R.B.
"Bom indicativo"
São Paulo, 16 de março de 2011 (QUARTA-FEIRA).
HOJE
- A BOVESPA deve subir, retornando à sua trajetória de alta após a leve queda do pregão anterior, influenciada positivamente pela valorização das demais bolsas mundiais e pelas perspectivas positivas para a economia brasileira.
- O DÓLAR pode cair, retornando à sua ''trajetória natural'', seguindo a provável melhora do ''humor'' na Bovespa e ainda influenciado pelo elevado patamar da taxa real de juros da economia brasileira (5,9%).
ONTEM
- BOVESPA -0,2%, abriu em queda, para na mínima recuar -2,6%, porem, mesmo com o forte ''humor negativo'' nas demais bolsas mundiais, recuperou ''quase'' todas as perdas ao longo do pregão, diante de sinais internos positivos de queda da inflação e bom desempenho da economia.
- DÓLAR 0,3% à R$ 1,66, abriu em forte alta, para na máxima atingir R$ 1,69, porem, seguindo a melhora do ''humor'' na Bovespa, foi perdendo ''força'' ao longo do pregão, com os exportadores se aproveitando da valorização para entrar vendendo com muita força.
- Na ÁSIA, abaladas pelas novas explosões em reatores nucleares na terceira maior economia do mundo, JAPÃO -10,5%, a maior queda percentual desde a falência do banco Lehman Brothers e no menor patamar desde 28/ABR/09, já que desta vez a ampliação da crise nuclear deflagrou o pânico entre os investidores, CHINA -1,4%, com destaques de queda para as mineradoras de carvão Yanzhou Mining (-5,1%) e China Coal Energy (-2,9%) e CORÉIA -2,4%, com destaques de queda para as empresas de tecnologia e de siderurgia, que haviam se diferenciado do restante da Bolsa na segunda-feira.
- Na EUROPA, seguindo as fortes perdas da bolsa de Tóquio, INGLATERRA -1,4%, FRANÇA -2,5% e ALEMANHA -3,2%, ainda influenciadas negativamente pelas preocupações de que a crise nuclear do Japão afetará a economia do país e o crescimento econômico mundial.
- Nos EUA, recuperando uma boa parte das perdas da abertura, S&P -1,1%, DJ -1,1% e NASDAQ -1,2%, diante de previsões mais otimistas do Fed (''BC'' local) em relação à economia e do sentimento crescente de que a crise nuclear no Japão irá depreciar o preço das ações somente a curto prazo.
''Otimista'' e ressaltando que as medidas macropudenciais, em conjunto com a consolidação fiscal, devem possibilitar que a economia siga em crescimento sem descompasso entre oferta e demanda, o Ministério da Fazenda ''avisou'' que espera um crescimento médio de 5,9% da economia brasileira durante os 4 anos de governo Dilma.
Indelicado, porem correto, Carlos Lupi, ministro Trabalho, afirmou que o Brasil poderá ganhar mais do que ter prejuízo com a tragédia que ocorreu no Japão, já que segundo ele haverá uma grande demanda por produtos brasileiros, como alimentos e aço, durante a reconstrução de cidades japonesas.
Apresentando um ''bom indicativo'' de para onde caminha o ranking das maiores economias do mundo, em JAN/11 a China liderou a produção mundial de automóveis, os EUA ficaram em segundo lugar, o Japão em terceiro, a Índia em quarto e o Brasil ocupou a quinta posição.
Dando novos sinais positivos da economia interna, (1) em JAN/11 a atividade comercial registrou um aumento de 8,3% na comparação com JAN/10 e (2) em FEV/11 o número de empregos formais criados bateu um recorde para o mês, alcançando 280.799 postos, contra 209.425 no mesmo período de 2010.
Mesmo com a infraestrutura ainda precária e deficitária, o setor de turismo do RJ nunca faturou tanto como neste Carnaval, já que, recebendo 1 milhão de pessoas, gerou uma receita de R$ 1,2bi no período.
- Beneficiando a Petrobrás, ontem a Agência Internacional de Energia revisou para cima suas ''apostas'' para a demanda mundial de petróleo em 2011.
Política:
Alfredo Sequeira Filho