"A lista dos gringos que apostam no Brasil"
São Paulo, 26 de agosto de 2009 (QUARTA-FEIRA).
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Mercados:
HOJE
- A BOVESPA deve subir, ainda com ''boas chances'' de fechar AGO/09 acima dos 58.000pts, influenciada pela gradativa melhora nas expectativas para a economia brasileira e pelos sinais de recuperação das principais economias mundiais.
- O DÓLAR pode cair, retomando sua ''trajetória natural'' após 2 pregões consecutivos de alta, seguindo os mesmos motivos que devem levar à valorização da Bovespa e ainda influenciado pelo fluxo positivo de recursos externos.
ONTEM
- BOVESPA -0,6, abriu ''de lado'', para na máxima avançar 0,9%, porem passou a cair nas ultimas 2 horas do pregão, realizando lucros após 5 altas consecutivas e também influenciada negativamente pelo recuo nos preços das commodities.
- DÓLAR 0,6% à R$ 1,86, também abriu ''de lado'', para na mínima atingir R$ 1,83, porem, acompanhando a piora do ''humor'' na Bovespa, logo passou a subir, também influenciado pela elevação do risco-Brasil (2,7%).
- Na ÁSIA, realizando lucros recentes, JAPÃO -0,8%, com destaques de queda para ações de empresas exportadoras do setor tecnológico, como Tokyo Electron (-2,3%) e Advantest (-2,3%), diante da valorização da moeda local (o iene) frente ao dólar, CHINA -2,6%, diante do aumento das preocupações de que os bancos possam lançar novas ações para expandir seus negócios, o que prejudicaria a liquidez do mercado e CORÉIA -0,7%, com destaques negativos para as gigantes Samsung Electronics (-1,0%) e Hyundai Motor (-0,9%).
- Na EUROPA, seguindo a abertura positiva das bolsas de NY, INGLATERRA 0,4%, FRANÇA 0,8% e ALEMANHA 0,7%, impulsionadas principalmente por ações de empresas de telecomunicações, como France Telecom (3,7%) e Vodafone (2,4%), após o setor ter a recomendação de seus papéis elevada pelos analistas do JPMorgan.
- Nos EUA, ''aliviadas'' inicialmente pela confirmação de que Obama indicou Bernanke para um segundo mandato no FED (''BC'' local), S&P 0,2%, DJ 0,3% e NASDAQ 0,3%, posteriormente sustentadas pelo anuncio de que (1) no segundo trimestre os preços dos imóveis apresentaram seu primeiro aumento em 3 anos e (2) o índice de confiança do consumidor na economia de seu país avançou para 54,1pts em AGO/09.
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Economia:
Cada dia mais otimista, Meirelles, presidente do BC, afirmou que o Brasil (1) está saindo da crise econômica de uma maneira mais rápida que o resto do mundo e (2) já vive "um sólido início de recuperação" e (3) tem maior espaço para crescer, porque há investimentos que ainda estão amadurecendo.
Aumentando ''a lista dos gringos que apostam no Brasil'', segundo a consultoria Economist Intelligence Unit, braço de pesquisas da revista Economist, a economia brasileira deve sair da crise global "relativamente ilesa" graças (1) às reformas feitas nesta década, (2) ao impacto "altamente benéfico" dos preços mais altos das commodities, que aliás deve subir ainda mais com o crescimento da demanda na China, (3) ao estímulo ao consumo interno e (4) a uma base industrial e exportadora altamente diversificada.
Como ''frutos negativos'' da redução dos efeitos da crise econômica mundial sobre a economia brasileira, segundo dados do BC, (1) ocorreu um aumento nas remessas de lucros e dividendos para o exterior, já que, enquanto entre JAN e ABR/09 essas remessas tiveram uma redução de -64% na comparação com o mesmo período do ano passado, entre MAI e JUL/09 houve uma recuperação e o percentual de queda foi reduzido para -31% na mesma base de comparação e (2) em JUL/09 os investimentos estrangeiros diretos no setor produtivo recuaram -11,2% na comparação com JUN/09 e -60,3% sobre JUL/09.
Dando mais um sinal de que a inflação está ''110%'' controlada e que o Copom pode seguir cortando a Selic, o IPCA-15, influenciado principalmente pela desaceleração dos preços dos alimentos, apontou inflação de apenas 0,23% em AGO/09, acumulando com isto uma alta de 2,95% no ano e de 4,34% nos últimos 12 meses.
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Política:
Acreditando que achou uma ''boa desculpa'' para justificar seu apoio a Sarney, Lula afirmou que só existe uma crise política no Brasil porque a crise financeira global não atingiu o país como a oposição imaginava, ressaltando que mais de 500 mil brasileiros deixaram a linha da pobreza desde OUT/08, quando fervilhava o colapso do subprime nos EUA.
Defendendo seus votos, Suplicy, que de bobo sé tem a cara, subiu ontem na tribuna do Senado com um cartão vermelho na mão para cobrar a renúncia de Sarney da presidência da Casa, ressaltando que o coronel maranhense deve esclarecer as denúncias que existem contra ele.
Segundo fontes oficiais, custou aos cofres públicos R$ 4.052.496,00 o sistema de segurança da Presidência da República que ''sem querer'' apagou as imagens de NOV a DEZ/08, período em que a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira diz ter se reunido com Dilma no Palácio do Planalto.
Aumentando a pressão sobre o governo, mesmo depois de enterrar as 11 representações contra Sarney no Conselho de Ética, exigindo os votos dos 3 senadores petistas, e de cobrar o apoio do Planalto e do PT aos candidatos peemedebistas nos Estados para, em troca, ficar ao lado da pré-candidatura da ministra Dilma, o PMDB agora quer que a equipe econômica libere logo o dinheiro das emendas dos parlamentares previstas no Orçamento deste ano e para isto já conduziu uma obstrução das votações na Câmara.
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Crítica:
Como se considera um gênio e, por este ''simples motivo'', acha que tem a obrigação de meter o seu ''brilhante bedelho'' em tudo, Serra, governador de SP, afirmou que foi "precipitada" a determinação do modelo de exploração do pré-sal e defendeu uma audiência pública com Estados e municípios exploradores de petróleo para determinar as novas regras.
Acompanhando as principais democracias do mundo, ontem a Suprema Corte de Justiça da Argentina, em sintonia com a posição defendida publicamente pela presidente Cristina Kirchner e também pelo ex-presidente brasileiro FHC, declarou inconstitucional o artigo 14 da lei 23.737, que prevê até seis anos de prisão para adultos consumidores de pequenas quantidades de maconha e outros tipos de entorpecentes.
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PAZ, amor e bons negócios;
Alfredo Sequeira Filho
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