R.B. 26/OUT/11 ''Seguro e atraente''


R.B.

"Seguro e atraente"

 

São Paulo, 26 de outubro de 2011 (QUARTA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA deve voltar a subir, acompanhando a valorização das commodities e principalmente o provável desfecho positivo da reunião dos líderes da Europa, que deve resultar em um plano para enfrentar a crise da dívida do euro.

-    O DÓLAR pode voltar a cair, seguindo a provável melhora do ''humor'' na Bovespa e nas demais bolsas mundiais e também influenciado pela manutenção do ''crescente e constante'' fluxo positivo de recursos externos.

 

ONTEM

-    BOVESPA -1,1%, já abriu em queda e, realizando lucros recentes, foi aprofundando as perdas ao longo do pregão, com destaques negativos para as ações de bancos, como Itaú (-2,8%) e Banco do Brasil (-2,6%), diante das incertezas para a reunião de cúpula das lideranças da zona do euro marcada para hoje.

-    DÓLAR 0,6% à R$ 1,76, já abriu em alta e, acompanhando a leve piora do ''humor'' na Bovespa, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, também influenciado pela elevação do risco-Brasil (1,3%).

-    Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO -0,9%, revertendo uma abertura positiva para realizar lucros recentes, já que a valorização da moeda local (o iene) frente ao dólar causou uma realização de lucros, CHINA 1,7%, com a procura dos investidores por ofertas de ocasião provocando um rali nas blue chips do setor bancário e CORÉIA -0,6%, também realizando lucros recentes.

-    Na EUROPA, devolvendo parte dos ganhos acumulados nos pregões anteriores, INGLATERRA -0,4%, FRANÇA -1,4% e ALEMANHA -0,2%, com o nervosismo dominando os mercados antes da reunião de quarta-feira de líderes da região, reunião esta que deve resultar em um plano para enfrentar a crise da dívida do euro.

-    Nos EUA, devolvendo os ganhos acumulados no pregão anterior, S&P -2,0%, DJ -1,7% e NASDAQ -2,3%, prejudicadas (1) pelo temor de que líderes europeus não cheguem a um consenso sobre um plano para encerrar a crise da dívida da zona do euro, (2) pela decepção com previsões de grandes companhias e (3) pela retração no nível de confiança do consumidor do país na economia local.


Economia:
 
Cada dia mais ''seguro e atraente'', nos 9 primeiros meses deste ano o Brasil recebeu US$ 50,4bi em investimentos estrangeiros diretos, o que é mais que o dobro acumulado no mesmo período de 2010 (R$ 22,6bi) e representa o maior valor para o período desde o início da série histórica do BC, em 1947.
 
''Coincidentemente'' após Mantega, ministro da Fazenda, afirmar que a decisão do governo Dilma de elevar o IPI dos carros importados é ''um sucesso'', Zhou Biren, presidente da montadora chinesa Chery Internacional, afirmou que o investimento de US$ 400mi na fábrica em Jacareí será antecipado para antes de SET/13.
 
Destacando o forte colchão de liquidez externa do país, com reservas internacionais de US$ 350bi, além de seu status de credor externo, a flexibilidade de sua estrutura de política macroeconômica e um sistema bancário saudável, ontem a agência de classificação de risco Fitch confirmou sua ''nota'' BBB do Brasil, com perspectiva estável.
 
''De olho'' nos cada dia mais ''cobiçados e valorizados'' reais, Rick Scott, o governador da Flórida, afirmou ontem que vai debater com o governo federal dos EUA meios para desburocratizar a concessão de vistos de turismo para brasileiros.
 
Diante do o aumento da renda, da manutenção do nível de empregos e também das recentes reduções da Selic, em OUT/11, pelo quinto mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas recuou na comparação com SET/11, respectivamente de 61,6% para 61,2%.

Política:
 
Causando uma derrota para os ''nobres'' senadores Collor e Sarney,  ontem o plenário do Senado aprovou um projeto de lei que garante e facilita o acesso a documentos públicos nos três Poderes da República, em todos os níveis de governo, acabando assim com o sigilo eterno de arquivos do governo.
 
Fazendo justiça, ontem Alckmin, governador de SP, sancionou um projeto de lei que prevê um reajuste de 15% no valor do salário base dos policiais civis, militares e científicos e agentes de segurança penitenciária e um novo aumento de 11% em 1/AGO/12.
 
Como foi constatado que, mesmo que as denuncias ainda não tenham provas diretas contra o ministro, Orlando Silva não consegue mais sair da agenda negativa, como aliás foi orientado no final da semana passa por Dilma, o núcleo do governo e líderes experientes da base governista no Congresso já não acreditam na permanência dele no cargo.
Crítica:
 
Aumentando o número de ''boquinhas'' para os ''companheiros'', ontem a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou, em caráter conclusivo, 2 projetos de lei criando 1.853 novos cargos no âmbito do Poder Executivo, sendo 1.293 no Itamaraty e mais 560 na Advocacia Geral da União.

PAZ, amor e bons negócios;

Alfredo Sequeira Filho


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