R.B. 23/MAR/20 "Remédio em excesso se torna veneno"



"Remédio em excesso se torna veneno"

São Paulo, 23 de março de 2020 (SEGUNDA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em queda, mesmo após fechar o pregão anterior no menor patamar desde AGO/17 e assim acumular queda de -42,0% no ano, acompanhando as perdas das demais bolsas mundiais e influenciada pelos temores de anúncio de fechamento temporário da bolsa tupiniquim e (2) o DÓLAR pode subir, ampliando a valorização acumulada no ano (25,9%), seguindo a esperada manutenção do “humor negativo” na bolsa brasileira e impulsionado pela trajetória internacional da moeda norte-americana.

Sexta-feira no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu -1,8% (aos 67.069pts), revertendo os ganhos da abertura, quando na máxima atingiu 72.247pts, para fechar a semana acumulando perdas de -18,9%, acompanhando a piora do “humor” nas bolsas de NY diante dos temores do que pode acontecer nas próximas semanas e meses em meio à circulação do coronavírus e (2) o DÓLAR caiu -1,5% à R$ 5,03, influenciado pelos intensivos leilões de venda do BC e seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana.

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão não teve pregão por conta de feriado local e China 1,6%, diante dos sinais de que o país está vencendo a batalha contra o coronavírus, (2) da EUROPA, Inglaterra 1,8%, França 5,0% e Alemanha 3,7%, aliviadas pelo esforço conjunto dos BCs da região de implementar medidas para combater o impacto econômico da pandemia e (3) dos EUA, revertendo uma abertura positiva, para fecharem com os piores resultados semanais desde 2008, S&P -4,3%, DJ -5,4% e NASDAQ -3,8%, diante de declarações do presidente Trump anunciando novas medidas para restringir a circulação de pessoas para conter a pandemia de coronavírus, inclusive no Estado de NY.

Na tentativa de mitigar os impactos econômicos da pandemia, o BC Europeu anunciou novas medidas de flexibilização regulatória para o sistema bancário, o que deve garantir que bancos possam continuar a cumprir seus papéis de financiar famílias e empresas em meio ao choque econômico do coronavírus na economia global.

Segundo Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, o projeto de lei que prevê apoio econômico devido ao coronavírus que está sendo finalizado pelo Congresso norte-americano incluirá um pagamento único de US$ 3.000 a famílias e permitirá que o FED (“BC” local) levante até US$ 4tri em liquidez para fomentar a economia do país.

Com o objetivo de atenuar os efeitos da crise econômica causada pelo coronavírus, o governo Bolsonaro publicou na noite de ontem uma MP que autoriza suspensão do contrato de trabalho por até 4 meses, período no qual a empresa será obrigada a oferecer curso de qualificação online ao trabalhador e a manter benefícios, como plano de saúde.

Repetindo as palavras da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Benchimol, fundador e CPT da XP Investimentos, afirmou que o governo brasileiro precisa de um Plano Marshall para evitar que o país enfrente uma situação de caos social gerado por desemprego durante o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

Rendendo-se à realidade dos fatos, na sexta-feira, após o fechamento do pregão, o Ministério da Economia cortou a projeção oficial para o crescimento do PIB tupiniquim em 2020, desta vez de 2,10% para 0,02% ao ano.

Mostrando bastante pessimismo, segundo um estudo divulgado pela FGV a economia tupiniquim pode ter retração de -4,4% neste ano por conta dos impactos da crise do coronavírus.

Alertando que, por conta do coronavírus, a economia tupiniquim terá uma retração de -0,7% neste ano, o Itaú, no entanto, “aposta” que haverá forte recuperação em 2021, ano cuja expansão do PIB foi revista de 3,0% para 5,5%.

Dando uma ótima sugestão, Ricardo Lacerda, sócio-fundador do BR Partners, que no ano passado foi o banco líder dos rankings de fusões e aquisições, tendo movimentado mais de US$ 21bi, afirmou que (1) há muitas empresas boas a “preço de banana”, (2) quando as coisas se estabilizarem, veremos uma recuperação rápida e (3) o câmbio deve voltar aos níveis de R$ 4,20 a R$ 4,30 até AGO/20.

