R.B. 15/MAR/11 ''Apostas Macabras''


R.B.

"Apostas macabras"

 

São Paulo, 15 de março de 2011 (TERÇA-FEIRA).


Mercados:

 

HOJE

-    A BOVESPA pode seguir em alta, ainda recuperando perdas recentes, diante das ''apostas macabras'' de que o terremoto no Japão vai prejudicar as concorrentes e aumentar a demanda por produtos de algumas empresas brasileiras.

-    O DÓLAR deve voltar a cair, com o ''mercado testando'' o BC, que ameaça mas não adota novas medidas para conter a valorização do real, e ainda influenciado pelo ''crescente e constante'' fluxo positivo de recursos externos.

 

ONTEM

-    BOVESPA 0,7%, abriu em queda, para na mínima recuar –0,7%, porem, mesmo com as perdas das demais bolsas mundiais, passou a subir na parte da tarde, diante de ''boas novas'' internas como (1) novos sinais de queda da inflação, (2) resultados corporativos positivos e (3) perspectivas positivas para a economia brasileira.

-    DÓLAR –0,1% à R$ 1,66, abriu em alta, para na máxima atingir %, porem, acompanhando o ''humor positivo'' na Bovespa, passou a cair na parte da tarde, também influenciado pela manutenção do fluxo positivo de recursos externos.

-    Na ÁSIA, sem uma tendência única, JAPÃO –6,2%, em meio às preocupações com a situação de emergência nuclear no país depois do devastador terremoto e tsunami de sexta-feira, CHINA 0,9%, diante da redução das preocupações sobre novas medidas de aperto monetário, à medida que os números econômicos de FEV/11 mostraram queda acima das expectativas nos novos empréstimos e CORÉIA 0,8%, diante da expectativa de que alguns setores se beneficiem do terremoto no Japão, como as empresas de tecnologia, siderúrgicas e refinarias de petróleo.

-    Na EUROPA, após um pregão marcado pela volatilidade, diante das dúvidas sobre os impactos que o terremoto que atingiu o Japão na semana passada pode ter sobre a economia global, INGLATERRA –0,9%, FRANÇA –1,3% e ALEMANHA –1,6%, nos menores patamares dos últimos 3 meses e com destaques de queda para as ações das seguradoras.

-    Nos EUA, mantendo a trajetória negativa ao longo de todo pregão, porem com baixo volume de negócios, S&P –0,6%, DJ –0,4% e NASDAQ –0,5%, com destaques de queda para as empresas do setor de energia nuclear.


Economia:
 

''Apostando'' no Brasil, Lisa Schineller, diretora de ratings soberanos da agência de classificação de risco Standard & Poor's, afirmou que a economia brasileira está preparada para uma piora do cenário internacional e, eventualmente, outra crise global, ressaltando porem que a transparência fiscal e as políticas fiscais em equilíbrio com as necessidades em infraestrutura são elementos mais importantes no momento.

 

Mais produtiva, mais competitiva e mais ágil, em 2010 a China destronou os EUA  e se tornou a maior potência manufatureira do mundo, já que no ano passado sua produção representou 19,8% da produção mundial, contra 19,4% da economia norte-americana.

 

Dando mais um sinal positivo da economia interna, mesmo com o aumento dos juros, o setor de materiais de construção espera um faturamento com vendas 8,5% maior este ano do que em 2010, patamar menor que o registrado em 2010, quando o segmento faturou 10,6% mais que em 2009.

 

Conforme já se esperava, como fruto da facilitação do acesso e da ampliação das linhas de credito, nos 2 primeiros meses de 2011 a inadimplência do consumidor brasileiro apresentou um crescimento de 25,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Como que ''insatisfeito'' com os sinais do Copom de que a Selic pode subir somente mais uma vez, o ''mercado'' voltou a elevar, desta vez de 5,78% para 5,82%, suas 'apostas'' para IPCA de 2011.

 

Apresentando, mesmo com a queda do dólar e com o Carnaval, um resultado 310,6% maior que no mesmo período de 2010, nas 2 primeiras semanas de MAR/11 a balança comercial brasileira acumulou um superávit de US$ 841mi.

 

-    A Hypermarcas subiu 2,2%, mesmo após anunciar que seu lucro líquido em 2010 foi -10,3% menor que no mesmo período de 2009.


Política:

 

Como um ''premio de consolação'', Meirelles, ex-presidente do BC, foi indicado por Dilma para presidir a Autoridade Pública Olímpica, que irá gerenciar as obras para os Jogos Olímpicos do RJ em 2016.

 

Permitindo a propagação de casos de corrupção, os projetos de lei para a regulamentação do lobby estão longe de um consenso e não figuram em nenhuma lista de prioridades entre os temas que devem ser levados ao Congresso, permanecendo adormecidas em gavetas da Casa Civil da Presidência da República e do Congresso.

 

Em mais uma tentativa de renovação, depois de um longo período de disputas internas e sob ameaça de grande debandada, o DEM elege hoje um novo comando nacional na expectativa de se manter como o segundo maior partido de oposição ao governo.


Crítica:

 

Em uma inversão de costumes, como a economia dos EUA ainda luta para voltar a crescer e a taxa de desemprego do país é de quase 9%, cada dia mais cidadãos norte-americanos, beneficiados pela baixa qualificação da mão de obra brasileira, têm enxergado oportunidades profissionais no Brasil.


PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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