R.B.
"Como na época do Brasil Colônia"
São Paulo, 29 de fevereiro de 2012 (QUARTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve seguir em alta, para recuperar o patamar dos 66.000pts, ainda acompanhando a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais e também influenciada positivamente pelos constantes sinais positivos da economia brasileira e pelas ''apostas'' de novos cortes na taxa básica de juros.
- O DÓLAR pode voltar a cair, colocando agora os R$ 1,70 como resistência já que, mesmo com as ''bravatas de Mantega'' e com os leilões de compra do BC, segue ''crescente e constante'' o fluxo positivo de recursos externos oriundos de exportações, captações e ''investimentos''.
ONTEM
- BOVESPA 1,1% (aos 65.958pts), já abriu em alta e, acompanhando a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, com bom volume de negócios (R$ 6,9bi) e impulsionada principalmente pela entrada de recursos estrangeiros.
- DÓLAR -0,4% à R$ 1,69, já abriu em queda e, mesmo com os leilões de compra do BC no mercado à vista, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, para fechar o dia no menor patamar desde 28/OUT/11.
- Na ÁSIA, apesar das perdas das bolsas da Europa no dia anterior, JAPÃO 0,9%, estimulada pela estabilidade do dólar, que se manteve firme acima da marca dos 80 ienes e beneficiou as ações das principais exportadoras, CHINA 0,2%, em alta pelo sétimo pregão consecutivo, com destaque de alta para as ações de bancos, após a notícia de que Pequim abrandou sua linha de financiamento de veículos governamentais e CORÉIA 0,6%, impulsionada pelas ações de fabricantes de chips locais, diante da notícia de que a japonesa Elpida Memory entrou com pedido de recuperação judicial.
- Na EUROPA, recuperando as perdas do dia anterior, INGLATERRA 0,2%, FRANÇA 0,4% e ALEMANHA 0,6%, impulsionadas pelos dados da confiança do consumidor nos EUA e pelas expectativas com a operação de liquidez do BC Europeu.
- Nos EUA, nos maiores patamares desde 2008, S&P 0,3%, DJ 0,2% e NASDAQ 0,7%, beneficiadas por sólidos dados de confiança do consumidor local e com destaques de alta para as ações de tecnologia, como a Micron Technology (3,7%), depois que a Intel disse que venderá sua participação em duas fábricas de semicondutores para chips de memória flash para a Micron e comprará chips da companhia.
Economia:
Mostrando otimismo, Tombini, presidente do BC, afirmou ontem, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que (1) o Brasil cresceu abaixo do seu potencial nos últimos 3 trimestres, (2) o BC vai seguir cortando a taxa de juros básica da economia, (3) o Brasil vai crescer "mais em 2012 do que cresceu em 2011" e (4) a inflação deve ser menor nos próximos meses e vai convergir para a meta.
Confirmando mais uma vez que o governo Dilma segue cuidando com competência e prudência das contas publicas, em JAN/12 a economia do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) para pagar os juros da dívida pública cresceu 46,5% na comparação com JAN/11 e atingiu R$ 20,8bi, o que representa mais de 20% da meta para todo este ano (R$ 97bi).
Dando novos sinais positivos da economia interna, (1) em JAN/12 a arrecadação de tributos pelo governo federal cresceu 12,7% em relação a JAN/11, (2) segundo uma pesquisa do Ibope o consumo das famílias no Brasil deve crescer 13,5% neste ano em relação a 2011, (3) o setor de TV por assinatura brasileiro cresceu 2,43% em JAN/12 sobre DEZ/12 e (4) as vendas reais dos supermercados brasileiros subiram 3,84% em JAN/12 na comparação com JAN/11.
Diante de uma taxa média de juros real que somente no cheque especial atingiu estratosféricos 185,9% ao ano em JAN/12, no primeiro mês deste ano a taxa de inadimplência para pessoa física ficou em 7,6%, o que representa o maior patamar desde DEZ/09.
- A Embraer caiu -1,2%, após a Força Aérea dos EUA ter informado o cancelamento do contrato de US$ 355 milhões para fornecimento de 20 aviões Super Tucano.
- A Petrobrás caiu -0,2% e, após o fechamento do pregão anunciou que descobriu mais petróleo na camada pré-sal ao sul da bacia de Campos.
Política:
Alfredo Sequeira Filho