R.B. 15/OUT/18 "Abandonou estranhamente e covardemente"



"Abandonou estranhamente e covardemente"

São Paulo, 15 de outubro de 2018 (SEGUNDA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve subir, beneficiada pela valorização das commodities, animada com a consolidação das “apostas” de derrota do PT nas eleições presidenciais e se ajustando a alta das bolsas de NY durante o feriado no Brasil e (2) o DÓLAR pode cair, ainda com “boas chances” de fechar o ano próximo dos R$ 3,60, influenciado pela esperada melhora do “humor” na bolsa tupiniquim e pela expectativa de crescimento do fluxo positivo de recursos externos oriundos de exportações, captações e principalmente investimentos.

Quinta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu -0,9%, devolvendo os ganhos da abertura, para fechar o dia acompanhando as perdas das demais bolsas mundiais e o recuo dos preços do petróleo, que derrubou a Petrobrás (-2,9%) e (2) o DÓLAR subiu 0,3% à R$ 3,78, para reduzir uma parte das perdas acumuladas na semana (-2,1%), em tom de cautela por conta do feriado prolongado e o aumento da aversão ao risco no exterior.

Sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, recuperando perdas recentes, Japão 0,5% e China 0,9%, impulsionadas pela divulgação de números da balança comercial chinesa, que indicaram que o país tem conseguindo manter resultados fortes apesar das tensões comerciais com os EUA, (2) da EUROPA, devolvendo os ganhos da abertura, Inglaterra -0,2%, França -0,2% e Alemanha -0,1%, prejudicadas pela perspectiva de crescimento global mais modesto, pelas dificuldades nas negociações da saída do Reino Unido da União Europeia e pelo quadro orçamentário da Itália, que derrubou principalmente ações de bancos, como Barclays (-1,8%), Deutsche Bank (-0,8%) e Crédit Agricole (-0,7%) e (3) dos EUA, recuperando perdas recentes, S&P 1,4%, DJ 1,1% e NASDAQ 2,3%, estimuladas pelo bom desempenho das empresas de tecnologia e pela divulgação de alguns resultados trimestrais melhores do que o esperado, como Netflix (5,8%) e Amazon (4,0%).

Elevando a tensão na Europa, Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, afirmou que as autoridades italianas precisam parar de questionar o euro e se “acalmar” no debate orçamentário, pois já causaram danos a empresas e famílias.

Segundo Isabelle Mateos y Lago, estrategista da gestora BlackRock, com a possível vitória de Bolsonaro no segundo turno já sendo precificada, a expectativa é pela continuidade da agenda de reformas e pela habilidade do novo governo de lidar com os problemas fiscais e estruturais do Brasil.

Tentando passar tranquilidade e otimismo, Ilan Goldfajn, presidente do BC tupiniquim, afirmou nesta que o Brasil está bem posicionado para resistir a choques em sua economia, citando um robusto balanço de pagamentos, regime de câmbio flutuante, nível adequado de reservas, inflação em níveis baixos e expectativas de inflação bem ancoradas.

Atacando quem gera empregos e renda, os economistas de Haddad, candidato do PT à presidência, prometem elevar os impostos dos mais ricos e implementar a taxação sobre dividendos, o que segundo eles traria receitas extras de R$ 80bi aos cofres públicos por ano.

Interrompendo uma sequência de 3 meses consecutivos de perdas, em AGO/18 as vendas o setor varejista tupiniquim cresceram 1,3% na comparação com JUL/18 e 4,1% na comparação com AGO/17, registrando assim o melhor resultado para o mês em 4 anos, porém em um desempenho que ainda não indica aceleração do setor devido ao ambiente de atividade econômica lenta e desemprego elevado no país.

Argumentado, com toda a razão, que perdas inflacionárias devem ser levadas em conta ao calcular o rendimento dos investimentos, empresas têm buscado na Justiça uma forma de diminuir os impostos devidos pelos ganhos de aplicações em renda fixa que não têm relação com o negócio.

A equipe que ajuda o guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, a estruturar as ideias para a área incluiu como medida a ser tomada nos 100 primeiros dias de um eventual governo a redução drástica de tarifas aplicadas ao mercado externo.

Estimulados a se endividarem pelo nefasto governo Dilma, os idosos estão cada dia com mais dificuldades para fechar o mês no azul e manter o nome limpo e a inadimplência entre os consumidores que têm de 65 a 84 anos é a que mais cresceu nos últimos 12 meses.

