R.B.
"Respeitados mundialmente"
São Paulo, 16 de março de 2012 (SEXTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA pode subir, acompanhando a valorização das commodities e a gradativa melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, para possivelmente fechar a semana acima dos 68.000pts.
- O DÓLAR deve voltar a cair, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana e influenciado pelos sinais da ata do Copom de que a taxa de básica de juros irá cair menos do que o esperado até o final do ano.
ONTEM
- BOVESPA -0,7%, já abriu em queda e, mesmo com o bom desempenho das bolsas de NY, manteve-se em território negativo ao longo de todo pregão, após a ata do Copom esfriar os ânimos de investidores sobre a intensidade dos próximos cortes de juros.
- DÓLAR -0,2% à R$ 1,80, já abriu em queda e, mesmo com as atuações do BC na ponta compradora, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana.
- Na ÁSIA, ainda sem um tendência única, JAPÃO 0,7%, com as exportadoras beneficiadas pela valorização do dólar frente a moeda local, porem CORÉIA -0,1% e CHINA -0,7%, diante de renovadas preocupações sobre o crescimento da China, que por sua vez causou quedas nos setores de matérias-primas.
- Na EUROPA, próximas das máximas das ultimas 33 semanas, INGLATERRA 0,1%, FRANÇA 0,4% e ALEMANHA 0,9%, ''animadas'' pelos novos sinais de crescimento da economia dos EUA e impulsionadas pela ampla liquidez fornecida pelo BC Europeu, que por sua vez criou uma rede de segurança sob o mercado acionário.
- Nos EUA, nos maiores patamares desde a crise financeira de 2008, S&P 0,6%, DJ 0,4% e NASDAQ 0,5%, com destaques de alta para as ações de bancos, diante de mais uma rodada de dados econômicos melhores do que o esperado, como o recuo dos pedidos por auxílio-desemprego para a mínima em 4 anos.
Obstinado em fazer a economia brasileira crescer mais de 4,0% este ano, Mantega, ministro da Fazenda, afirmou ontem que a desoneração da folha de pagamentos da indústria, principalmente para os exportadores, é necessária para dar competitividade ao setor.
Após superar as expectativas do ''mercado'' ao cortar a Selic em -0,75%, para 9,75%, na semana passada, o Copom informou na sua ata que pretende levar a taxa básica de juros para patamares "ligeiramente acima dos mínimos históricos" e estabiliza-la neste nível.
Como fruto da redução da Selic, da melhora na economia brasileira e na redução dos problemas na Europa e nos EUA, em JAN/12 a perspectiva de inadimplência do consumidor num horizonte de seis meses caiu -1,3% de acordo com o indicador da Serasa Experian.
Antes de Collor liberar a importação de veículos, o Brasil era um país de carroças, agora, como que querendo retroagir aos tempos pré-Collor, o Ministério do Desenvolvimento quer aplicar salvaguardas, como aumento do imposto de importação ou restrição da quantidade a ser comprada de outros países, às importações brasileiras de vinhos.
Confirmando pela ''enésima vez'' a verdadeira ''vocação brasileira'', em 2011 o PIB do agronegócio no Brasil cresceu 5,7%, o que representa o dobro do registrado pela economia brasileira no mesmo período (2,7%).
- A Petrobrás caiu -2,4%, após a ata do Copom indicar que não vai haver aumento de gasolina este ano.
- A Klabin caiu -4,9%, prejudicada pela redução das expectativas de corte de juros e pelo rebaixamento de sua recomendação por um banco brasileiro.
- A Marfrig caiu -3,4%, após informar a desistência do acordo de logística com a JSL.
- A Gol subiu 2,9%, após anunciar que pediu aval para operar vôos entre Brasil e Miami, com escala em Caracas.
- A Vale subiu 0,9%, ''comemorando'' a decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça sobre a cobrança de tributos sobre lucros de coligadas e controladas no exterior.
- A Queiroz Galvão desabou -18,1%, após novas avaliações no poço Ilha do Macuco, na bacia de Santos, decepcionarem o mercado.
Política:
Alfredo Sequeira Filho