R.B. 13/OUT/09 "Grande salto"

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R.B.

"Grande salto"

São Paulo, 13 de outubro de 2009 (TERÇA-FEIRA).
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Mercados:

HOJE
- A BOVESPA deve seguir em alta, acompanhando o desempenho das demais bolsas mundiais e ainda influenciada pelas boas perspectivas para a economia interna, porem deve-se ressaltar que, após avançar 70,6% no ano, o patamar é muito interessante para a venda já que a bolsa brasileira pode estar próxima de uma realização de lucros.
- O DÓLAR pode seguir em queda, já ''ameaçando'' o suporte dos R$ 1,70, posto que, mesmo com os leilões de compra do BC, é cada vez mais forte o fluxo positivo de recursos externos oriundos de exportações, captações e investimentos.

SEXTA-FEIRA
- BOVESPA 0,5%, abriu em queda, para na mínima recuar -0,4%, porem, mais uma vez influenciada pelo forte fluxo de capital estrangeiro, passou a subir ainda na parte da manhã, para fechar no maior patamar desde JUN/08 (aos 64.071pts).
- DÓLAR -0,1% à R$ 1,73, já abriu em queda e, acompanhando a tendência internacional da moeda norte-americana, manteve a trajetória descendente ao longo de ''quase'' todo pregão, também influenciado pelo recuo do risco-Brasil (-3,6%).

ONTEM
- Na ÁSIA, com baixo volume de negócios, JAPÃO não operou devido à feriado local, CORÉIA -0,4%, pressionada pelas fortes baixas nas ações dos estaleiros, como Hyundai Heavy Industries (-3,6%), Daewoo Shipbuilding (-3,5%) e STX (-1,9%) e CHINA -0,6%, pressionada por ações de empresas do setor petrolífero, já que o governo baixou o preço de combustíveis.
- Na EUROPA, com os investidores otimistas em relação a atual temporada de balanços corporativos, após a Philips divulgar um lucro acima das expectativas, INGLATERRA 0,9%, FRANÇA 1,0% e ALEMANHA 1,2%, com destaques de alta para as ações do setor de energia e mineração.
- Nos EUA, sem uma tendência única, S&P 0,4%, DJ 0,2% (no maior patamar desde 6/OUT/08) e NASDAQ -0,1%, em uma pausa antes de enfrentar uma série de resultados de empresas nesta semana.
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Economia:

Respaldos tanto em efeitos estatísticos como em perspectivas de manutenção da demanda doméstica e recuperação de investimentos, já não são poucos os analistas e economistas que projetam que em 2010 a economia brasileira, ainda influenciada pelo impacto de políticas econômicas expansionistas adotadas neste ano, crescerá acima de 5%.

Diante do aumento da renda e da melhora nas condições econômicas, em SET/09 os fundos de previdência privada deram um salto e passaram, pela primeira vez, a responder por mais de 10% do total do mercado, já ameaçando superar os fundos de ações, que respondem por 11,4% do total aplicado no país.

Aumentando ainda mais a ''blindagem'' da economia brasileira, na ultima quinta-feira as reservas internacionais do Brasil, ''turbinadas'' pelas compras do BC para segurar a cotação do dólar, atingiram US$ 231,5bi, o que representa o maior patamar da história.

Podendo fazer o Brasil dar um ''grande salto'' na direção de se tornar um dos maiores produtores de energia deste século, os EUA implementarão um novo Mandato de Combustíveis Renováveis cujas regras que poderão abrir um mercado potencial de 15 bilhões a 40 bilhões de litros de etanol brasileiro nos próximos 12 anos.

Com o setor agrícola brasileiro desenvolvendo toda sua potencialidade, entre JUL e AGO/09, que são os 2 primeiros meses da meses da safra 2009/2010, os produtores rurais brasileiros tomaram R$ 15,3bi em crédito, valor 50% mais alto que contratado em igual período do ciclo passado e, de acordo com o Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, o maior já liberado nos primeiros 60 dias de uma safra.

Dando mais um ''sólido sinal'' de controle da inflação, a primeira prévia do IGP-M de OUT/09 ficou em 0,10%, patamar abaixo do esperado (0,18%) e também aquém do registrado no mesmo período de SET/09 (0,28%).
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Política:

Como não quer prejudicar ainda mais a já combalida campanha de Dilma e acredita que deve usar sua ''força política'' para a tramitação dos projetos do pré-sal, Lula disse a assessores que o projeto de cobrar Imposto de Renda sobre a poupança perdeu seu "tempo político" e que não quer mais envia-lo ao Congresso.

Prejudicados e ''pagando as contas'' das crises que desmoralizaram o Senado neste ano, antigas estrelas da política nacional, tanto da base aliada, como Mercadante e Renan Calheiros, como da oposição, como Tasso Jereissati e Sergio Guerra, correm sérios riscos de não se reelegerem nas eleições de 2010.

Confirmando que Sarney ainda manda, e muito, foi revelado que o executivo Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, ''comanda'' a agenda do ministro de Minas e Energia Edison Lobão, o que fez a oposição cobrar uma apuração da Polícia Federal e do Ministério Público para saber se o titular da pasta não cometeu crime.
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Crítica:

Esquecendo-se de suas provocações futebolísticas, o prestigiado jornal argentino "La Nación" afirmou que, enquanto a Argentina perde espaço e importância no cenário internacional, o Brasil se consolida como ''líder regional e ator global de primeira ordem", ressaltando que isto é resultado do trabalho de Lula.
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PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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