R.B.
"Novamente ousado"
São Paulo, 19 de outubro de 2011 (QUARTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve seguir em alta, diante (1) da valorização das commodities, (2) da melhora do ''humor'' na demais bolsas mundiais, (3) da divulgação de bons resultados corporativos no Brasil e (3) das ''apostas'' de corte de até -1% da Selic na reunião do Copom que acaba hoje.
- O DÓLAR pode voltar a cair, ainda acompanhando a melhora do ''humor'' nas demais bolsas mundiais e também influenciado pelo ''crescente e constante'' fluxo positivo de recursos externos.
ONTEM
- BOVESPA 2,1%, abriu em queda, para na mínima recuar -1,2%, porem tive uma recuperação bastante brusca nas últimas horas do pregão, movida por especulações de um possível reforço no fundo de estabilidade financeiro da Europa, que é uma das ferramentas estratégicas para combater a crise das dívidas soberanas, principalmente num momento em que os investidores desconfiam cada vez mais da situação financeira de economias como Espanha e Itália.
- DÓLAR -0,6% à R$ 1,76, abriu em alta, para na máxima atingir R$ 1,79, porem passou a cair no final do pregão, acompanhando a melhora do ''humor'' na Bovespa, em uma rodada de negócios marcada pelo volume bastante baixo de operações e pela expectativa pela reunião do Copom.
- Na ÁSIA, devolvendo os ganhos do pregão anterior, JAPÃO -1,5%, CORÉIA -1,4% e CHINA -2,3%, acompanhando as perdas da Europa e dos EUA no dia anterior e prejudicadas por dados que mostraram que o crescimento econômico da China desacelerou ligeiramente mais que o previsto no terceiro trimestre deste ano.
- Na EUROPA, em queda pelo segundo pregão consecutivo, INGLATERRA -0,5%, FRANÇA -0,8% e ALEMANHA -0,4%, novamente com destaques negativos para os bancos da França, depois que a Moody's alertou sobre a possibilidade de rebaixar sua ''nota'' de crédito para o país.
- Nos EUA, revertendo uma abertura negativa, S&P 2,0%, DJ 1,6% e NASDAQ 1,6%, com investidores usando outra notícia sobre um acordo para fortalecer o fundo de resgate da zona do euro como argumento para voltarem a comprar ações com força.
Como as economias da Europa e dos EUA estão ''capengas'' e ainda é enorme a diferença entre os juros domésticos, muito altos, e os juros externos, muito baixos, existe uma parcela do ''mercado'' que ''aposta'' que o Copom será ''novamente ousado'' e reduzirá a Selic em -1%, de 12% para 11%, na reunião que acaba hoje.
Impulsionadas principalmente pelas vendas externas, que acumulam um crescimento de mais de 40% no ano, em SET/11 a produção brasileira de aço bruto cresceu 3,6% sobre igual mês do ano passado.
Cada vez mais ''no centro do mundo'', o Brasil atraiu US$ 32,5bi em investimentos estrangeiros diretos no primeiro semestre de 2011, ficando apenas atrás da China entre os países do Brics, grupo ainda que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul''.
Apostando'' no Brasil, (1) com sua empresa registrando um crescimento de vendas no Brasil superior a 100% nos últimos 12 meses, Tim Cook, presidente-executivo da Apple, destacou o mercado brasileiro como um dos mais promissores para a empresa e (2) a Caterpillar, montadora de máquinas com sede nos EUA, investiu R$ 170mi para construir sua segunda fábrica brasileira, que foi inaugurada ontem na região metropolitana de Curitiba.
Mesmo com a ''choradeira'' dos exportadoras, que reclamam do suposto baixo patamar do dólar, provavelmente até o final do dia de hoje o volume das exportações brasileiras em 2011 deve superar o patamar alcançado em todo ano de 2010 (US$ 201,9bi).
- A Petrobrás subiu 0,8%, após a empresa anunciar (1) que investirá US$ 3,4bi nos próximos 4 anos na ampliação da produção e na melhoria da província petrolífera de Urucu, no coração da floresta amazônica e (2) que seu objetivo é aumentar sua produção de dois para cinco milhões de barris diários nos próximos 10 anos, o que significa um crescimento de 150% no período.
Política:
Alfredo Sequeira Filho