Com uma boa dose de razão, Bolsonaro acusou os governos estaduais, principalmente de SP e RJ, contribuem para aumentar a taxa de desemprego no país ao restringirem a atividade econômica com medidas de precaução contra a pandemia do coronavírus.

A decisão canalha e populista do governador tucano Doria de decretar estado de calamidade pública em SP, custará, segundo cálculos (1) de economistas, R$ 2bi por semana e (2) da FecomercioSP uma perda diária de cerca de R$ 300mi de faturamento bruto no comércio não essencial, setor que agrega autopeças, concessionárias, eletrodomésticos, construção, móveis e decoração e vestuário.

Seguindo na linha do “quanto pior melhor”, na tarde de ontem o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, que é comandado pela organização criminosa petista, decretou estado de greve para todos os 40 mil funcionários das fábricas da região, alegando que os funcionários estão expostos ao surto do novo coronavírus.

Em uma conta conservadora, as associações ligadas a bares e restaurantes de SP afirma que, na melhor hipótese, cerca de 10% dos estabelecimentos da capital paulista devem fechar por conta da crise deflagrada para conter o surto de coronavírus.

Apesar dos apelos de parte dos profissionais do mercado de capitais, a CVM informou que não há, neste momento, nenhuma discussão relacionada a interrupção de negócios realizados em Bolsa e que tampouco existe a suposta "pressão" desta autarquia junto à B3 para que as atividades realizadas pela instituição sejam interrompidas.

Política:

Provando que as coisas poderiam ser feitas de maneira mais simples, rápida e barata, na sexta-feira passada aconteceu a primeira sessão remota realizada no Congresso, com o Senado aprovando, por unanimidade, o projeto de decreto legislativo do presidente Bolsonaro que reconhece estado de calamidade pública no Brasil em decorrência da crise do coronavírus.

Populistas, socialistas e oportunistas, (1) Doria, governador tucano de SP, afirmou que o país não tem uma liderança em condições de orientar os brasileiros, de tomar as atitudes corretas e de liderar sua equipe e (2) Bruno Covas, prefeito de SP, anunciou que vai gastar R$ 10mi para colocar 8 mil artistas tocando em janelas de prédios da cidade.

Canalha, oportunista e pilantra, Gilmar Mendes, advogado da organização criminosa tucana e ministro do STF, enviou nos últimos dias a parlamentares a minuta de uma proposta de Emenda à Constituição que transforma o regime brasileiro em semipresidencialista, redigida por ele em 2017.

Após ressaltar que as medidas de isolamento decretadas por prefeitos e governadores, a deputada estadual Janaina Paschoal afirmou que as Forças Armadas não devem obediência ao Presidente da República.

Com a TV Globo, líder da nefasta imprensa socialista tupiniquim, logrando êxito em sua narrativa terrorista e alarmista, segundo uma pesquisa divulgada hoje (1) 54% discordaram da frase de Bolsonaro de que há histeria sobre o novo coronavírus e (2) 73% concordam com o isolamento forçado em casa.

Ressaltando que “remédio em excesso se torna veneno”, o presidente Bolsonaro, que está correto ao se mostrar tranquilo e sem medo, criticou governadores que, mandando suspender totalmente a circulação de pessoas, estão criando um clima de terror junto à população e causarão enormes estragos na economia do país.

Crítica:

Ascendendo a luz vermelha, Mandetta, ministro brasileiro da Saúde, “avisou” que espera que a curva de elevação do coronavírus deve se iniciar nos próximos 8 dias e só entrará em queda em SET/20, ressaltando que em ABR/20 o sistema de saúde pública entrará em colapso.

Segundo evidencias disponíveis, a taxa de letalidade do coronavírus é de cerca de 1%, o que indica que paralisar o mundo todo, com implicações financeiras e sociais incalculáveis, parece ser totalmente irracional.

Aos invés de isolar toda a população, causando a destruição da economia, países desenvolvidos como Holanda e Inglaterra estão adotando “uma estratégia diferente para combater o coronavírus”, protegendo e isolando apenas os que correm maior risco de morrer ou sofrer danos de longo prazo (idosos e pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade) e tratando o resto da sociedade basicamente da mesma forma que sempre lidamos com ameaças mais familiares como a gripe.

PAZ, amor e bons negócios;

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