elevar, de 20% para 25%, a mistura de etanol anidro na gasolina, ressaltando que o prazo pode ser antecipado caso haja oferta de etanol suficiente para atender à demanda.
- A Gafisa subiu 3,0% e a PDG avançou 2,0%, reagindo bem a resultados preliminares para o terceiro trimestre de empresas do setor e impulsionadas pelas ''apostas'' de redução da taxa básica de juros.
- A Telebrás subiu 52,0%, após a empresa fechar parcerias (1) com a TIM para levar banda larga de alta velocidade para o interior das regiões Norte e Nordeste do Brasil, e (2) com parceiros internacionais, para a construção de uma rede de cabos submarinos ligando o Brasil aos EUA, à Europa e à África.
Política:
Alfredo Sequeira Filho