"Frases fáceis"
São Paulo, 11 de agosto de 2010 (QUARTA-FEIRA).
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Mercados:
HOJE
- A BOVESPA deve cair, ainda prejudicada pelas incertezas e pela instabilidade do cenário externo, porem deve-se ressaltar que o patamar pode ficar atraente para compras, diante da manutenção das boas perspectivas para a economia brasileira.
- O DÓLAR pode seguir em alta, acompanhando o provável ''humor negativo'' da Bovespa, porem deve-se ressaltar que a tendência da moeda norte-americana permanece de queda, diante da manutenção e da expectativa de ampliação do fluxo positivo de recursos externos.
ONTEM
- BOVESPA -0,9%, já abriu em queda e, em mais um pregão de realização de lucros, manteve a trajetória descendente ao longo de toda sessão, pressionada pela queda nos mercados internacionais e pela desvalorização das "blue chips" Vale (-1,2%) e Petrobras (-1,4%), diante da redução dos preços das commodities no mercado internacional.
- DÓLAR 0,3% à R$ 1,76, já abriu em alta e, acompanhando a piora do ''humor'' na Bovespa, manteve a trajetória ascendente ao longo de todo pregão, também influenciado pelos leilões de compra do BC.
- Na ÁSIA, seguindo as perdas das demais bolsas mundiais no dia anterior, JAPÃO -0,2%, diante da decepção ante a postura passiva do BC local em relação a valorização da moeda local (o iene) frente ao dólar, o que causou perdas nas exportadoras, como TDK (-1,7%) e Fanuc (-0,6%), CHINA -2,9%, no menor nível em 2 semanas, com destaques de queda para ações dos setores bancário e imobiliário e CORÉIA -0,5%, em um movimento de realização de lucros e de cautela diante da expectativa sobre a definição da taxa de juros nos EUA.
- Na EUROPA, em mais um dia de realização de lucros, INGLATERRA -0,6%, FRANÇA -1,2% e ALEMANHA -1,0%, prejudicadas pelo anuncio de que em JUL/10 as importações chinesas cresceram abaixo do esperado, o que causou queda das exportadoras de commodities, como as mineradoras Vedanta Resources (-3,9%) e Xstrata (-2,9%).
- Nos EUA, recuperando boa parte das perdas acumuladas na abertura, S&P -0,6%, DJ -0,5% e NASDAQ -1,2%, após o Fed (''Copom'' local), alem de fazer uma avaliação pessimista da economia, anunciar novas medidas para estimular o crescimento do país.
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Economia:
Após causar ''desconforto'' ao afirmar que deseja que o governo saia "mais dono" da Petrobras após a capitalização da empresa, Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, afirmou que (1) espera um preço em torno de US$ 7 ou US$ 8 para o barril de petróleo, (2) confia na realização da operação em SET/10 e (3) seria bom se o governo aumentasse sua presença no capital da companhia de 32% para aproximadamente 40%, com a compra de sobras em dinheiro, e não com títulos públicos.
Ressaltando que os críticos do BNDES tem ''dor de cotovelo'', Mantega, ministro da Fazenda, voltou a defender os empréstimos do referido banco de fomento, que segundo ele é lucrativo, tem uma inadimplência muito baixa e desempenhou uma função importante na implementação de políticas anticíclicas usadas no combate à crise econômica mundial.
Estimulando o crescimento da economia, no primeiro semestre deste ano o volume de crédito total no Brasil atingiu o equivalente a 45,7% do PIB, o que, segundo o Ministério da Fazenda, representa um recorde histórico, liderado aliás pelos empréstimos para pessoas físicas, que apresentaram uma expansão acumulada de 16,6% nos últimos 12 meses.
Como fruto do aumento da renda e da ascensão social, (1) no primeiro semestre deste ano o mercado de previdência privada teve um crescimento de 18,11% nos depósitos na comparação com o mesmo período de 2009, (2) nos 6 primeiros meses de 2010 a venda de novas cotas de consórcio de automóveis e comerciais leves cresceu 32,5% na comparação com igual período de 2009, (3) a classe C deve corresponder a 103 milhões de pessoas neste ano, o que representa um crescimento de 21,5% frente a 2008.
Podendo reduzir os ''temores'' do Copom de inflação de demanda, (1) apesar da queda na produção industrial no segundo trimestre, o governo prevê um crescimento de 11,5% em 2010 no confronto com o ano anterior e (2) segundo projeções do Ministério da Fazenda, o consumo das famílias deve encerrar o ano com alta de 6,6%, e os investimentos devem representar avanço de 20,4%.
Registrando o sexto mês consecutivo de expansão, em JUN/10 o nível de emprego na indústria brasileira cresceu 0,5% na comparação com o mês anterior e 4,9% na comparação com o mesmo período de 2009, o que representa o maior crescimento desde o início da série histórica, iniciada em JAN/01.
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Política:
Segura, convincente e mostrando humildade, ontem Marina Silva foi entrevistada pelo JN e, repetindo seu discurso, cada dia mais compreendido, de que desenvolvimento e meio ambiente caminham juntos, se colocou como uma candidata da evolução, ressaltando que se ganhar quer governar com os melhores e que é fundamental um diálogo entre o PT e o PSDB.
Na próxima terça-feira começa o horário eleitoral gratuito e no primeiro programa (1) Dilma apostará todas as fichas na associação com Lula, (2) Serra vai investir em mostrar programas de seu governo, para tentar mostrar que tem "sensibilidade social" e (3) Marina mostrará os artistas que apóiam sua candidatura.
Usando suas 'frases fáceis'' para mostrar seu apoio a Dilma, Lula afirmou, durante um discurso em MG, que teria coragem de viajar 10 anos e deixar meu carro zero quilômetro e 10 talões de cheque assinados em branco na mão da sua candidata à presidência.
Após os tucanos de MG dizerem que entre os "mais de 600 prefeitos" que apóiam Anastasia estão também petistas e peemedebistas, a direção do PMDB mineiro emitiu uma resolução para punir os peemedebistas infiéis à candidatura do senador Hélio Costa ao governo do Estado, em aliança com o PT.
Ajudada pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF, a tucana Maria de Lourdes Abadia, condenada por compra de votos em 2006 e principal nome do PSDB no DF, está livre da Lei do Ficha Limpa.
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Crítica:
Seguindo as ''ordens'' de Lula, a Petrobrás tem um programa para estimular a compra de produtos e serviços brasileiros, porem este programa já esbarra na falta de tecnologia dos fabricantes e na dificuldade de elevar a escala de produção a curto prazo, o que coloca em dúvida a capacidade das empresas acompanharem o ritmo da demanda da gigante do petróleo.
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PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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