R.B. 6/DEZ/18 "Fazer mais um golaço"



"Fazer mais um golaço"

São Paulo, 6 de dezembro de 2018 (QUINTA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve cair, acompanhando as fortes perdas das principais bolsas mundiais e pressionada pelo substancial recuo das commodities, porem o patamar pode ficar interessante para compras de quem “aposta” na recuperação da economia tupiniquim e (2) o DÓLAR pode subir, seguindo a esperada piora do “humor” na bolsa tupiniquim e também influenciado pela valorização internacional da moeda norte-americana.

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 0,5%, tentando se descolar do movimento das demais bolsas mundiais, com baixo volume de negócios (R$ 8,5bi) por conta do feriado nos EUA, porem beneficiada pela valorização das commodities e pela divulgação de dados positivos da economia tupiniquim e (2) o DÓLAR subiu 0,3% à R$ 3,87, revertendo uma abertura negativa, para fechar o dia acompanhando a trajetória internacional da moeda norte-americana, em meio a renovados temores sobre os rumos na economia mundial e um movimento pontual de saída de estrangeiros.

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão -0,5% e China -0,6%, reagindo às fortes perdas das bolsas de NY no dia anterior, em meio a preocupações sobre uma possível desaceleração econômica e incertezas quanto ao sucesso das discussões comerciais entre Washington e Pequim, (2) da EUROPA, também se ajustando às fortes perdas das bolsas de NY no dia anterior, Inglaterra -1,4%, França -1,4% e Alemanha -1,2%, também prejudicadas por questões locais, como a negociação para a saída do Reino Unido da União Europeia e a divulgação de que o índice de gerentes de compra recuou de 53,1pts em OUT/18 para 52,7pts em NOV/18, atingindo assim o menor patamar desde SET/16 e ficando abaixo das “apostas do mercado” (53,1pts) e (3) dos EUA, S&P, DJ e NASDAQ permaneceram fechadas em luto pela morte do ex-presidente George H.W. Bush.

Com potencial para reacender as tensões entre Washington e Pequim dias depois que Trump e Xi Jinping deram uma trégua no conflito comercial, na manhã de hoje o Canadá prendeu a diretora financeira da Huawei, após um pedido de extradição dos EUA.

Tentando acalmar os ânimos, o Ministério de Comércio da China afirmou em comunicado que o encontro na Argentina entre Trump, presidente dos EUA, e Xi, presidente chinês, foi bem-sucedido e que os dois países seguirão adiante com negociações durante 90 dias.

No “Panorama Econômico Global” de DEZ/18, publicado pela agência de classificação de risco Fitch, a economia mundial continua sólida, mas algumas rachaduras já começam a aparecer no cenário, sob a forma de uma decepção com o crescimento da zona do euro, diminuição do comércio mundial e desaceleração chinesa.

Apesar de Trump seguir recebendo inúmeras críticas dos socialistas tupiniquins e europeus, segundo a maioria das previsões do “mercado” os EUA crescerão 2,9% neste ano, patamar superior ao auferido em 2017 (2,2%).

Segundo Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú e ex-diretor do BC tupiniquim, o cenário externo mais desafiador vai exigir ainda mais urgência do novo governo para avançar com as reformas, especialmente a da Previdência, e a promessa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, de zerar o déficit primário em 2019 é possível de ser alcançada.

Contrariando a opinião da imprensa socialista tupiniquim, os empresários que foram ao jantar do grupo de formação política RenovaBR, coordenado pelo brilhante empresário Eduardo Mufarej, se dizem confiantes no futuro governo de Bolsonaro, ressaltando que a equipe técnica é muito boa, que as coordenadas mudaram e que finalmente o Brasil tem um governo que sabe onde quer chegar.

Como sabe que o atual congresso tem mais ratos que o próximo, cuja renovação foi muito grande, Paulo Guedes, futuro ministro da Economia de Bolsonaro, quer adiar para o ano que vem as tratativas com estados e municípios para dividir os recursos do megaleilão que a União quer fazer na área da cessão onerosa, região do pré-sal operada exclusivamente pela Petrobras.

