R.B.
"Amadurecimento financeiro do brasileiro"
São Paulo, 28 de fevereiro de 2012 (TERÇA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, retornando à sua trajetória da alta após a realização de lucros de hoje, com ''boas chances'' de recuperar o patamar dos 66.000pts, diante da ligeira melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais e da recuperação das commodities.
- O DÓLAR pode cair, retornando à sua ''trajetória natural'' após a ligeira valorização de ontem, acompanhando a provável melhora do ''humor'' na Bovespa e o fluxo positivo de recursos externos.
ONTEM
- BOVESPA -1,1% (aos 65.241pts), já abriu em queda e, acompanhando a piora do ''humor'' nas bolsas da Europa, manteve a trajetória descendente ao longo de todo pregão, em um movimento de realização de lucros dos ganhos acumulados no ano (14,3%), diante da decepção com o resultado da reunião do G-20 e do recuo das commodities.
- DÓLAR 0,1% à R$ 1,71, abriu ''de lado'', para na máxima avançar 0,5% e na mínima recuar –0,1% e, apenas sustentado pelos leilões de compra do BC, fechou em leve alta também influenciado pela realização de lucros na Bovespa.
- Na ÁSIA, JAPÃO -0,1%, realizando lucros após 3 pregões seguidos de ganhos, com destaques de queda para as ações das exportadoras, como Fanuc (-1,5%) e Tokyo Electron (-1,4%), CHINA 0,3%, no maior patamar em 3,5 meses e no quarto pregão seguido de elevação, desta vez com destaque positivo para as ações das fabricantes de automóveis, no embalo das medidas do governo para promover as marcas nacionais e CORÉIA –1,4%, pressionada pelas ações da Himart (-15,1%), após ter sido convidada pela bolsa a esclarecer supostos desfalques em sua gestão.
- Na EUROPA, prejudicadas pela indefinição do G-20 sobre o aumento nos recursos do FMI, para que a entidade possa ajudar a Europa, INGLATERRA –0,3%, FRANÇA –0,7% e ALEMANHA -0,2%, com destaques de queda para as ações dos bancos, como Commerzbank (-2,8%), HSBC (-3,7%) e Crédit Agricole (-3,5%).
- Nos EUA, revertendo uma abertura negativa, para fecharem em alta pelo terceiro pregão consecutivo, S&P 0,1% (no maior patamar desde meados de 2008), DJ 0,1% e NASDAQ 0,1%, beneficiadas pela queda dos preços do petróleo e por dados que mostraram uma contínua melhora no mercado imobiliário norte-americano.
Economia:
Com o Brasil cada dia mais ''no centro do mundo'', no Carnaval deste ano o RJ recebeu 1,144 milhão de visitantes, o que representa um crescimento de 16,7% na comparação com 2011, sendo que apenas os ''gringos'' gastaram durante o maior espetáculo da terra na cidade maravilhosa US$ 850mi, o que representa um aumento de 14,9% na comparação com o ano passado.
Mostrando um importante ''amadurecimento financeiro do brasileiro'', segundo uma pesquisa feita pela consultoria especializada em produtividade Triad PS, para 58% dos brasileiros a prioridade para 2012 é investir, o que é fruto da melhora nos indicadores econômicos no Brasil, que está em uma época de quase emprego pleno.
Apresentando um sinal positivo da economia interna, em JAN/12 o consumo brasileiro de produtos de alumínio, entre chapas, folhas, fios e cabos, cresceu 5,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Determinada a fazer o Brasil se tornar autossuficiente na produção de derivados de petróleo, ontem Dilma ''garantiu'' que o projeto da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, é uma "exigência" de seu governo, ressaltando que, embora o retorno financeiro seja baixo, é importante o país fazer o refinamento do petróleo para não se sujeitar às altas dos preços no mercado internacional.
Apresentando um sinal positivo de controle da inflação, que certamente dará tranqüilidade para o BC seguir cortando a Selic, o IGP-M de FEV/12 apresentou deflação de -0,06%, após alta de 0,25% em JAN/12.
Avançando em um ranking dominado por empresas norte-americanas e européias, ontem, pela primeira vez na história a Embraer apareceu na lista das 100 maiores empresas militares e de armamentos do mundo, ocupando o 94º posto.
- A Marfrig subiu 7,1%, refletindo positivamente o processo de reorganização do grupo, aprovado ontem em assembléia de acionistas.
Política:
Alfredo Sequeira Filho