Apesar de ser candidato pelo PT, o partido responsável pela maior crise financeira da história tupiniquim, Haddad, não cansado de mentir e enganar seu eleitorado, afirmou que sua meta é gerar em torno de 2 milhões de postos de trabalho por ano, totalizando 8 milhões em 4 anos, e que conseguirá fazer isto com (1) Reforma Bancária, para reduzir os juros aos empresários, (2) Reforma Tributária, para aumentar o poder de compra dos consumidores e (3) reversão da Emenda do Teto dos Gastos, que congelou novos investimentos do governo federal.

Quando questionado sobre a possibilidade, se eleito, de dar um indulto ao ex-presidente Lula, durante uma entrevista ao jornal El Pais, Haddad, candidato do PT à Presidência, não afirmou se concederia ou não o benefício.

Na contramão dos grandes e monopolistas bancos tupiniquins, que empurram o cliente para o autoatendimento, como a BIA do Bradesco e o Max da XP/Itaú, o banco Safra anunciou a contratação de mais de 1.000 profissionais para atuarem nas áreas de banco de investimento e pessoa física, ressaltando que aposta no relacionamento “olho no olho”.

Política:

Enquanto Haddad colocou no seu plano de governo o “controle social” da mídia, Bolsonaro, em um caminho totalmente diferente, voltou a defender a liberdade de imprensa e também a liberdade de expressão na internet.

Com cerca de 60% das intenções de voto nas pesquisas, Bolsonaro anunciou os 3 primeiros nomes de seu eventual ministério, confirmando Paulo Guedes para Fazenda e Planejamento, Onyx Lorenzoni para Casa Civil e do general Augusto Heleno para a Defesa.

Como cada dia mais tucanos ao seu lado, ontem Haddad voltou a cortejar FHC, que no dia anterior havia dito que enquanto entre ele e Bolsonaro existe um muro, entre ele e o candidato petista e ele existe uma porta.

Reforçando as “apostas” de vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais, (1) 94% dos 59% dos eleitores que declararam voto no candidato do PSL segundo a pesquisa do BTG divulgada hoje “garantem” que a escolha é definitiva e (2) a rejeição de Haddad, candidato do presidiário Lula e do PT, é de 53%, superando os 38% de seu adversário.

Ressaltando que que nenhum clérigo deve se utilizar da celebração litúrgica com finalidades partidárias, o padre Jaime Crowe, que celebrou a missa-comício na semana passada pedindo voto para Haddad, foi advertido pela Diocese de Campo Limpo.

No olho do furacão que varreu a política tradicional das urnas, para o bem do Brasil o PMDB foi o partido que mais perdeu cadeiras na Câmara dos Deputados, encolheu no Senado e, regionalmente, viu clãs que protagonizaram a vida política das últimas décadas sofrerem derrotas fragorosas.

Acreditando, com toda a razão, que derrotar o PT é fundamental para sua estratégia política na Bahia, que é governada por petistas há mais de uma década, ACM Neto, presidente do DEM, avisou a aliados que a estrutura do seu partido trabalhará para pedir votos para Bolsonaro no segundo turno.

Péssimo perdedor, o jornalista Lula Guimarães, responsável pela nojenta e nefasta campanha do tucano Alckmin, afirmou que o atentado à vida de Bolsonaro, candidato à presidente pelo PSL, foi o fator decisivo que o colocou no segundo turno.

Com medo de perder votos e o segundo turno das eleições, Carlos Eduardo, candidato do PDT ao governo do RN, que disputa contra a petista Fátima Bezerra, contrariou as ordens do partido e declarou abertamente apoio à candidatura presidencial de Bolsonaro.

Crítica:

Supostamente responsável pelo processo do mensalão petista, que prendeu apenas “pé de chinelo” e que acabou em uma enorme pizza, Joaquim Barboza, que “abandonou estranhamente e covardemente” seu cargo de ministro do STF, recebeu a visita de Haddad, que foi discretamente no “jatinho do amigo” para Brasília pedir um “apoio moral” para sua campanha.

Bolsominio, que reclama do Amoedo e do NOVO pois eles não declararam apoio ao Bolsonaro, preste atenção (1) Amoedo nem dirigente do NOVO é e partido não vota, quem vota são as pessoas, (2) Amoedo vai declarar voto ao Bolsonaro, assim como a grande maioria dos filiados e candidatos do NOVO já estão fazendo, (3) esculhambar partidários do NOVO não ajuda a atrair votos deles para seu candidato e por fim é importante você entender que, por estatuto, o NOVO só pode apoiar um candidato que defenda seus princípios que são (a) o NOVO é contra mais de 1 reeleição por cargo, o Bolsonaro não, (b) o NOVO proíbe dirigente de ter cargo público ou ser candidato, o PSL não e (3) o NOVO é favorável à privatização de todas as Estatais, o Bolsonaro não.

PAZ, amor e bons negócios;

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