R.B.
"Companheiros verdes"
São Paulo, 28 de novembro de 2011 (SEGUNDA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, acompanhando a ligeira melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais para tentar iniciar um movimento de recuperação das perdas da semana passada (-3,2%) e do ano (-20,9%), também beneficiada pela valorização das commodities.
- O DÓLAR pode cair, dando sequência ap ''ajuste técnico'' iniciado no ultimo pregão da semana passada, acompanhando a esperada melhora do ''humor'' na Bovespa e a manutenção do fluxo positivo de recursos externos.
SEXTA-FEIRA
- BOVESPA -0,7%, abriu ''de lado'', para na máxima avançar 0,5%, porem, com baixo volume de negócios (R$ 3,9bi), passou a cair na parte da tarde, diante da manutenção das preocupações com a crise da dívida na Europa e com destaques negativos para as ações da Petrobras (-3,0%) e da Vale (-2,1%).
- DÓLAR -0,3% à R$ 1,89, abriu em alta, para na máxima atingir R$ 1,91, porem, mesmo sem leilões de venda do BC, com as perdas na Bovespa e com a manutenção das tensões externas, fechou o dia em baixa, em um ''ajuste técnico'' diante das altas recentes.
- Na ÁSIA, fechando a quarta semana consecutiva com perdas, JAPÃO -0,1%, CORÉIA -1,0% e CHINA -1,4%, com autoridades da zona do euro fracassando em aliviar a preocupação do investidor sobre os rumos da crise de dívida.
- Na EUROPA, em um ''ajuste técnico'', com baixo volume de negócios e após 6 pregões consecutivos de queda, INGLATERRA 0,7%, FRANÇA 1,2% e ALEMANHA 1,2%, após autoridades da região afirmarem que os países-membros da zona do euro estão discutindo recuar no envolvimento do setor privado no fundo de resgate permanente.
- Nos EUA, revertendo uma abertura positiva e também com baixo volume de negócios, S&P -0,3%, DJ -0,3% e NASDAQ -0,7%, em uma sessão mais curta do que o habitual por causa da celebração da véspera do Dia de Ação de Graças, porem mesmo assim prejudicadas por preocupações com a crise da dívida na zona do euro.
Esta semana tem reunião do Copom e, diante da manutenção e também da intensificação dos ''problemas externos'', é cada dia maior a ''apostas'' de que a taxa básica de juros será reduzida em -0,75%, dos atuais 11,0% para 10,25%.
''Comemorando'' a alta do dólar, que ao que tudo indica ajuda a proteger seus ''companheiros'' da industria automobilística, Mantega, ministro da Fazenda, ''avisou'' que o governo não tomará medidas para conter a desvalorização do real.
Prestes a chegar ao País, aonde vai se reunir com a presidenta Dilma, Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, afirmou que o Brasil tem apresentado um desempenho excepcional nos últimos anos como resultado de seus bons fundamentos, políticas sólidas e gestão macroeconômica prudente, por isto agora colhe os frutos do crescimento sustentado e baixa vulnerabilidade externa.
Com o governo Dilma continuando a fazer bem sua ''lição de casa'', em OUT/11 União, estatais e governos estaduais e municipais economizaram, juntos, R$ 13,95bi, ampliando com isto o resultado positivo do setor público no ano para R$ 118,6bi, o que representa 3,54% do PIB e 92,7% da meta para 2011 do chamado superávit primário.
Principalmente diante do baixo patamar da taxa de desemprego (5,8%), (1) em NOV/11, mesmo com a piora da crise nos países do ''primeiro mundo'', o Índice de Confiança do Consumidor brasileiro registrou alta de 3,3% ante OUT/11, atingindo 119pts e (2) em OUT/11 o nível da inadimplência no mercado de energia de curto prazo no Brasil, que alcançou patamares preocupantes neste ano, caiu para o menor nível desde 2007.
- A Embraer subiu 1,4%, após ganhar o primeiro ''round'' da luta contra o protecionismo nos EUA, aonde a empresa brasileira participa de uma concorrência da Força Aérea norte-americana.
- A Redecard caiu -0,3%, mesmo após o anuncio de que a empresa vai entrar na composição do Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa.
- A Petrobrás caiu -3,0% e, após o fechamento do pregão, anunciou mais uma descoberta de petróleo na área do campo de Marlim, localizada na bacia de Campos.
Política:
Alfredo Sequeira Filho