R.B.
"Amigão do Serra"
São Paulo, 27 de abril de 2012 (SEXTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve cair, acompanhando a piora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais diante do rebaixamento, mais do que justo, da ''nota'' da Espanha pela S&P, porem deve-se ressaltar que o patamar é interessante para compras, diante da expectativa de novos cortes na taxa básica de juros da economia brasileira.
- O DÓLAR pode subir, provavelmente testando a resistência dos R$ 1,90, seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana e também influenciado pela redução da ''nota'' da Espanha.
ONTEM
- BOVESPA 0,7%, abriu em queda, para na mínima recuar -0,9%, porem, com bom volume de negócios (R$ 8,1bi), passou a subir na parte da tarde, acompanhando a valorização das bolsas de NY e beneficiada pela recuperação das ações da Vale (1,7%).
- DÓLAR 0,1% à R$ 1,89, abriu ''de lado'', para na mínima atingir R$ 1,88, porem passou a subir ainda na parte da manha e fechou no maior patamar do ano, pressionado pelos leilões de compra do BC e mais uma vez descolado de seus pares externos, do preço das commodities e de outros ativos de risco.
- Na ÁSIA, recuperando uma pequena parte das perdas recentes, JAPÃO 0,2%, CORÉIA 0,1% e CHINA 0,3%, beneficiadas pelas indicações do Fed (''BC'' dos EUA) de que vai manter sua política para apoiar o crescimento e também impulsionada pelas divulgações de fortes lucros corporativos trimestrais.
- Na EUROPA, com pouca volatilidade e sem uma tendência única, INGLATERRA 0,5%, FRANÇA -0,1% e ALEMANHA 0,4%, influenciadas pela divulgação de dados mistos sobre as economias da zona do euro, sobre os EUA e sobre resultados corporativos.
- Nos EUA, em alta pelo terceiro pregão consecutivo, S&P 0,7%, DJ 0,9% e NASDAQ 0,7%, beneficiadas pela divulgação de dados positivos sobre o mercado imobiliário do país e de resultados de empresas superando as expectativas do mercado, como o da construtora imobiliária Lennar (5,7%) e do PulteGroup (10,1%).
Conforme já ''suspeitada o mercado'', na ata da sua reunião da semana passada, quando a Selic caiu de 9,75% para 9,00%, a autoridade monetária deixou em aberto a possibilidade de novos cortes na taxa básica de juros, porem ressaltou que agora qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia.
Destacando um aumento dos riscos para a dívida líquida do país em relação ao seu PIB, principalmente diante da contração da economia e da deterioração na trajetória do déficit orçamentário de 2011 a 2015, ontem a Agência de classificação S&P rebaixou sua ''nota'' para a Espanha com perspectiva negativa.
Traçando um panorama muito positivo para a economia brasileira, Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, afirmou ontem que o país terá que dobrar a capacidade instalada de geração de energia elétrica até 2020 para atender ao seu crescimento.
Dando novos sinais positivos da economia brasileira, (1) em MAR/12 o consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado e (2) nos 3 primeiros meses deste ano o setor de TV por assinatura cresceu 7,3% na comparação com o mesmo período de 2011.
Disposta a ''abalar a concorrência'', ontem a Caixa Econômica Federal anunciou a redução da taxa de administração e o valor de aplicação mínima inicial de dois fundos de investimento (um de ações e outro de crédito), com aporte inicial de apenas R$ 10, voltado para jovens investidores.
- A Vale subiu 1,7%, após Murilo Ferreira, presidente da companhia, fazer uma teleconferência tranqüilizando o mercado sobre os preços do minério de ferro, a demanda da China e os processos de cobrança de impostos.
- O BTG Pactual, maior banco brasileiro de investimentos, subiu 0,9% e teve o segundo maior volume de negócios no seu primeiro dia de transações na Bovespa.
- A Cielo subiu 7,1%, após surpreender positivamente o mercado ao anunciar que no primeiro trimestre deste ano seu lucro líquido foi 33,4% maior que no mesmo período no ano anterior.
Alfredo Sequeira Filho