Com o objetivo de controlar melhor ainda as contas públicas, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que sempre foi uma enorme fonte de corrupção e fraude, será transferido do Ministério do Desenvolvimento para o Ministério da Economia no governo Bolsonaro.

Ajudando a reduzir o risco das construtoras e beneficiando quem paga suas contas em dia, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que aumenta de 25% para 50% o valor da multa para quem desiste da compra de imóvel na planta.

O brasileiro Roberto Azevêdo, que é o incompetente diretor-geral da OMC, afirmou que escuta das delegações que vêm conversar com ele um certo otimismo com o futuro governo Bolsonaro, principalmente do ponto de vista de perspectivas de liberação comercial e de maior abertura da economia brasileira para o comércio internacional.

Política:

Acreditando, como a maioria dos alienados que vivem em Brasília, que existem castras diferentes de pessoas no Brasil, Wagner Rosário, ministro da Controladoria Geral da União, afirmou ontem que os políticos precisam manter foro privilegiado em casos relacionados a corrupção.

Mostrando que, diferentemente dos petistas e tucanos, não tem “bandido de estimação”, Bolsonaro “avisou” que poderá demitir seu futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, se houver denúncia robusta contra ele.

Podendo “fazer mais um golaço”, até comparável ao que fez quando chamou Moro para ser seu ministro da Justiça, Bolsonaro estuda nomear o brilhante professor da USP Ricardo Felício, que é um dos poucos cientistas que tem coragem de dizer que o aquecimento global por ação humana é uma farsa, para ser seu ministro do Meio Ambiente.

Tentando criar um gigantesco bloco parlamentar, que teria 340 deputados, o que equivalente a 66% da Câmara, líderes de 15 partidos (PP, PMDB, PSD, PR, PSB, PRB, PSDB, DEM, PDT, Solidariedade, PTB, PC do B, PSC, PPS e PHS) se reuniram ontem.

Ontem, em um “agradável e promissor” encontro que teve com a bancada do PSDB, Bolsonaro, após dizer que “derrotar o PT foi muito gostoso”, prometeu trabalhar logo no início de seu mandato para que seja aprovado no Congresso projeto que acaba com a reeleição para ocupantes de cargos executivos, ressaltando que isto facilitaria sua relação com o Congresso.

Com medo do governo Bolsonaro, grupos terroristas como MST, CUT e MTST, com o apoio total da Folha de SP, querem impedir a tramitação de um projeto de lei no Senado para que considera ato de terrorismo incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem público ou privado.

Com foco principal em Dilma, Mantega e obviamente Lula, hoje Palocci, já gozando de prisão domiciliar, presta mais um depoimento para a Polícia Federal.

Encurralando um dos principais ratos peemedebistas, a Procuradoria Geral da República incluiu novos e-mails de Marcelo Odebrecht ao inquérito sobre Renan Calheiros, com destaque para um no qual o referido senador peemedebista incluiu uma emenda de relator e permitiu que Chesf fosse beneficiada.

Crítica:

Mostrando que, além de fundamental para evitar que o Brasil quebre, a reforma da previdência, é importante para fazer justiça, segundo um estudo feito pelo Ministério da Fazenda apenas 3% dos benefícios previdenciários pagos no Brasil vão para os mais pobres da população e 41% vão para atender os 20% mais ricos.

Quando Lula falou que a suprema corte tupiniquim é covarde, nenhum dos “nobres” ministros se manifestou, porém, com a certeza de que é uma pessoa diferenciada e acima da lei, Ricardo Lewandowski afirmou que “apenas defendeu a corte” ao ameaçar de prisão o advogado que disse, de forma educada e com 100% de razão”, que “o STF é uma vergonha”.

PAZ, amor e bons negócios;

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