R.B.
"Prática e pragmática"
São Paulo, 25 de março de 2011 (SEXTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA pode subir, retornando a sua trajetória de recuperação após a realização de lucros de ontem, com ''boas chances'' de fechar a semana acima dos 68.000pts, diante da valorização das commodities, da melhora do ''humor'' externo e das boas perspectivas para a economia brasileira.
- O DÓLAR deve seguir em queda, para fechar em território negativo pelo sexto pregão consecutivo, ainda influenciado pelo ''crescente e constante'' fluxo positivo de recursos externos e com o ''mercado testando o BC'', que ameaçou mas não adotou nenhuma medida concreta para conter a valorização do real.
ONTEM
- BOVESPA -0,4%, abriu ''de lado'', para na máxima avançar 0,3%, porem logo passou a cair, mesmo com a valorização das bolsa de NY, registrando perdas nos seus papéis de maior influência nos negócios, como Vale (-1,0%) 3 Petro (-0,8%).
- DÓLAR -0,2% à R$ 1,65, já abriu em queda e, mesmo com a realização de lucros na Bovespa, manteve a trajetória descendente ao longo de ''quase'' todo pregão, para fechar o dia no menor patamar do ano diante do fluxo positivo de recursos externos.
- Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO -0,1%, em meio à permanência das incertezas sobre a usina que está no centro da crise nuclear e às preocupações sobre os cortes de produção acima do esperado nas principais indústrias, CHINA -0,1%, realizando lucros após 4 pregões seguidos de alta, com as perdas nas mineradoras de carvão e nos bancos pesando mais que os ganhos nas petrolíferas e CORÉIA 1,2%, no maior nível de fechamento desde 9/FEV/11, com forte volume de compras por parte dos investidores estrangeiros.
- Na EUROPA, revertendo uma abertura negativa, causada pelo rebaixamento da ''nota'' de Portugal, INGLATERRA 1,5%, FRANÇA 1,4% e ALEMANHA 1,9%, puxadas pelo avanço nos papéis de redes varejistas.
- Nos EUA, ainda em movimento de recuperação, S&P 0,9%, DJ 0,7% e NASDAQ 1,4%, diante do otimismo com os próximos balanços corporativos, principalmente no setor de semicondutores, e da queda na demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego na semana passada.
Criticado por não ser tão ''refém das vontades do mercado'' como Meirelles, seu antecessor no cargo, Tombini, atual presidente do BC, participará hoje à noite de um jantar em SP com um seleto e importante grupo de empresários e banqueiros.
Trabalhando com a premissa do governo Dilma de que investimento em produção não gera inflação, nos 2 primeiros meses deste ano os empréstimos do BNDES cresceram 7% na comparação com o mesmo período de 2010 e somaram R$ 17,2bi.
Dando novos sinais positivos da economia interna, (1) em FEV/11 a taxa de desemprego ficou em 6,4%, o que representa a menor taxa apurada para este mês desde o início desta série histórica iniciada em MAR/02, (2) nos 2 primeiros meses deste ano o saldo do FGTS chegou a R$ 3,8bi, número 46% superior ao registrado no mesmo período do mesmo período de 2010 e (3) em FEV/11 a Previdência Social registrou déficit de R$ -3,3bi, valor -17,6% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado.
Para conter a alta do preço do etanol, que já não é vantajoso na grande maioria dos estados brasileiros e cujas vendas, por este motivo, já recuaram -40% este ano, em ABR/11 o Brasil deverá importar cerca de 200 milhões de litros do referido combustível dos EUA.
Diante da instabilidade da bolsa, da elevação dos juros e da baixa rentabilidade da poupança, em FEV/11 o estoque de títulos públicos vendidos por meio do Tesouro Direto nas mãos de pessoas físicas ultrapassou o patamar recorde de R$ 5bi, o que representa um aumento de 50% nos últimos 12 meses.
Levemente acima das ''apostas do mercado'' (0,36%), porem bem abaixo do resultado apurado no mesmo período de FEV/11 (0.70%), o IPC da terceira quadrissemana de MAR/11 ficou em 0,37%, pressionado principalmente pelos grupos Saúde (0,67%) e Vestuário (0,56%).
- A JBS caiu -3,6%, após anunciar que registrou um prejuízo de R$ -264mi em 2010, ante um lucro de R$ 220,1mi no balanço anterior.
- A MMX subiu 4,5%, após anunciar um lucro líquido de R$ 83,8mi no quarto trimestre de 2010, contra um prejuízo de R$ -65,2mi no mesmo período de 2009.
- A Brasil Foods subiu 1,5% e, apos o fechamento do pregão, anunciou que em 2010 seu lucro liquido foi 125% maior que no mesmo período de 2009.
- A Paranapanema caiu -2,4%, mesmo após anunciar que, pela primeira vez em 15 anos, pagará dividendos de R$ 0,22 por ação.
Política:
Alfredo Sequeira Filho