R.B. 14/SET/18 "Sua piscina está cheia de ratos, suas ideias não correspondem aos fatos"



"Sua piscina está cheia de ratos, suas ideias não correspondem aos fatos"

São Paulo, 14 de setembro de 2018 (SEXTA-FEIRA).

Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve seguir em queda, influenciada pelos temores de crescimento das candidaturas de esquerda na disputa presidencial, porém, para quem “aposta” na vitória da direita, o patamar pode ficar interessante para compras e (2) o DÓLAR pode seguir em alta, novamente acompanhando a piora do “humor” na bolsa tupiniquim e também com o “mercado” testando os limites do BC.

Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu -0,6%, devolvendo exatamente os ganhos do pregão anterior (0,6%), prejudicada pelo recuo das commodities, pelo aumento da preocupação com a saúde de Bolsonaro, que ao que tudo indica não participará mais ativamente da campanha eleitoral, e pela divulgação de uma pesquisa, de origem duvidosa, colocando Haddad à frente e (2) o DÓLAR subiu 1,2% à R$ 4,20, para fechar o dia no maior patamar desde a implementação do plano real (em 1994), impulsionado pelos mesmos motivos que derrubaram a bolsa tupiniquim e também influenciado pela ausência do BC na ponta vendedora.

Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 1,0%, com destaque de alta para as ações do SoftBank (4,7%), que fechou na máxima em 18 anos ter seu preço alvo elevado por uma corretora e China 1,2%, interrompendo uma sequência de 3 dias negativos, impulsionada por ações de energia e de seguradoras, (2) da EUROPA, sem uma tendência única, Inglaterra -0,4%, França -0,1% e Alemanha 0,2%, em um dia de decisões de grandes BCs, com o BC Europeu anunciando a manutenção de sua taxa básica de juros em 0%, como esperava o mercado, e reduzindo suas “apostas”, de 2,1% para 2,0%, para o crescimento do PIB da região neste ano e o BC inglês optando por manter, também como esperado, a taxa de juros inalterada em 0,75% e (3) dos EUA, S&P 0,5%, DJ 0,6% e NASDAQ 0,7%, impulsionadas pela divulgação de que em AGO/18 a inflação norte-americana ficou abaixo do esperado e pela perspectiva de novas negociações comerciais entre o país e a China.

Difícil de compreensão para um tupiniquim, que aceita passivamente um Estado que cria dificuldades para os políticos e servidores venderam facilidades, Trump, aos poucos e com o objetivo de aumentar a concorrência e facilitar negócios, está reduzindo o arcabouço legal de regulamentações financeiras nos EUA.

Dando novos sinais negativos da economia tupiniquim, em JUL/18 (1) o saldo dos empregos no varejo de SP ficou negativo em 175 mil, o que representa o pior resultado desde 2015 e (2) as vendas do comércio varejista brasileiro caíram -0,5% na comparação com JUN/18, frustrando as expectativas de alta (0,3%) e registrando o terceiro mês consecutivo de retração.

Desregulado, desburocratizado e com bastante competição, no ano passado, o comércio eletrônico da China, quem é tese é um país socialista, faturou sozinho US$ 448bi, o que representa quase o dobro de todo o varejo brasileiro, que em tese é um país capitalista.

Com medo e incerteza sobre o futuro do país, os investimentos chineses no Brasil, que entre 2016 e 2017 chegaram a US$ 22,6bi, atingiram apenas US$ 1,3bi nos 6 primeiros meses deste ano.

Desdenhando, e até certo ponto também zombando, da crise pela qual passa o Brasil, entre 2014, ano que marca o início da maior recessão da história tupiniquim, e 2017, o gasto de todo o Poder Judiciário brasileiro com folha de pagamento cresceu 11% (ou R$ 8,1bi), enquanto que no mesmo período a economia do país se retraiu -5,6%.

Beneficiados pela desvalorização do real e pelo acirramento da “guerra comercial” entre EUA e China, fabricantes brasileiros de cerâmica relatam um crescimento de até 40% das suas exportações deste ano na comparação com 2017.

Política:

“Aumentando o tom das gentilizas entre tucanos e petistas”, que certamente estarão unidos em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, Thomas Traumann, que foi ministro da Comunicação Social da ex-presidenta Dilma, afirmou que FHC foi o melhor ministro da fazenda que o Brasil já teve.

Para reforçar a ideia de que ele é uma marionete de Lula, Haddad, candidato do PT à presidente, tem dito abertamente que se for eleito um dos seus primeiros gestos após tomar posse será conceder um induto presidencial para soltar o referido ex-presidente.

Confirmando que é desesperadora a situação de Alckmin, segundo uma pesquisa divulgada hoje, feita apenas com eleitores da cidade de SP, Bolsonaro tem 23% das intenções de voto, contra 12% do candidato do PSDB, 9% de Haddad e 6% de Amoedo.

Dando uma pequena amostra dos tempos sombrios que passará o STF, que é a mais elevada corte do país, ontem, antes de assumir o cardo de presidente, Dias Toffoli decidiu suspender monocraticamente o processo contra o petista Guido Mantega.

Animando, e muito, os seus adversários, segundo a equipe médica que atende Bolsonaro ele ficará internado por mais cerca de 12 dias e, mesmo após as eleições, o candidato do PSL ainda terá restrições alimentares, dificuldades para andar, náuseas e outros desconfortos digestivos.

Segundo Meirelles, presidenciável nanico do PMDB, as pesquisas estão provando que Alckmin, candidato tucano à presidente, não é o nome certo para aglutinar o eleitorado de centro em uma eleição polarizada entre esquerda e direita, pois não é competitivo.

O que salvou o PT não foi o impeachment de Dilma, e sim a descoberta de que outros bandidos, como Rodrigo Maia, Temer, Aécio, Serra, Alckmin e tantos outros estavam nas planilhas da Odebrecht.

Com Lula definitivamente fora da disputa, Armando Monteiro, candidato do PTB ao governo de Pernambuco, ligou para dirigentes do seu partido para conversar sobre um eventual apoio dele à candidatura de Ciro Gomes, já que formalmente o partido apoia Alckmin.

Cada dia mais animados, os principais aliados de Haddad calculam que, se comunicar de maneira eficiente ao eleitor a indicação de Lula, ele poderá estar na disputa pela liderança nas pesquisas em até 15 dias.

Crítica:

Após repetir o poeta dizendo, durante seu discurso de posse, que “o tempo não para”, Dias Toffoli, novo presidente da mais alta corte do país (STF), convidou personalidades e autoridades como Rogério Favreto, magistrado que tentou soltar Lula durante um plantão no TRF-4, Serra, que responde a inúmeros processos na justiça, Kakay, advogado de Lula, para uma festança com 1.300 convidados para comemorar o fim da Lava Jato e para mostrar que a estrofe da música de Cazuza correta era a anterior “sua piscina está cheia de ratos, suas ideias não correspondem aos fatos”.

PAZ, amor e bons negócios;

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